Um ATEU que defende DEUS de seus próprios seguidores?

Comprei e estou lendo o livro do Christopher Hitchens ("Deus não é grande", Ediouro). Aliás, só tomei conhecimento do livro na semana em que recebi a notícia de que o autor (fumante, beberrão e bissexual) havia morrido de cancer no esofago, aos cinquenta anos de idade.

Do que li até agora, o problema dele não é com DEUS propriamente dito, mas com a RELIGIÃO em geral - não só a cristã. Ele atribui às estruturas organizacionais eclesiásticas a responsabilidade sobre algumas das maiores catástrofes genocidas da humanidade. E ele tem TODA razão em relação a isso. Ele mesmo foi criado debaixo de educação cristã protestante nos EUA e vivenciou situações no mínimo dignas de análise e reflexão: afinal, o que estamos fazendo com a Palavra de DEUS?

É interessante ve-lo confrontar papas, imãs, mulás, rabinos e outros sumo-sacerdotes com os próprios textos sagrados de suas religiões, mostrando o quanto esses líderes distorceram e negacearam - e ainda distorcem e negaceiam no presente século - os textos aos quais deveriam obedecer, sem ter que revisa-los ou reedita-los conforme as suas infames conveniencias carnais e egoístas.

DEUS realmente usa quem Ele quer. E desta vez, usou um homem desregrado, que se considerava ATEU, sem no entanto se-lo, posto que seu livro inadvertidamente defende a obediencia à Palavra e prega o ódio àqueles que a distorcem de maneira tão vil e mesquinha, em favor próprio.

As pedras tem clamado já há algum tempo - e a culpa é de quem se diz ser servo de DEUS, sem no entanto se-lo.