Trabalho muito perto dos prédios que desabaram no Centro do Rio. Estava no escritório, 10º andar do Edifício Odeon, sozinho em meio a configurações de processos, quando ouvi um som intenso e contínuo, parecido com o de fogos de artifício que soltam quando uma escola de samba entra na avenida, seguido de gritos apavorados e correria no calçadão da Cinelandia.
Fechei o laptop e resolvi ir embora. Quando entrei no elevador, o ascensorista e o rapaz da manutenção comentavam, agitados, sobre o desabamento de um prédio da 13 de Maio, ali ao lado. Ainda na escadaria do Metrô meu celular começou a tocar, uma chamada atrás da outra, com parentes e amigos ligando, querendo saber onde e como eu estava. As pessoas na estação estavam meio que aturdidas, sem entender direito o que estava acontecendo.
Todo o percurso até em casa foi tomado por explicações de que eu estava vivo e bem. Já em casa, soube que eram dois, depois tres os prédios que desabaram. Pelo que percebi, o que houve foi um efeito dominó, do prédio mais alto, de 20 andares, sobre os outros dois menores. Imagino pessoas que como eu estavam trabalhando até tarde e não tiveram chance de salvar suas próprias vidas. Imagino famílias que esperavam pela retorno de seus entes queridos, que não mais voltarão. Tudo assim, muito de repente, muito do nada.
Que DEUS tenha misericórdia dos familiares das vítimas de tão repentina tragédia.
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Nesse momento a gente só pensa: poderia ter sido eu. Mas não foi vc. Então agradeça a DEUS!
ResponderExcluirDuas chances de viver de novo em uma só vida não é para qualquer um. Você é ESPECIAL!
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