segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Francisco versus os Devoradores da Carne e da Lã do Rebanho

Apenas é preciso completar a frase antes de opinar: Francisco, o papa católico, disse que, HUMANAMENTE, a morte de Cristo foi um fracasso. Dito isto, podemos começar a debater a afirmação dele, a saber:

1. Os judeus esperavam por um Messias humano, 100% homem, mas não 100% DEUS. Pura distorção das profecias mal interpretadas por seus sacerdotes e líderes políticos.

2. Se Jesus prevalecesse como Homem, como poderia, depois de tudo, tentar convencer o povo e os próprios discípulos, de que ele era Filho de DEUS, e portanto, 100% homem e 100% DEUS, já que vencera como homem? Como faria para tentar convencer o povo a respeito de outros candidatos a Messias que vagavam e vagariam por Jerusalém e pelo resto do mundo a partir de então? Que força teriam as profecias sobre a ressurreição e a vitória sobre a morte,sem que morte houvesse para ser derrotada, já que ele estaria vivo?

3. A morte do corpo carnal de Jesus naquela cruz foi sacrificial aos olhos de DEUS, mas aos olhos dos homens mal instruídos, porque cegos e surdos pela vontade do próprio DEUS, significou a derrota do tão esperado líder político-militar-religioso que tantos aguardavam. DEUS ali derrotava a um falso deus. Isso mostrou aos homens que a salvação não poderia vir através da criatura, mas do Criador. Ali, o sacrifício foi consumado, mas ainda não havia sido reivindicado pelo próprio Jesus ao Pai. Até ali, tudo que os homens tinham para si era a certeza de que aquele "homem 100%" não era o rei-general-sacerdote que eles tanto esperavam. Uma derrota fragorosa, portanto, aos olhos humanos. Uma derrota necessária e dolorosa - Eli! Eli! Lemah sabactâni? -, para que a vitória final, de cunho espiritual, pudesse ser totalmente esmagadora sobre o caluniador, sem mais contra-argumentos ou réplicas.

4. A ida de Jesus ao Inferno e sua pregação-sentença aos que ali estavam, e a tomada da chave do Inferno das mãos do caluniador, foi o começo do processo de restauração.

5. A RESSURREIÇÃO de Jesus foi o sinal da vitória sobre a morte, prometida por DEUS no Éden e tantas vezes propalada por seus profetas. Aí sim, os homens souberam que a morte estava vencida, mesmo após os três dias de sua efetivação, que é quando os sinais de decomposição do cadáver já começam a se evidenciar. Na ressurreição foi conhecida a verdadeira vitória.

6. O que Francisco quis dizer é que a salvação não pode vir de homens, que são mortais e falhos, mas de DEUS, que é imortal e infalível, Ele próprio o Criador e o realizador do que planejou. Ali ele devolveu Castro, Obama, Putin, Dilma, Bashar Al-Assad e todos os poderosos ao seu devido lugar.

7. O que alguns homens desejam, ao difamar o discurso de Francisco, é prosseguir vendendo aos seus rebanhos a falsa impressão de que a salvação virá através da submissão desse rebanho a homens tão falhos como eles próprios, do clero corrupto e corruptor de almas. São devoradores da carne e da lã do rebanho que DEUS lhes permitiu pastorear, e a Ele, somente a Ele, prestarão conta. Por isso, devemos estar atentos e corrigir nossas posturas em relação ao nosso real entendimento sobre as Escrituras.

8. Este é o evangelho que deve ser pregado: Que DEUS amou ao mundo de tal maneira, que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crer, não pereça, mas tenha a vida eterna.

9. Outra fosse a história e nada disso teria acontecido de forma tão perfeita, como só DEUS Pai sabe fazer.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Trinta Anos Hoje






Há exatos trinta anos, eu caminhava através da porta de entrada de uma UTI, estranhando como podia um paciente adentrar uma UTI caminhando com os próprios pés. Tudo que eu sentia era um cansaço que não era sono, mas literalmente debilidade. A equipe médica mandou que eu me despisse e me deitasse na cama. Pensei comigo: se me cobrirem com o lençol até a cabeça, então é porque eu morri e ainda não me dei conta do fato. Menos mal: fui coberto até a altura do peito e imediatamente aplicaram terminais de monitoramento cardíaco, o que naquela altura do fato era uma boa notícia: havia um coração batendo naquele corpo de vinte e dois anos incompletos, deitado naquela cama.


Há exatos trinta anos eu iniciava, ainda sem saber, uma luta ferrenha contra um tipo sorrateiro e tremendamente agressivo de câncer no sistema linfático. Sorrateiro, porque até aquele momento, tudo que eu sentia era cansaço, já por dois dias, que eu tomei como um início de resfriado, afinal o tempo andava frio e úmido. O senso comum espera que um paciente de linfoma apresente gânglios linfáticos aumentados, mas nada disso ocorreu comigo. Só o cansaço, até então. Agressivo, porque minha medula vinha produzindo milhões de linfócitos alterados, gigantes, que não reconheciam as outras células do sangue como amigas. Em suma, meu sangue havia se tornado, silenciosamente, uma massa avermelhada com lixo de células em suspensão. Era como se eu estivesse me autodevorando, silenciosa, porém contínua e velozmente. A propósito, tanta matéria morta em suspensão no meu sangue entupiu a minha válvula mitral e meu coração não conseguia bombear a quantidade adequada de sangue para o corpo, que sem a quantidade mínima de oxigênio, não conseguia converter alimento em energia. Por isso eu cansava tão facilmente.


A partir daquele vinte e um de abril de 1985, o Brasil se despedia de Tancredo Neves e eu era apresentado àquela que seria a luta pela minha vida. Foram dois anos e meio de lutas que incluíram cirurgia, quimioterapia, radioterapia, psicoterapia, fisioterapia e muito amor e dedicação da família, amigos e equipe médica, liderada pela Dra. Cláudia Bettoni, hoje uma grande amiga. Graças a essas almas generosas que DEUS Todo Poderoso colocou no meu caminho, todos os dias eu quebro o meu próprio recorde de sobrevivência. 


A Ele, toda a honra, toda a glória e todo poder, ontem, hoje e sempre.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

ÍDOLOS (Cordel Indignado, @1998)

O homem chega e já vai avisando:
"Arrependei-vos! Jesus Cristo está voltando!"
Abraçado a uma imagem inerte
De Bíblia na mão, ele vem e adverte


Que não podemos continuar assim
Que este mundo já está no fim
Mas acontece que ele a si mesmo ignora
Idolatrando um pedaço de tora


Como pensa conseguir
Salvação dessa maneira,
Curvando-se a ídolos
De carne, pedra, metal e madeira?


A rádio chega e anuncia pro povo:
"Aquela banda lançou CD novo!"
Capa bonita, visual caprichado
Pra garantir que é tudo santificado


E logo toca a primeira, ai, que luz!
Tem "glória a DEUS!", "Aleluia!", "Jesus!"
Eu não devia, eu sei que eu não posso,
Mas você pode me dar seu autógrafo?


Como pensa conseguir
Salvação dessa maneira,
Curvando-se a ídolos
De carne, pedra, metal e madeira?


E ela leva um amuleto da sorte
Que na verdade é sua sentença de morte
Pois o que ela leva pendurado ao pescoço
Vai levá-la sim, mas é pro fundo do poço


Presta atenção ao que eu te digo agora:
"Muda tua vida, lança esses ídolos fora!
E vem conhecer o DEUS da liberdade
Que só se adora em espírito e em verdade!"


Como pensa conseguir
Salvação dessa maneira,
Curvando-se a ídolos
De carne, pedra, metal e madeira?


Enquanto isso, DEUS, lá do céu te observa
E espera que um dia você entenda a verdade
Que há um só DEUS sobre todo o Universo
E é esse DEUS que lhe dá a liberdade


De escolher entre a luz e as trevas
Entre a escuridão ou a eternidade
Mas como pode você ao menos ouvir
Se são os seus ídolos que tem prioridade?


Como pensa conseguir
Salvação dessa maneira,
Curvando-se a ídolos
De carne, pedra, metal e madeira?


( Robson Lelles @1998)