quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Microsoft Cloud Day: O dia em que o mundo mudou - de novo.

WebCast (Clique aqui para assistir)

Estamos assistindo a uma verdadeira virada na maneira de pensar tecnologia de informaçao no mundo.
Estou impressionado com tudo que estou vendo acontecer diante dos meus olhos.

Imagine a seguinte metáfora:

No início da Era Industrial, cada fábrica tinha o seu próprio gerador de energia.
Hoje, voce simplesmente liga seu aparelho na tomada e compartilha da energia de uma usina hidrelétrica com milhões de outros usuários.

No início da Era da Informação, cada empresa tinha os seus próprios servidores.
Hoje, a Microsoft oferece uma plataforma global de serviços computacionais que fará com que as empresas não precisem mais ter seus próprios servidores - tudo estará na nuvem, e as empresas só pagarão pelos recursos que realmente utilizarem.

Algo semelhante à sua conta de luz.

Simples assim.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Julio Severo publica: Igreja cristã se associa a alta sacerdotisa de Isis


Nota do LIMUD:

  • Primeiramente, essa igreja deixa de ser luterana e cristã a partir do momento que abriga em sua liderança alguém que se submete a práticas abomináveis para DEUS. Portanto, nada mais é do que um mero rótulo em busca de aquiescencia e tolerancia da parte de cristãos vacilantes na interpretação dos mandamentos de DEUS.


  • Segundo: isso - ou Ísis - nada mais é do que uma proposta de retorno ao Egito. Pelo tamanho do templo, presumo que não seja um multidão que se reúne ali, porém é fato relevante que sejam pagãos travestidos de cristãos. Trata-se de uma semente ruim que não prosperará além da vida de sua fundadora. Não vem de DEUS, portanto não prosperará.


Enquanto Cristo não retorna, que eles se enlameiem e retornem ao seu próprio vomito, pois até lá terão tempo de se arrependerem e buscarem ao DEUS único e verdadeiro.

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Denominação cristã famosa abraça o paganismo com meditação dirigida

Joe Kovacs
Uma igreja protestante da Califórnia está sofrendo fortes críticas de alguns cristãos devido à organização de uma conferência que irá apresentar “meditações dirigidas” por uma sacerdotisa da deusa pagã da fertilidade Isis.
A quinta “Conferência Anual de Fé e Feminismo”, que irá acontecer nos dias 11 a 13 de novembro, está sendo organizada pela Igreja Luterana Ebenézer de São Francisco, que também se intitula “herchurch” (literalmente, “igreja dela”).
Loreon Vigne, alta sacerdotisa de Isis Oasis
Dentre os participantes na programação está Loreon Vigne, alta sacerdotisa do Isis Oasis, um templo, retiro e santuário fundado por Vigne em 1978 na cidade de Geyserville, Califórnia.
“Pessoalmente, eu vejo a Isis como a Mãe Natureza”, disse Vigne ao WND, “e que ela abrange tudo com suas asas. Ela é uma deusa alada que abrange todos os outros deuses de todas as culturas”.
Vigne, que planeja trazer várias outras sacerdotisas à conferência, irá conduzir rezas, cantos e meditações.
“A meditação dirigida é o momento em que os participantes fecham os olhos e você os leva em uma pequena jornada”, ela explica. “Já levei pessoas às suas vidas passadas no Egito, uma vez que [sua cultura] detinha todos os segredos. Eles eram os que conheciam. Seu principal conceito é o de conhecer a si mesmo, seu coração, sua alma e seu propósito".
Estátua da deusa Isis e seu filho Hórus
Ela afirma que o sistema de crenças é baseado no antigo conceito egípcio de equilíbrio, com 42 leis que são na verdade 42 ideais.
“É como se fosse os Dez Mandamentos, mas tudo feito em um conceito positivo”, afirma. “‘Não matarás’ é mostrado como ‘Honrarei todas as vidas como sagradas’”.
Além de honrar a deusa, a equipe do Isis Oasis também fornece massagens terapêuticas com leituras de tarô e astrologia, de acordo com seu website.
Mas o evento em São Francisco, mesclando divindades pagãs e inexistentes com a fé cristã, está deixando muita gente escandalizada.
“Não se pode inventar uma coisa dessas!” exclamou o pastor Dan Skogen da cidade de Marion, Iowa, que se descreve como um luterano cansado da “constante zombaria contra a Palavra de Deus” por parte da Igreja Evangélica Luterana dos Estados Unidos (ELCA), que ostenta cerca de 4,2 milhões de membros em 10 mil congregações.
“Deus nos diz em Êxodo 20:3: ‘Não terás outros deuses diante de mim’. Mesmo assim, essa igreja traz seguidores de outros deuses para falar e ensinar em sua conferência!”
Skogen afirma que a liderança da ELCA “aceita e promove a ideia de que a salvação é assegurada mesmo às pessoas que não têm fé em Cristo”.
“Então é aceitável para eles trazer adoradores de Isis para a conferência”, afirma. “Isso é um claro afastamento do ensinamento ortodoxo da igreja cristã”.
Ao longo da Bíblia, há várias advertências com relação à adoração de falsos deuses.
Os israelitas foram quase exterminados por Deus quando fizeram um bezerro de ouro para adorarem, embora afirmassem que era "uma festa ao Senhor”. (Êxodo 32:5)
E mais tarde eles foram avisados: “Se o teu coração se desviar, e não quiseres dar ouvidos, e fores seduzido para te inclinares a outros deuses, e os servires, então, eu te denuncio, hoje, que, certamente, perecerás;” (Deuteronômio 30:17-18)
Skogen afirma que “Ao longo dos anos, a ELCA têm se afastado cada vez mais da verdade e da autoridade das Escrituras”. Quando uma igreja não confia, não segue e não acredita no que a Bíblia diz com clareza, surgem heresias, resultando em falsos ensinamentos e em uma patente desobediência”.
Rev. Megan Rohrer, pastora luterana assumidamente transgênera
Um dos organizadores que defende o evento é a Rev. Megan Rohrer, pastora luterana ordenada nos EUA, que se declara abertamente transgênero.
“Acredito que o mundo está muito mais interessado na conexão inter-religiosa do que na exclusividade”, afirma Rohrer ao WND. “Realmente não é uma coisa tão incomum. O cristianismo foi fundado em um período de nascimento de muitas coisas”.
Ao mesmo tempo em que admite que a preocupação com a mistura de paganismo e cristianismo seja um “assunto quente”, a pastora afirma que “Os cristãos que dizem isso provavelmente não sabem o que é o paganismo".
“Qualquer coisa que não seja o que alguma igreja ensine é contra os caminhos de Deus”, acrescenta.
Dicionário Priberam da Língua Portuguesa define pagão como “idólatra”, e o Michaelis Moderno Dicionário da Língua Portuguesa como: “O que segue uma religião nativa, não cristã nem judaica, caracterizada pelo politeísmo e pela superstição”.
Essa igreja luterana de São Francisco, em particular, está longe do que muitos podem considerar normal.
Por exemplo, ela promove expressamente a identidade feminina de Deus, com uma faixa gigante no exterior da usa igreja de cor violeta: “ A Deus(a) ama todos os seus filhos”.
“Somos uma comunidade diversificada que se mentem firme na tradição cristã, com o propósito de recriar a imagem do divino como mulher”, proclama a igreja.
“Nossas orações e nossa liturgia feminista cristã/luterana remontam à tradição de invocar nomes como Mãe, Shaddai, Sophia, Ventre, Geradora, Shekinah, Aquela Que É. Isso se dá por meio de uma visão renovada da natureza do Evangelho, guiado pela elevada Sophia de Jesus”.

Igreja Luterana Ebenézer em San Francisco se designa 
“igreja dela.
Ao ser solicitada para explicar a teologia da igreja, a Pra. Rohrer afirma: “Ser cristão e ser feminista não são dois polos opostos”.
Ela afirma que sua igreja está “criando uma economia caridosa e um mundo onde a identidade de todos é sustentada na sua integridade, criando espaços de atuação para todos os seres humanos”.
“A Organização das Nações Unidas continuam afirmando que, se formos capazes de educar as mulheres em escala global, provavelmente poderemos eliminar a pobreza”, acrescenta.
Outros eventos na conferência incluem cantos de adoração com outra sacerdotisa de Isis, Katie Kethcum, hinos “inclusivos”, marchas sagradas, tambores sagrados, danças sagradas e mantras de Yoga Kundalini, que a igreja afirma serem “compostos de fonemas básicos comuns a todas as línguas, que têm sido usados há vários séculos para invocar a presença do Divino”.
Também falará na conferência a diretora da organização Justice for Women, Mary Streufert, da matriz da ELCA em Chicago.  Ela se recusou a comentar ao ser questionada quanto à sua participação.
O interesse pela deusa egípcia certamente não é novidade nos Estados Unidos. Na década de 70, ela se tornou uma super-heroína voadora no seriado da emissora CBS chamado “Isis”.
O programa estrelava a atriz JoAnna Cameron no papel de uma pesquisadora que, após desenterrar um antigo amuleto em um sítio arqueológico, ganhou superpoderes para lutar pela justiça ao pronunciar o encantamento: “Oh poderosa Isis”.
Outra fala do programa era “Oh ventos de zefir que sopram nos céus. Elevem-me para que eu possa voar”.
Vigne afirma que hoje há “muitos milhares” de seguidores de Isis ao redor do mundo.
“O importante é que nossa crença cresce rapidamente. Há esse ressurgimento de interesse”, afirma.
“Acredito que as pessoas se irritem com as igrejas normais, que estabelecem um tipo de religião organizada. Eu brinco que a minha igreja é uma religião desorganizada. Gosto de dizer que eu tenho um [cat]ma, e não um [dog]ma.
Traduzido por: Luis Gustavo Gentil
Fonte em português: www.juliosevero.com

sábado, 5 de novembro de 2011

Direto da Rev. Cristianismo Hoje: "Babel, Babilônia e Brasil"


É o abuso de poder eclesiástico que torna crível o absurdo megalomaníaco.

Não era uma construção qualquer afinal, era uma obra para ser vista e admiradaTocar no céudizia-seAltura e imponência eram fundamentaisainda que a massa de trabalhadores vertesse sangue e suor sob os blocos de pedraValia tudo para poder tocar no céu, e os olhos dos poderosos voltavam-se para o alto. 
Quem muito observa as pessoas da base, pensam alguns líderes pragmáticos, não conseguirá explorar as alturas. A torre de Babel não precisava de reboco nem tinta: seria revestida de alto a baixo pela pele de gente crédula, pintada por dentro e por fora com o sangue crente.
Quando alguém reivindica a legitimidade do seu poder citando suas construções tangíveis, ficamos a pensar: a liderança espiritual justifica sua legitimidade de que forma? A dúvida ocorre porque, nessa lógica, os líderes religiosos precisarão tornar suas obras espirituais em coisas concretas. 
Eis uma das nuances do pragmatismo: os resultados obtidos justificam tudo o que foi feito e legitima o poder daquele que coordenou as ações. Líderes personalistas pragmáticos mandam os entulhos para as periferias, onde aterrarão os caminhos escabrosos. Nada se perde. Cada coisa no seu lugar. A torre no centro; os entulhos, na periferia. E o líder no meio de tudo. Entre outras coisas, a torre é ótima para servir de referência de poder.
A linha divisória entre o pragmatismo personalista e a megalomania costuma ser tênue. Muita gente diz que Deus merece o melhor, enquanto alimenta seu próprio delírio de grandeza. Construtores que pouco se importam com as coisas criadas ou com as muitas pessoas que o ajudam a construir torres altíssimas só têm olhos para si mesmos. A altura da torre será proporcional ao tamanho do seu delírio. Ou seja, estamos falando de pessoas queagem em nome de Deus com sérios transtornos, com a percepção darealidade seriamente afetada.
Esse delírio assume sua força quando é embalado no discurso da fé. O apelo da fé é poderoso a ponto de transformar a razão em estupidez e tornar o delírio de um insensato em torpor coletivo. É o abuso de poder eclesiástico que torna crível o absurdo megalomaníaco. 
Babel era um monumento à insanidade de um povo sob uma liderança megalomaníaca. Nabucodonosor, então, vira um tipo comum – o sujeito cheio de poder que perde a sanidade. O muito já não basta.  “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para morada real, pela força do meu poder, e paraa glória da minha majestade” (Daniel 4.30). Justiça seja feita: são poucos os líderes religiosos megalomaníacos que, à semelhança do senhor de Babilônia, declaram tão explicitamente que o muito querealizam destina-se à glória da própria majestade. Na tradição cristã, fica feio o discurso ufanista de exaltação própria; então, os “nabucodonosores” contemporâneos são mais refinados, para não falar dissimulados. Aí, vem a justificativa oficial: “Tudo isso é para a glória de Deus.”
Mas houve confusão. Em Babel, todos são estranhos! Confusão das línguas ou sobreposição de egos? 
Nas igrejas brasileiras, as divisões pouco ou nada têm a ver com métodos ou posições teológicas. Trata-se de disputas de líderes pragmáticos megalomaníacos. 
Mania de grandeza é confundida com visões divinas, enquanto, ao pé da torre ou nos jardins suspensos, o que se vê é uma feira de egos – e o que era para ser ponto de encontro vira lugar de desavenças. 
obra mais visível em Babel eram as relações humanas destruídas. Em Babilônia, também se viam coisas feias – no meio do esplendor, desconfiança e ressentimento.  Daí, tudo fica dependendo da figura do líder. Enquanto ele for capaz de renovar seu carisma, o projeto permanece. Em Babel, na Babilônia ou no Brasil, como aferir se a obra de um é maior do que a de outro? Ora, através da comparação. Então, não basta construir algo admirável - é preciso construir o mais admirável: “Tornemos célebre o nosso nome”... As comparações desleais difamam as obras alheias.
Jesus, com muita frequência, dirigia-se às intenções dos líderes pragmáticos megalomaníacos do seu tempo. O Mestre jamais tentou erguer uma torre em Nazaré, ou uma cidade na Galileia. Os megalomaníacos ficaram desconcertados, uma vez que os termos das suas disputas foram ignorados e ridicularizados. Jesus era um líder sem a chave da porta do templo, e não vestia estola sacerdotal. Um de seus discípulos admirou-se: “Mestre! Que pedras,que construções!” Vale conferir a resposta em Mateus 13.1.

Nota do LIMUD: Que DEUS prossiga abençoando a vida desse autor inspirado que é o Irmão Valdemar Figueiredo.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Almas Mercenárias

Tem se tornado comum a referencia aos líderes apóstatas da Palavra de DEUS como bispulhas, apústulas e putriarcas. Da minha parte, prefiro descrever suas abominações a nomeá-los, ou como diz o dito popular “narrar o milagre e omitir o santo”, pois creio que os atos abomináveis em si já identificam os agentes. Creio também que é possível que em algum momento eles se arrependam e retornem ao caminho do Pai, valendo-se de seus dons e talentos para causas realmente nobres e menos pecuniárias.

Há um detalhe, porém, que me salta aos olhos: Nenhum tirano prevalece sem seu séquito de almas mercenárias. Hitler não teria saído dos discursos inflamados sobre caixotes nas ruas da Alemanha pós-guerra sem que houvessem aqueles dispostos a alimentar a sua abominação. O recém-defunto Kadhaffi não teria permanecido por 42 anos no poder sem o suporte de boa parte do povo líbio. Ou seja, tão culpado quanto os ditadores e líderes eclesiásticos apóstatas é o povo que os alimenta e enriquece. Tão desprezíveis quanto os bispulhas, apústulas e putriarcas é o seu exército de almas mercenárias.

A alma mercenária tem seu comportamento ditado por aquele que lhe oferecer mais daquilo que ela deseja: a proximidade com o poder, sem no entanto trazer para si o ônus da responsabilidade de quem de fato detém o poder. Daí que, pelo ralo, escorrem a justiça, a misericórdia e a magnanimidade dos líderes legítimos, restando a calúnia, a difamação, o autoritarismo e a truculência covarde.

Inicialmente, a alma mercenária se comporta como quem tem as melhores intenções. Em pouco tempo, porém, aqueles que a cercam se apercebem do que há de verdadeiro ali: a cobiça do poder irresponsável, o “sair na foto”, o “ser visto junto”. A alma mercenária se reconhece incompetente para o poder que almeja, mas não resiste ao menor sinal de que as migalhas cairão da mesa dos poderosos, ao alcance das suas mãos.

A alma mercenária é frequentemente escorraçada da presença de seus ídolos. Apesar de servi-los, sua presença contínua e próxima lhes é abjeta. Quando isso acontece, rosna, murmura e amaldiçoa a mão que a enxotou. Ato contínuo, sai em busca de quem dê ouvidos aos seus lamentos intermináveis. No entanto, ao menor sinal de simpatia de seu ídolo perverso, retorna, lépida e fagueira, como um cão que abana o rabo para o homem que há pouco o surrou. Passa então a murmurar contra aqueles que há pouco suportavam seus gemidos de humilhação.

A alma mercenária não se dá conta que toda sua utilidade se resume a fazer o trabalho sujo para o predomínio da abominação que ela segue, o que a torna tão culpada quanto. Os assassinos extremistas e os difamadores sistemáticos são exemplos de almas mercenárias, capazes de destruírem suas próprias vidas em troca de um aceno de cabeça de seus ídolos humanos. Sua percepção limitada do que é a vida os impede de construir sua própria prosperidade, por isso optam por contemplar a prosperidade de seus ídolos como se sua fosse, jactando-se do poder alheio como se fosse seu próprio.

A personalidade da alma mercenária é fartamente ilustrada na literatura secular, mas encontra sua perfeita descrição em 2 Pedro 2. (Não deixe de ler)

Nos romances, são os assistentes dos cientistas loucos, prontos a gargalhar ante o triunfo diáfano de seus mestres, mas sem a necessária agilidade para escapar de suas explosões de fúria nos momentos de frustração de seus intentos malignos. São os escravos dos grão-vizires, que tramam contra os califas. São os bobos-da-corte dos imperadores do mal, prontos para encenar pantomimas que aplaquem o ódio que corrói o coração de seus mandatários.

Almas mercenárias não tem outro objetivo na vida a não ser o de servir a homens de poder. Não conseguem entender o sentido de um relacionamento direto com DEUS, daí dependerem de déspotas fascinantes e carismáticos que lhes ditem o caminho a seguir. Mergulhados em sua miséria espiritual, mendigam por um olhar simpático de seus deuses-homens, nem que seja de relance.

Não consideram buscar a Verdade, pois esta lhes é por demais pesada, se comparada à mentira que vivem no dia-a-dia. Chegam a se orgulhar das correntes atadas às suas mãos e pés e que os fazem constantemente tropeçar na sua sofrida caminhada. São porcos lavados que retornam à lama para chafurdar. São cães que vez por outra expelem o que lhes está a envenenar, mas retornam avidamente a lamber de volta todo o veneno que os consome.

Não à toa, a expressão inglesa para mercenários é justamente “cães de aluguel”.

Que DEUS tenha misericórdia e lhes abra os olhos a tempo.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Os quatro pilares do sistema global estão se desfazendo - ao mesmo tempo


Thomas L. Friedman


Segurem os seus chapéus e carteiras. Desde o fim da Guerra Fria, o sistema global vem se mantendo coeso em grande parte devido a quatro acordos críticos. Atualmente todos os quatro estão se desfazendo ao mesmo tempo e precisarão ser reconstruídos. Se e como será feita tal reconstrução – começando pelos Estados Unidos – é o que determinará em grande parte o que conterá a nossa carteira e se o nosso chapéu sairá ou não voando.


Bem, vou colocar a situação de forma bem direta: 
  1. A União Europeia está se fragmentando. 
  2. O mundo árabe está desmoronando. 
  3. O modelo de crescimento da China está sob pressão 
  4. O modelo de capitalismo dos Estados Unidos, movido pelo crédito, sofreu um ataque cardíaco de advertência e necessita passar por uma total reavaliação. 
Promover uma reforma de um só desses fatores já seria uma tarefa enorme.
Mas implementar as quatro ao mesmo tempo – em um momento no qual o mundo se encontra mais interconectado do que nunca – seria algo simplesmente extraordinário. Nós nos vemos novamente “presentes na criação” - mas na criação do que?


Comecemos pelo Oriente Médio, o poço de petróleo do mundo. Os líbios acabam de se juntar aos tunisianos, egípcios e iemenitas na derrubada dos seus ditadores, enquanto os sírios e os iranianos esperam seguir esse exemplo em breve. Com o tempo, praticamente todos os autocratas do Oriente Médio serão depostos ou obrigados a compartilhar o poder. O velho modelo não tem como se sustentar. Tal modelo baseava-se em reis e ditadores militares que se apossavam das receitas oriundas do petróleo, entrincheirando-se no poder – protegidos por exércitos e serviços de segurança bem financiados – e comprando segmentos chaves das suas populações. A tampa que escondia essas práticas foi arrancada explosivamente por uma rebelião da juventude árabe que atualmente pode ver como todos os demais estão vivendo e que não aceita mais prontamente ser deixada para trás, não receber educação, ficar desempregada, ser humilhada e viver em estado de impotência. Mas embora esse velho sistema do Oriente Médio – baseado em um punho de ferro e na manipulação de petrodólares para manter coesas sociedades multiétnicas e multirreligiosas – tenha se fragmentado, levará algum tempo para que essas sociedades redijam os seus próprios contratos sociais para determinar como elas viverão sem que haja um punho de ferro controlando-as a partir de cima. Esperem o melhor, mas preparem-se para tudo.


Mais ao norte, a União Europeia e da zona do euro constituíam-se em uma boa ideia, que poderia ser exposta da seguinte forma: teremos a partir de agora uma união monetária e uma moeda comum, mas deixemos que cada um administre a sua própria política fiscal, contanto que eles prometam trabalhar e poupar como os alemães. Ah, mas isso era muito bom para ser verdade. Grandes programas de welfare (Estado de bem-estar social) em alguns países europeus, sem contar com as rendas oriundas da produção local para financiá-los, acabaram levando a uma montanha de dívida – dívida que são, em sua maioria, propriedade de bancos europeus – e, a seguir, a uma revolta dos credores. Os produtores e poupadores do norte da Europa estão agora costurando um novo acordo com os gastadores – os chamados PIIGS: Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha. É improvável que os alemães simplesmente pulem fora da União Europeia, já que uma grande parcela das suas exportações se destina a esses países que gastam demais e que não são competitivos. Em vez disso, os europeus do norte estão tentando impor aos PIIGS uma disciplina mais rígida e baseada em regras. Mas que quantidade de medidas austeras esses países seriam capazes de absorver, especialmente se houver mais estresse social devido a recessões profundas? Não serão apenas os londrinos que sairão às ruas. De uma maneira ou outra, a União Europeia ficará menor ou mais rígida, mas nesse processo ela poderá passar por uma transição caótica e traumática que ainda não foi contabilizada em termos de mercado.
Seguindo para o leste, a China tem se baseado em um modelo construído sobre uma moeda deliberadamente desvalorizada e em um crescimento liderado pela exportação, com baixo consumo doméstico e alto nível de poupança. Isso permitiu ao Partido Comunista chinês sustentar um acordo único com o seu povo: nós lhes daremos empregos e melhores padrões de vida, e vocês nos darão o poder. Mas agora esse acordo está ameaçado. O desemprego persistente nos mercados norte-americanos e europeus da China está fazendo com que o modelo de Pequim, baseado em uma moeda desvalorizada, no baixo consumo e no alto índice de exportação, se torne menos sustentável para o mundo. 
A China também precisa enriquecer antes que envelheça. Ela precisará sofrer uma mudança de uma situação em que os dois genitores poupam para um filho, para outra em que um filho pagará pela aposentadoria dos dois genitores. Para fazer isso, o país precisará fazer uma transição de uma economia baseada na montagem, na cópia e na manufatura para outra baseada no conhecimento, nos serviços e na inovação. Isso exigirá maior liberdade e mais Estado de direito, e já é possível presenciar uma demanda crescente por isso. Alguma parte terá que ceder na China.
Quanto aos Estados Unidos, nas últimas décadas nós prosperamos com uma economia guiada pelo consumo e pelo crédito, por meio da qual nós sustentamos uma classe média com a utilização de mais esteroides (crédito fácil, hipotecas subprime e construção civil) e menos criação de músculos (educação, criação de qualificação profissional e inovação). Isso nos lançou em um enorme buraco, e, agora, a única forma de sairmos dele é por meio de políticas novas e híbridas que misturem cortes de gastos, aumento de impostos, reforma cambial e investimentos em infraestrutura, educação, pesquisa e produção. Mas essa mistura não se constitui na agenda de nenhum dos dois partidos. Existem as seguintes possibilidades: ou os nossos dois partidos encontram uma maneira de colaborar em uma postura de centro em relação a essas novas políticas híbridas, ou um terceiro partido emergirá – ou então a nossa atual situação de estagnação e sofrimento só piorará.
Em um momento no qual o mundo experimenta tantas mudanças drásticas ao mesmo tempo – em uma situação que já é caracterizada por um alto nível de desemprego e por economias fracas –, a necessidade de que os Estados Unidos, o mais importante de todos os pilares, sejam sólidos como uma rocha é maior do que nunca. Se não nos organizarmos – algo que exigirá uma ação coletiva que normalmente está reservada para períodos de guerra –, nós não estaremos apenas prolongando uma crise norte-americana, mas também alimentando uma crise global.
Tradução: UOL