Ministérios
se tornando carreiras: uns, financistas soberbos; outros, primores do
stand-up gospel; outros ainda, meros estelionatários da fé.
Congregações cada vez menos missionárias, cada vez mais voltadas para o próprio umbigo: quem quiser que vá buscar o perdido; senão, ele que se ache sozinho.
Viúvas e órfãos preteridos pelo fluxo de caixa, afinal, pobres, sempre os tereis entre vós. Deles, DEUS cuida.
Doentes cada vez menos visitados, afinal, está escrito que apenas as ovelhas sem mancha podem estar diante do altar.
Importa
o templo cheio, os cultos das 9, 11, 13, 15, 17, 19 e 21 horas de terça
a domingo, garantindo a multiplicação das ofertas e a priorização dos
custos: só valem despesas que tragam visibilidade e alarguem as margens
de lucro.
Como assim, você não tem ao menos doze discípulos? Afasta-te de mim, servo inútil e imprestável! Nunca te conheci!
Isso é show business. Igreja é outra coisa.
Igreja
tem ministérios, missionários e obreiros que suportam viúvas e órfãos,
que visitam doentes e lhes levam consolo que medicamento algum pode
dar.
O resto é forma sem conteúdo - e nada disso tem proveito.
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MARAVILHOSO O SEU TEXTO.
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