quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Assim não é, mesmo que lhe pareça



“Depois disso, aconteceu o seguinte: Acabe, rei de Samaria, tinha um palácio em Jezreel. Perto desse palácio havia uma plantação de uvas que pertencia a um homem chamado Nabote. Certo dia Acabe disse a Nabote: - Dê-me a sua plantação de uvas. Ela fica perto do meu palácio, e eu quero aproveitar o terreno para fazer uma horta. Em troca, eu lhe darei uma plantação de uvas melhor do que a sua ou, se você preferir, eu pagarei um preço justo por ela”. (I Reis 21:1-2)

 O infame rei Acabe vinha do anúncio de uma profecia que lhe anunciava a própria morte (I Reis 20). Ao recebê-la, ficou desgostoso e indignado. Voltou à Samaria com esse espírito e essa má expectativa. No entanto, passou-se algum tempo e a profecia ainda não havia se cumprido. Como não morrera até ali, seu desgosto e sua indignação foram dando lugar à empáfia e à cobiça que lhe eram usuais. Planejou então ampliar seus domínios próximos ao seu palácio, justamente nas terras pertencentes a Nabote. Como era o rei, sequer passava pela sua cabeça a possibilidade de ter sua aspiração negada por aquele a quem pertenciam as terras. Porém Nabote tinha outros pensamentos, conforme segue:

 “- Esta plantação de uvas é uma herança dos meus antepassados! - respondeu Nabote. - Que o SENHOR Deus me livre de entregá-la ao senhor! Acabe foi para casa aborrecido e com raiva por causa do que Nabote tinha dito. Ele se deitou na cama, virado para a parede, e não quis comer nada. (I Reis 21:3-4)


Tiranos não reagem bem à frustração. Estão acostumados a terem suas vontades mais superficiais atendidas. Não há limite para a sua cobiça. O peso da vontade alheia para um tirano é o zero absoluto, nada vale. Descobrir-se limitado por leis, regras e convenções gera uma frustração profunda nos tiranos. Via de regra, isso é o suficiente para que o seu julgamento veja erro na lei, engano na regra e equívoco nas convenções. Diante do obstáculo legal, infantilizam-se, tal como Acabe, criança birrenta, deitado em sua cama, de cara para a parede, de mal com o mundo, sem comer, à espera que alguém lhe venha dar atenção. A brecha está aberta para que o inimigo se infiltre e inicie seu ritual de roubo, morte e destruição. Acabe já não se lembra da profecia a seu respeito. Não há arrependimento, só cobiça frustrada. Logo ele trabalhará para que as leis, regras e convenções sejam abolidas e substituídas por sua vontade soberana. Ele escancara as portas do seu coração para que o inimigo lhe tome o poder de decisão e lhe preste um favor, que lhe custará muito caro, conforme vemos a seguir:

Então a sua esposa Jezabel foi falar com ele e perguntou: - Por que você está assim aborrecido? Por que não quer comer? Ele respondeu: - É por causa do que Nabote me falou. Eu lhe disse que queria comprar a sua plantação de uvas ou então, se ele preferisse, eu lhe daria outra em troca. Mas Nabote me disse que não me daria a sua plantação. Então Jezabel disse a Acabe, o seu marido: - Afinal de contas, você é o rei ou não é? Levante-se, anime-se e coma! Eu darei a você a plantação de uvas de Nabote, o homem de Jezreel!” (I Reis 21:5-7)

Um tirano mimado e infantilizado entrega a sua autoridade a quem quer que lhe prometa satisfazer sua vontade egoísta. Ele sequer procura saber como tal promessa se tornará realidade. Basta-lhe saber que alguém lhe trará o ambicionado brinquedo, que tanta frustração tem lhe trazido. Ele no fundo sabe que o expediente utilizado para alcançar sua meta não será lícito, mas é melhor que não “o saiba em detalhes” ou terá que se posicionar a respeito, interrompendo o fluxo de obtenção do seu desejo. Convenientemente, ele fecha os olhos para o que vai acontecer, desde que lhe tragam a notícia desejada. Pusilanimidade e hipocrisia caminham lado a lado no comportamento do tirano mimado. Ele não sabe, não quer saber e terá muita raiva de quem souber do estratagema, que é descrito a seguir:

“Então ela escreveu algumas cartas em nome de Acabe e carimbou-as com o anel-sinete dele e as mandou para as autoridades e para os líderes de Jezreel. As cartas diziam o seguinte: "Mandem avisar que vai haver um dia de jejum, reúnam todo o povo e ponham Nabote no lugar de honra. Ponham sentados na frente dele dois homens de mau caráter para acusarem Nabote de ter amaldiçoado a Deus e ao rei. Depois levem Nabote para fora da cidade e o matem a pedradas." (I Reis 21:8-10) 

Acabe cedeu sua identidade real a Jezabel. Em seu nome, foram escritos e selados com o selo real os procedimentos para o assassinato de um inocente. Em seu nome, um inocente foi condenado à morte com um propósito egoísta, de caso pensado, sem que ele intercedesse com justiça. A vida dos outros tem valor zero se confrontada aos objetivos de um tirano usado pelo inimigo. Muito provavelmente, nada disso seria feito por sua própria iniciativa. Talvez ele permanecesse ali na cama, resmungando mais algum tempo e até se conformasse com a negativa, quem sabe. Porém, uma vez cedida a autoridade ao inimigo, ele próprio se encarrega de providenciar os elementos necessários para que o seu plano de roubar, matar e destruir seja levado a cabo.

A assinatura que está lá é a de ninguém menos que o próprio rei. O inimigo age com a chancela do rei, muito embora o rei não saiba o que está para acontecer. Não tratamos aqui de um ataque exclusivo à autoridade real: outras autoridades e mesmo cidadãos comuns tem legitimado ações demoníacas simplesmente por ceder a sua assinatura, a sua permissão, a sua imagem,  o seu voto, para que o mal execute o seu festim diabólico com um rótulo de legitimidade. Quem mesmo levará a culpa no final das contas? Mas uma idéia sem executores é nada além de uma vontade. Para que idéias se tornem em ação são necessários executores, conforme descrito no texto bíblico a seguir:

“Os líderes e as autoridades de Jezreel fizeram o que Jezabel havia ordenado. Eles mandaram avisar que ia haver um dia de jejum, reuniram o povo e puseram Nabote no lugar de honra. Então, diante do povo, os dois homens de mau caráter acusaram Nabote de haver amaldiçoado a Deus e ao rei. E assim ele foi levado para fora da cidade e morto a pedradas. Depois mandaram dizer a Jezabel: - Nabote foi morto a pedradas. Logo que Jezabel recebeu o recado, disse a Acabe: - Nabote morreu. Agora vá e tome posse da plantação de uvas que ele não quis vender a você. Logo que soube que Nabote estava morto, Acabe foi até a plantação de uvas e tomou posse dela.” (I Reis 21:11-16)

Literalmente, há gente para tudo nesse mundo:

  • Há quem autorize o mal que o outro concebeu apenas para obter algo que deseja.
  • Há quem se valha da fraqueza moral da autoridade para satisfazer os seus desejos mais íntimos, como se prestasse um favor à autoridade e em nome da autoridade.
  • Há quem obedeça a ordens absurdas para demonstrar fidelidade, sem questionar a legitimidade ou a finalidade, independente do mal que daí se desdobre.
  • Não seja assim conosco, irmãos.

Muito cuidado com quem ordena, não de si mesmo, mas sempre em nome da autoridade superior. Esse vassalo se escuda na imagem do rei para realizar intentos que são seus - e não da autoridade mencionada.

Muito cuidado com o rei que se confunde com o próprio reino. Reis passam, reinos permanecem. Às vezes, não se consegue distinguir claramente entre a vontade do rei e a necessidade do reino. Para alguns reis megalômanos, isso é tremendamente conveniente. Luis XIV, rei da França, afirmou do alto de sua megalomania e soberba: “O Estado sou eu”. Sua segunda geração acabou guilhotinada anos depois, com o advento da Revolução Francesa.

Concluindo, algumas reflexões, recebidas diretamente da escrivaninha de um amado amigo e pastor, que me concedeu estudar comigo este texto:

Para os líderes:

  1. Nem todo ajuntamento de líderes do povo de Deus (Israel) é convocado com motivos santos.
  2. Nem toda convocação que um líder recebe é para ser aceita de imediato. Procure-se saber os reais motivos de sua existência.
  3. Nem toda mulher em autoridade é Jezabel, mas se alguém tem uma Jezabel sobre si, saiba discernir suas ordens para não fazer-se cúmplice e alegar "obrigação por sujeição".
Para os “Nabotes”:

  1. Nem todos sabem receber um "não" em seus planos para "o reino".
  2. Nem todos que te oferecem um lugar de honra desejam realmente te honrar.
  3. Nem todos os que te acusam tem reais motivos para fazê-lo; às vezes são apenas "ecos" de outra voz.
Para os “Acabes”:

  1. Nem todos em posição de "rei" têm capacidade para reinar.
  2. Nem todo desejo do líder máximo de alguma instituição é apropriado ou aprovado por Deus. Ás vezes é apenas "birra de criança mimada".
  3. Nem tudo que te trazem como "oferta" foi conseguido de maneira lícita aos olhos de Deus.
Que DEUS nos abençoe. Amém.

Entre tomates e jaboticabas



Creio que todo obreiro tem o direito de reavaliar quais tarefas devam ser mantidas, remanejadas ou removidas de sua agenda na obra. No entanto, creio que deva haver um critério, especialmente quanto ao que se vai deixar de fazer, em função de quem ordenou que fosse feito - se a vontade humana ou o propósito divino.

Uma delas é a literatura. Escrever é semelhante a selecionar sementes no celeiro da Palavra. Escrever e publicar é semear as sementes selecionadas. Por analogia, quem semeia tem algumas alternativas, a partir de então:

Semear e cuidar do campo: regando, removendo as ervas daninhas, protegendo as sementes dos passarinhos, protegendo os brotos do sol forte e da chuva torrencial, até que venham as flores e em seguida os frutos, para que então os colha e deles usufrua. Colher frutos aqui demanda trabalho árduo e tem alto custo de manutenção. No entanto, aqui chora-se menos pela perda da colheita.

Semear e abandonar o campo: deixando que a Natureza se encarregue de selecionar quais sementes serão engolidas por pássaros e quais germinarão; quais serão cozidas pelo sol forte ou encharcadas pela chuva torrencial; quais brotarão e serão sufocadas por espinheiros ou morrerão de inanição devido à terra rasa e pedregosa, até que as restantes sobreviventes venham a florescer e em seguida frutificar, para que as pragas e animais maiores então selecionem quais frutos restarão para serem colhidos por quem quer que esteja passando e atente para os frutos ali pendendo, em tempo de colheita. Colher frutos aqui é arte da sorte e tem baixo custo de manutenção. Aqui não é justificável chorar pela perda de uma colheita da qual não se cuidou para que outro fosse o resultado.

De uma forma ou de outra, o semear gera frutos. Poucos ou muitos, mas gera. Já disseram, semear é opcional - colher é obrigatório. É certo que quem planta tomates os vê frutificar mais rápido e com bem menos trabalho do que quem planta jaboticabas. Talvez por isso - pelo trabalho e tempo necessários - o tomate seja mais barato que o mesmo peso em jaboticabas, que levam nada menos que 40 anos para começar a frutificar.

Portanto, quem semeia tomates não pode se surpreender com a rapidez com que os frutos surgem, às vezes antes mesmo que se esteja pronto para colhê-los - e se acabe por desperdiçá-los e perdê-los. Quem semeia tomates deve estar preparado para a rápida colheita demandada. Quem semeia vastas extensões de rápida colheita precisa de ajudadores ou perderá grande parte da safra. Também não pode demorar a colher ou verá a safra fenecer à medida que se adia a colheita.

Da mesma forma, quem semeia jaboticabas não deve reclamar da demora dos frutos. Talvez eles não lhe surjam em vida, mas somente para a fortuna dos seus descendentes. Quem semeia jaboticabas deve estar preparado para sucessivas podas, remoção de parasitas e fungos que crescem nos troncos da árvores, ano após ano, sem que uma frutinha sequer ecloda. Quem planta jaboticabas não pode se afastar muito tempo do pomar, ou cai na situação de abandono de campo, ou seja, um dia volta e constata que alguém tomou conta do pomar no lugar dele. Mas tanto esmero é sempre premiado. O certo é que os frutos vem e serão colhidos por alguém.

Quando se abraça o ministério da Palavra, abraça-se também a missão de multiplicar esta Palavra entre os povos da terra. Se em dado momento há profusão de pregadores, autênticos ou medíocres - e estes virão, é fato - deveríamos exultar o tanto que a Palavra já alcançou, ainda que com diversos entendimentos, sabores e dissabores. Paulo bem disse que importa que a Palavra seja pregada, ainda que de forma negligente, contanto que seja pregada.

Importa que a Palavra seja pregada via e-mail, nas praças, nos trens, nos ônibus, via Twitter, nos locais de trabalho, via blogs e webpages, via folhetinhos entregues de mão em mão pelas crianças nas ruas. Pergunte a essas crianças se elas se importam se aquele que recebeu o folhetinho vai realmente lê-lo ou amassá-lo e jogá-lo na calçada: a alegria está no distribuir dos folhetinhos a quem passa. Até porque folhetinhos largados nas calçadas já salvaram muitas vidas do inferno, não tenho dúvida quanto a isso.

Da mesma forma, a alegria do escritor deve ser escrever e publicar - não se preocupar se alguém vai ler agora ou daqui a dez anos aquilo que foi publicado. Assim como não se acende uma lamparina - palavra tão na moda ultimamente - para coloca-la debaixo de um cesto, mas para coloca-la num lugar alto, onde os que caminham na treva possam vê-la e por ela se orientem, assim não se escreve um sermão ou ilustração para ser guardado numa pasta ou numa gaveta, mas para publica-la e torna-la disponível a quem dela necessita.

Irmãos, há mais de cinco anos fui convidado a escrever artigos de base cristã para este site cristão. Desde então, não deixo de publicar os textos, sem a menor preocupação sobre quem está lendo ou vai ler. Apenas prossigo escrevendo artigo após artigo, conforme o Espírito me convoca. Vez por outra, leitores me mandam e-mails agradecendo pelo alívio, conforto ou orientação recebidos através de um artigo que foi publicado lá atrás e eu já tinha mesmo me esquecido. Essas raras mensagens fazem valer 40 anos de espera pela brotação da jaboticaba. E olha que eu nem sou um apreciador de jaboticabas (as de verdade, não as textuais).

Amado obreiro, semeie sempre - esta é a nossa missão. Os frutos virão, no tempo certo.

E que DEUS nos abençoe e Seu Santo Espírito nos console, pois Seu Filho já nos redimiu. Amém.

O Pássaro do Trovão e o Áudio Reverso



Depois de receber pela enésima vez um e-mail contendo um link para um vídeo no YouTube, contendo uma interpretação de “Faz um Milagre em Mim” tocada ao contrário, com direito a legendas em Português, daquilo que a pessoa que montou o vídeo interpretava como sendo mensagens satânicas, resolvi dar minha contribuição para o esclarecimento dessa falácia travestida de tecnologia teológica, que tem tomado tempo precioso de irmãos zelosos, preocupados com o que estão permitindo que seus ouvidos ouçam e os prováveis efeitos em suas vidas e no mundo espiritual.

Desde já agradeço a todos os irmãos que confiaram no discernimento deste imperfeito escritor e estudioso da Palavra de DEUS para opinar sobre aquilo que ouvi e vi naquele vídeo. Dito isto, vamos aos tratos:

Um pouquinho de Fisiologia e Linguística

O ouvido humano é meramente um captador mecânico de sons, como um microfone. O nervo auditivo converte os sons em impulsos elétricos, que viajam na velocidade da luz até o cérebro, que por sua vez aqueles impulsos elétricos em informação que você busca compreender. Nenhum som audível captado por um ouvido humano passa pelo cérebro sem ser interpretado com base nos sons já familiares, experimentados pelo ouvinte.

Portanto, o ser humano sempre tenderá a "enquadrar" um som captado pelo seu ouvido a algum som que já tenha ouvido. Compara o novo som aos que já conhece e o enquadra por semelhança. Por isso sabemos diferenciar sons de motores de automóveis dos sons de caminhões, apesar de ambos serem veículos terrestres; sons de aviões de sons de helicópteros, apesar de ambos serem veículos aéreos. Por isso às vezes confundimos o som de um saxofone com a voz do cantor - enquadramento é o segredo.

Da mesma forma, um índio que nunca ouviu o som de um motor de avião, chamará aquela coisa voando no céu de "pássaro do trovão". Associação com o conhecido, seguida de interpretação.

Mas se há algo que o cérebro humano não tem a capacidade de interpretar naturalmente é o significado inverso de um som ouvido no sentido direto. Um som executado no sentido direto sempre será interpretado no sentido direto.

Uma questão de interpretação

Ou seja: se um som gravado é ouvido no seu sentido correto, ele será interpretado dentro da normalidade; o cérebro jamais tentará automaticamente interpretar o sentido inverso de um som captado, a menos é claro, que algo ou alguém tenha despertado no ouvinte o interesse em interpretar o sentido inverso de um som, o que vamos e venhamos não é natural - e tampouco sobrenatural.

Algo semelhante a Satan provocando a curiosidade de Eva para as "verdadeiras" propriedades do fruto proibido. Até que Satan provocasse essa curiosidade, Eva sequer considerava a possibilidade de provar do fruto. Será que Eva pensava na possibilidade de provar do fruto? É uma possibilidade, mas não há relato de fato relacionado, até que a serpente entrou no palco.

A qual propósito mesmo atendeu essa provocação satânica? A um propósito satânico, é claro.

Qual é a base de todo propósito satânico? A destruição de um propósito de DEUS. Prossigamos então.

Pássaro do Trovão

Se o cérebro humano recebe o sinal deste mesmo som tocado no sentido inverso, o que ele interpretará? Qualquer coisa que se pareça com algo que ele já ouviu, como o índio que vê um avião no céu pela primeira vez: "pássaro do trovão"... “pássaro” porque voa e tem asas abertas, “trovão” porque soa como um longo e apavorante trovão. Óbvio? Para algumas pessoas há mais coisas escondidas – sobrenaturais, é claro – nessa tendência do nosso cérebro em interpretar coisas e sons com base naquilo que já conhece.

Mas... e se o som não se parece com nada que já se tenha ouvido? Forçaremos a interpretação até conseguirmos enquadrar em algo conhecido, afinal o cérebro PRECISA compreender a informação que está chegando e não descansará até conseguir esse enquadramento ou até que o som pare de fluir. Nem que seja uma ou duas sílabas, entrecortadas por ruídos ininteligíveis, mas o cérebro tentará até o fim. É aí que “That’s too much!” (traduzido do Inglês: “Aquilo é demais”) vira “Deites tomate!”. Parecido, não semelhante, mas suficiente para o cérebro sossegar.

Agora, imagine que "um amigo... muy amigo..." deu uma forcinha ao seu cérebro e adicionou legendas escritas ao vídeo onde a música é tocada ao contrário. Seu cérebro agradecerá penhoradamente a ajuda. Automaticamente passará a interpretar o som tocado ao contrário segundo o que está escrito nas legendas. O nome disso é indução.

Na aula de Inglês

Não é assim que aprendemos idiomas estrangeiros? O Professor toca o áudio várias vezes e nos faz repetir o que ouvimos. Ainda não entendemos o que está sendo dito ali. Talvez comecemos a rir uns para os outros porque “That´s too much!” lembra “Deites tomate!”. A frase em Português certamente nada tem a ver com a figura projetada na tela. Talvez saibamos que estão falando em Inglês porque aquela é certamente uma aula de Inglês. Mas ainda assim não conseguimos interpretar o significado logo de primeira. Se tentarmos pronunciar o que ouvimos, o provável é que da nossa boca saia um belo de um "embromation", que de longe não é inglês.

Então o professor projeta na tela a transcrição do áudio... e aí, não só entendemos bem, mas também FIXAMOS o seu significado. Eficiente, não é mesmo? Da próxima vez que você ouvir aquele áudio, associará diretamente o significado ensinado pelo professor. Quantas vezes um bebê precisa ouvir a palavra "mãe" para associar aquele som ao seu significado? Mesmo estratagema.

Pois bem, é justamente o que fazem esses adeptos da obscura e mística ciência do áudio reverso: induzem as pessoas a interpretar o que eles querem nos áudios ao contrário. O simples fato de dizerem que há uma mensagem subliminar ali já predispõe as pessoas a ouvir palavras satânicas ali. Adicionando legendas ao áudio então, torna-se irresistível para o cérebro interpretar conforme eles induziram. Tudo muito sutil. Tudo a serviço do inimigo.

Consciente ou inconscientemente, eles prestam um desserviço ao Reino de DEUS, apesar de posarem - e se julgarem, a maioria - dedicados servos do Altíssimo, pois espalham terror e engano no meio do povo. Se é verdade, e eu creio que seja verdade, que "quem comigo não ajunta, mas espalha" [Mt 12.30 e Lc11.23], eles agem como servos de Satan, verdadeiros publicitários da causa satânica, espalhando mentiras e confusão. Um dia estarão frente a frente com o Senhor e ouvirão: "Servo mau e infiel, aparta-te de mim, pois nunca te conheci" [Mt 7.23].

Crie o seu próprio áudio reverso e faça sucesso no Inferno

Quer fazer uma experiência? Selecione qualquer louvor de sua preferência, inverta o áudio (o gravador de som do Windows - ou qualquer outro editor de áudio digital - permite inverter áudio) e procure interpretar qualquer som que se pareça com "Jesus", "Deus", "Cordeiro", "Santo". Depois de algum tempo você terá identificado não só uma, mas várias ocorrências da palavra escolhida.

Em seguida, toque o áudio invertido novamente e tente interpretar palavras como "diabo", "Satan", "inferno", etc. É provável que no início você tenha alguma dificuldade, pois ali você já identificou palavras santas. Mas com insistência, acabará conseguindo captar alguma coisa.

No entanto, seria capaz de garantir que você nunca recebeu uma dessas mensagens contendo teor celestial e divino. Nunca tive o prazer de receber um link para o YouTube ou um MP3 onde um áudio tocado ao contrário trouxesse mensagens de paz e esperança, um conselho, um alento que fosse.

É curioso: enquanto outras correntes religiosas divulgam mensagens divinas nos lugares mais insólitos, o povo evangélico parece ter um mórbido fascínio por mensagens satânicas escondidas em canções de sucesso ou coisa que o valha. Ou alguém ainda não leu ou assistiu a reportagens sobre “a Virgem Maria” estampada numa mancha no vidro de uma janela? E sobre um rosto sangrento de “Jesus Cristo” esculpido numa predreira depois que um raio caiu ali? E sobre um “Jesus Cristo” com cabelos longos e barba num pedaço de pão mofado? E sobre um santo guerreiro estampado na superfície da Lua? E aquele rosto sereno na superfície do planeta Marte?

Conclusão: O que o cérebro não entende, ele adapta. Se algo ou alguém introduz uma tendência, boa ou má, o cérebro capta a tendência e passa a interpretar segundo aquela tendência.

Mensagem subliminar é outra história

Agora, nada disto que tratei até agora pode ser chamado de “mensagem subliminar”... Espantoso, não? O princípio da mensagem subliminar é diferente, e também não tem a eficácia que a lenda tenta fazer com que acreditemos.

A mensagem subliminar "funcionaria" assim: imagine que você está assistindo a um filme no cinema. Cada segundo de projeção, dependendo da tecnologia, contém de 24 a 35 fotogramas por segundo, para que tenhamos a sensação de movimento, causada pelo efeito de persistência ocular. Então, alguém mal intencionado substitui um daqueles 24 quadros por um fotograma diferente daquela sequência de movimentos. Neste quadro se lê "COMPRE PIPOCA", ou "VOTE no ZÉ", ou qualquer mensagem curta e direta assim. Seus olhos não serão capazes de perceber o texto, pois o efeito de persistência ocular mantém o cérebro interpretando o movimento do filme, mas uma vez a cada segundo aquela mensagem será projetada por 42 milissegundos, seguidamente, por duas horas a fio, até o final do filme. Segundo os teóricos defensores da tese da mensagem subliminar, seu cérebro captará inconscientemente aquela mensagem.

Resultado: quando você sair da sala de projeção, comprará pipoca ou votará no Zé, influenciada pela mensagem subliminar.

Esses mesmos teóricos defendem que esse princípio também funciona se você fatiar o áudio de uma mensagem sonora e espalhar aquelas fatias ao longo de uma canção. Santo multiprocessamento, Batman!

Sopa de letrinhas

Anos atrás lançaram um livro em resposta ao best-seller "O Código Da Vinci". Segundo o autor, se lermos o original em hebraico do Antigo Testamento pulando as letras de sete em sete ( ou de nove em nove, ou na diagonal, ou de qualquer outro algoritmo mais criativo), formaremos frases secretas que indicam assassinatos de reis e presidentes ao longo da História, catástrofes naturais, guerras e... o dia em que o mundo acabará! Acredite-me, o autor conseguiu achar até mesmo o atentado às Torres Gêmeas do World Trade Center em 11 de setembro de 2001 ali! Só que quando você vai ver como ele chegou até essa impressionante conclusão, vê que ele usou do mesmo estratagema do áudio ao contrário, ou seja, ele tenta nos induzir a aceitar a interpretação dele para o que aquelas letras reunidas ali dizem. E olha que ele teve que usar um poderoso computador para juntar as letras na ordem secreta... muito blá, blá, blá para “descobrir” somente o que já aconteceu. Claro que nenhum estudioso do hebraico bíblico apoiou essa estultícia.

Cá entre nós: O Altíssimo não é um "deus" de confusão. Mas nós sabemos quem é o ser que tem o maior interesse em nos confundir e nos desviar do nosso caminho. E ele “anda em derredor, bramando como um leão, buscando a quem possa tragar” [1Pe 5.18].


Sobrou para o presidente

Recentemente me foi dado a experimentar que até no "Yes, we can!" (trad: Sim, nós podemos!) do discurso do presidente americano Barack Obama já interpretaram uma saudação satânica. Imagine: levei tanto tempo para aprender inglês e agora não posso mais dizer "Yes, we can" porque um ser humano "descobriu" o que não deveria estar lá! Talvez eu deva passar a dizer "Yes, You and I can!" (trad: Sim, você e eu podemos!). Mas vai que ali nessa nova frase tem coisa pior escondida? Melhor continuar ouvindo os sons da maneira como DEUS me capacitou para ouvir. Se Obama é o anticristo, ele o será pelas suas ações, que estão fartamente documentadas na Bíblia, não pelo slogan de sua campanha à presidência dos EUA.

Tenho participado de eventos de louvor nas ruas com certa frequência e tenho assistido a pessoas largarem seus copos de cerveja nos bares e virem até o altar, se derramando em lágrimas e se entregando a Jesus, para nunca mais voltar a se embebedar. Isso invariavelmente acontece quando cantamos essa canção, que rompeu a barreira das rádios seculares, para honra e glória do Altíssimo. Poder sobrenatural do cantor ou do compositor? Não. Poder do Criador, isto sim. Imagine o quão furioso deve estar o inimigo com os saques que tem sido feitos no inferno a cada vez que pessoas se decidem por seguir a Jesus por causa dessa canção. Era de se esperar pelo menos alguma “caluniazinha” (diabo, do grego “diaboló”, caluniador) contra o artista que a publicou.

Não nos cabe julgar com que intenção ele escreveu a canção, mas seus efeitos benéficos são inegáveis sobre os perdidos. Não deveríamos rejeitar o que DEUS abençoou.

A função da igreja deveria ser buscar o perdido e leva-lo à salvação. Se foi preciso que DEUS convertesse um pagodeiro secular para que ele compusesse uma canção poderosa como essa, é porque devemos estar acomodados em nossa missão, perdendo tempo divulgando "mensagens secretas" tocadas ao contrário.

“ROHNES oa somerivres asac ahnim e ue!” (Eu e minha casa serviremos ao Senhor!) [Js 24.35]

No amor de Cristo, que sempre falou diretamente como deveríamos andar.

Herança de Sangue e Espírito


Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.(Provérbios 22.6)


Entendendo a Herança Espiritual: Filhos de Celebridades da Bíblia

Filho de peixe, peixinho é? Sim, mas não tem o mesmo caráter, a mesma índole, nem mesmo as mesmas cores distribuídas da mesma maneira. Quem cria peixes sabe disso muito bem. A questão é que na maioria das vezes tendemos a achar que essa regra só se aplica aos peixes, mas não é assim. Filho de gente, gentinha é, e mesmo que o menino seja a cara do pai ou do avô, aquela nova alma carrega verdades muito próprias dentro de si – nem sempre aceitáveis por quem o gerou.



Os pais são necessariamente bons exemplos para os filhos?

Claro que não. No entanto, todos conhecemos exemplos de pessoas excelentes, que não tiveram em seus pais exemplo algum de sucesso. Um ex-colega de trabalho foi criado num abrigo de órfãos, sem referência de pai e mãe. A despeito do destino da esmagadora maioria dos seus colegas de instituição, não enveredou pelo caminho da delinqüência. Muito pelo contrário, dedicou-se aos estudos, evoluiu contrariando todas as circunstâncias negativas ao seu redor. Cumpriu brilhante carreira na área de Informática de uma grande empresa de Telecomunicações. Casou-se, tornou-se pai amoroso de gêmeos e um belo dia nos entregou, orgulhoso, seu convite de formatura como Bacharel em Administração de Empresas. Dou graças a DEUS pela vida desse homem, que vivendo simplesmente dentro de princípios e valores inabaláveis, desautorizou qualquer outro jovem a culpar a falta de apoio paterno pelo seu eventual fracasso.

No entanto, tenho também a certeza que todos conhecemos exemplos inversos ao que acabamos de ler: filhos com pais presentes, recursos, apoio, carinho, cuidados, e que apesar de tudo revelam-se eternos candidatos ao fracasso. São verdadeiros poços sem fundo, para os quais, qualquer investimento de ordem afetiva, financeira e espiritual parece ser uma total perda de tempo e recursos, cada vez mais escassos nesses dias.

O segredo para a compreensão do comportamento de um filho parece estar ligado à compreensão do que vem a ser herança espiritual. Dependendo da herança espiritual, por melhor que seja o exemplo dos pais, os filhos não conseguem aproveitar. Senão, vejamos dentre as celebridades da Bíblia:
  • Filhos de Noé, o obediente e paciente: Cam, Sem e Jafé. O que dizer de Cam, o escarnecedor da embriaguez paterna?
  • Filhos de Abraão, o pai de muitas nações: Ismael e Isaac. O que dizer de Ismael, educado para desprezar seu meio-irmão mais novo?

  • Filhos de Isaac, a semente de Israel: Esaú e Jacó. O que dizer de Jacó, o fraudador da primogenitura do irmão e da cegueira do pai? E Esaú, o caçador todo-poderoso, mas ingênuo?

  • Filhos de Jacó, o fraudador: Ruben, Simeão, Levi e Judá, além de José. O que dizer de Ruben, amante da concubina do próprio pai? E Simeão, Levi e Judá, homicidas de fato e quase infanticidas?

  • Filhos de Eli, o sumo-sacerdote: Hofni e Finéias. Que dizer dos filhos do sumo sacerdote, também sacerdotes, que extorquiam os pobres, sendo fraudadores da Palavra de DEUS?

  • Filhos de Samuel, o grande profeta: Joel e Abia. Que dizer dos filhos de tão grande homem, que a despeito de receberem seu sacerdócio por herança, se desviaram dos caminhos de DEUS?

  • Filhos de Davi, o homem segundo o coração de DEUS: Amenon, Absalão, além de Salomão. Que dizer de Amenon, o estuprador da própria irmã? E de Absalão, assassino do próprio irmão e quase usurpador do trono do próprio pai? Paremos por aqui.

Que fizeram esses pais de tão grave para receberem tão pesada vergonha sobre suas descendências? Existiram como criaturas imperfeitas e falíveis, simplesmente. Ou esquecemos o que aconteceu no Éden, em função da má escolha de nossos primeiros pais humanos?



Entendendo a Herança Espiritual: De onde vem o espírito que está em nossos filhos?

Alguns crêem que DEUS criou todos os espíritos de uma vez e os têm em estoque, dispondo deles à medida que as crianças vão nascendo. Crer nisso é também crer que DEUS é incompetente, pois tem alimentado sua criação com espíritos imperfeitos aliados a uma carne imperfeita e falível, além de ter sido incapaz de consertar seu erro, insistindo nele.

Alguns crêem que DEUS cria o espírito no momento em que a criança é gerada no útero materno, ou ainda, no momento do nascimento. Crer nisso é também crer que DEUS é incompetente, porque mesmo depois de milênios, Ele continua gerando espíritos de facínoras e assassinos, de tiranos, ladrões e de prostituição, aliados a uma carne que já é imperfeita e falível.

Já outros – e eu me incluo nesse grupo - crêem que ao se tornarem uma só carne em seus filhos, os pais transmitem o espírito que neles está, além das características genéticas (físicas), ou seja, herdamos algo além dos olhos da mamãe e o nariz do papai. Crer nisso é crer que o espírito que está no filho é o mesmo que está no pai e na mãe. Por isso nenhum filho é totalmente igual ao pai ou totalmente igual à mãe, por mais fisicamente parecidos que sejam com um ou outro. Crer nisso é crer que na perspectiva humana o pai certamente está no filho, mas o filho ainda não está no pai, pois apenas uma parcela da herança espiritual está realizada ali. Raul Seixas e Paulo Coelho já diziam isso em sua canção “Ghita” (“Mas saiba que eu estou em você, mas você não está em mim”). É preciso realizar a segunda parcela dessa via de mão dupla, que é fazer o filho estar no pai, e isto ocorre através dos princípios e valores que o filho absorve dos seus pais. Completada a via de mão dupla, passa a existir a herança espiritual completa – boa ou má. Entre Yaweh Pai e Jesus Cristo é assim: o Pai está no filho e o Filho está no Pai.



Por que então alguns filhos são mais obedientes que outros? 

Por que alguns filhos aceitam melhor a instrução paterna que outros? Por que alguns filhos se opõem sistematicamente ao bom exemplo dos pais? Por outro lado, por que alguns filhos se negam a seguir o mau exemplo de seus pais e se tornam bênçãos apesar de todas as circunstâncias contrárias?

Por mais que o papai ou a mamãe fiquem chocados, devo dizer que seu bebê recebeu todas essas características, não só as físicas, mas espirituais, de seu papai e sua mamãe, que por sua vez receberam do vovô e da vovó, e assim por diante. A combinação de características intrínsecas e extrínsecas dos pais e seus antepassados nem sempre realça as melhores características de cada um. Certamente que muitos prefeririam que nossos filhos combinassem apenas nossas boas características e expelissem as nossas más características já na primeira troca de fralda... Mas não é assim que se dá com nossos herdeiros. Traços negativos, que foram habilmente abafados na vida dos pais – ao custo pesado de instrução, exemplo e prática -, acabam se revelando com maior ênfase no caráter de um filho ou em outro. Igualmente, traços positivos podem ser potencializados nessa combinação, via de regra imprevisível em termos de resultado.


O Terceiro Elemento da Herança Espiritual: O Espírito Santo de DEUS.

Vejamos o exemplo de Sansão: Moralmente corrupto (Jz 14: 8-9), mulherengo (Jz 16.1) e boêmio, pelo menos enquanto nele não entrava o Espírito Santo de DEUS (Jz 14:5-6). Aí então, o motivo de preocupação de seus pais e familiares se tornava o campeão de Israel.

Um filho não pode escolher a herança espiritual que recebe dos pais, mas pode escolher receber - ou não - a herança espiritual que vem de DEUS. É fato: Deus por diversas vezes já mostrou que usa quem Ele quer, mas quem, hoje em dia, está disposto a fazer o caminho inverso e se colocar nas mãos de DEUS, crendo que o que Ele designa é de fato o melhor para sua vida? Pois é justamente dessa herança espiritual que vem a transformação que torna o filho do corrupto numa bênção, o filho do praguejador num pregador da Palavra, o filho da prostituição num santo. No entanto, cabe unicamente a ele – ao filho, não aos pais - fazer a escolha.

Mas como poderá ele escolher com sensatez, se os pais não lhe falam sobre DEUS e o seu plano para a vida dos homens? E ainda que os pais lhe falem sobre DEUS, como poderá ele crer no que falam, se seus exemplos de vida mostram justamente o contrário? E ainda que seus pais sejam exemplos de santidade e lhe falem sobre DEUS, como poderá ele escolher com sensatez, se ele não é levado a praticar a instrução recebida e ainda por cima, com o mundo lhe apontando a direção contrária?

É duro, mas ainda assim, apesar da instrução, do exemplo e da prática, buscar a salvação é escolha pessoal. Não cabe ao pai “colher” a salvação do filho, mas lhe cabe semear sempre, através da instrução, do exemplo e da prática, ainda que a colheita lhe pareça distante ou mesmo improvável.

Os pais não têm o direito de desistir de um filho que é sua responsabilidade. Quando ouvimos “Semear é opcional; colher é obrigatório” (e inevitável, acrescentaria), deveríamos concluir: “Semear o BEM na vida do meu filho é OBRIGATÓRIO, pelo meu temor em DEUS do que virá por colheita”.

E então, papai? E então, mamãe? Que tal assumir a tarefa que ninguém poderá cumprir em seu lugar? Prontos para semear o bem na vida de seus herdeiros, sejam bons ou maus?

Não lhes caia sobre a cabeça o juízo destinado por DEUS aos pais omissos, que preferem dar ouvido aos argumentos sedutores de um inimigo, que lhes disse um dia: “Chega, já fizeste muito por esse filho”! Pois se o próprio DEUS não desistiu de nenhum de nós até agora, e nem desistirá até o último instante, quem somos nós para agir em contrário?

Que DEUS prossiga nos amando com o Amor que só Ele pode amar. Amém.