sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Mãe ressuscita filho prematuro apenas com abraço

Bebê acorda nos braços da mãe duas horas depois que foi dado como morto pelos médicos.


Há (muito) mais coisas entre o céu e a terra do que julga nossa (muito) vã filosofia.


O verdadeiro amor tudo pode. O verdadeiro amor lança fora todo medo. O verdadeiro amor nos dá coragem para acreditar que não é o fim.


Glória a DEUS por sua misericórdia infinita!



Crescer


  Reprodução/DailyMail

Que o toque e o cheiro da mãe são importantes para o bebê não é novidade. Mas podem ser mais poderosos do que você imagina. Uma mãe australiana contou como o toque trouxe seu bebê de volta à vida. Os médicos falaram que Jamie Ogg não tinha nenhuma chance de sobrevivência quando ele nasceu prematuro de 27 semanas, pesando apenas 900 gramas. Enquanto sua irmã gêmea, Emily, conseguiu sobreviver, Jamie lutou por vinte minutos, mas foi declarado morto pelos médicos. Eles o entregaram à mãe Kate para que ela e o pai David se despedissem.

Quando recebeu a notícia que seu filho não tinha sobrevivido, Kate desenrolou Jamie do cobertor, colocou perto de seu peito e começou a conversar com ele. "Ele era muito mole. Seus pequenos braços e pernas estavam apenas caindo fora de seu corpo. Dissemos a ele qual era seu nome e que tinha uma irmã”, disse. Depois de duas horas de conversar com o filho, tocá-lo e acariciá-lo, ele começou a mostrar sinais de vida. Em seguida, após sua mãe colocar um pouco de leite materno no dedo e dar a ele, o bebê começou a respirar.

Kate tem certeza de que o contato "pele-a-pele" no seu caso foi vital para salvar seu filho doente. O método conhecido por ‘mãe canguru’, que também é aplicado em hospitais brasileiros, supõe que as mães se tornem incubadoras humanas, mantendo o bebê aquecido. Sabe-se que os bebês de baixo peso que são tratados desta maneira possuem menores taxas de infecção, padrões de sono melhor e menor risco de hipotermia. Mas casos como o de Kate desafiam a ciência.

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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Não vou calar meus lábios


“Sucedeu, porém, que depois o coração doeu a Davi, por ter cortado a orla do manto de Saul. E disse aos seus homens: ‘O SENHOR me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, ao ungido do SENHOR, estendendo eu a minha mão contra ele; pois é o ungido do SENHOR’. E com estas palavras Davi conteve os seus homens, e não lhes permitiu que se levantassem contra Saul; e Saul se levantou da caverna, e prosseguiu o seu caminho.

Depois também Davi se levantou, e saiu da caverna, e gritou por detrás de Saul, dizendo: ‘Rei, meu senhor!’ E, olhando Saul para trás, Davi se inclinou com o rosto em terra, e se prostrou. E disse Davi a Saul: ‘Por que dás tu ouvidos às palavras dos homens que dizem: Eis que Davi procura o teu mal? Eis que este dia os teus olhos viram, que o SENHOR hoje te pôs em minhas mãos nesta caverna, e alguns disseram que te matasse; porém a minha mão te poupou; porque disse: Não estenderei a minha mão contra o meu senhor, pois é o ungido do SENHOR. Olha, pois, meu pai, vê aqui a orla do teu manto na minha mão; porque cortando-te eu a orla do manto, não te matei. Sabe, pois, e vê que não há na minha mão nem mal nem rebeldia alguma, e não pequei contra ti; porém tu andas à caça da minha vida, para ma tirares. Julgue o SENHOR entre mim e ti, e vingue-me o SENHOR de ti; porém a minha mão não será contra ti. ’” (I Samuel 24:5-12)

Em I Samuel 24.6 lemos essa declaração do caráter de Davi, que se tornou conhecido como “homem segundo o coração de DEUS”: “Não estenderei a minha mão contra o meu senhor, pois é o ungido do SENHOR”. Este versículo, isolado, descontextualizado dos fatos que o antecederam e a ele se seguiram, tem se tornado o anestésico preferencial, aplicado por líderes eclesiásticos, para que o rebanho se cale diante de seus procedimentos desviantes. Com base numa interpretação convenientemente deturpada, ao líder eclesiástico – e a toda autoridade constituída, por mera aderencia – é permitido fazer e agir conforme o que estiver em seu coração ou o que gritar a sua carne, pois ninguém poderá questioná-lo, pois é um ungido de DEUS.

Na mesma linha de raciocínio - e usando provavelmente o mesmo versículo (existem vários sobre o tema autoridade na Bíblia, porém convenientemente ignorados), não deveríamos denunciar maus governantes, pois são autoridades instituídas por DEUS - mesmo os eleitos pelo voto popular, alguns mediante campanhas fraudulentas.

Não deveríamos também denunciar presidentes de grandes corporações poluidoras, ou que utilizam mão-de-obra escrava, ou que praticam assédio moral sobre seus empregados, ou que fraudam impostos, pois se eles chegaram nesses postos de comando, foi porque DEUS assim permitiu. 

O fato de que esses senhores porventura se utilizam do seu imenso poder secular para determinar - por meios fraudulentos de dominação de massa - quem será o próximo prefeito, governador ou presidente, ou pastor, ou bispo, ou apóstolo, ou patriarca, também não deve ser denunciado. Afinal, foi DEUS quem permitiu que lá eles estivessem, mesmo que, afinal, na maioria das congregações eles sejam eleitos por homens falíveis e imperfeitos como nós, de forma direta (pelas congregações, em assembléias) ou de forma indireta (pelo corpo eclesiástico, ou seja, pelos próprios pastores, bispos, concílios, etc.). 

Da mesma forma, seguindo esta linha de raciocínio, deveríamos execrar todos os profetas da Bíblia, pois se fizeram opositores a reis maus e corruptos, sacerdotes e profetas que se desviaram de seus propósitos originais, pois DEUS permitiu que essas abominações ali ocorressem. Profetas como Nathan e João Batista seriam sumariamente censurados com base nessa linha de raciocínio, coincidentemente pregada por esses mesmos senhores e seus acólitos. 

Há, nos dias atuais, o caso de um pastor-empresário, que enquanto empresário amargou sucessivos fracassos, que lhe valeram lições importantes, até que foi consagrado pastor com mérito, permanecendo, porém empresário, utilizando seu brilhante ministério eclesiástico (não há como negar, e quem o fizer estará enganado) e seu incrível senso de oportunidade como ponte para empreendimentos que em muito ajudaram a propagar a Palavra de DEUS. Eis que de um tempo para cá o vemos envolvido em empreendimentos nem sempre alinhados com a Palavra que ele tão bem prega.

Sua associação com outro eclésio-empresário estrangeiro tem sido desastrosa, bem como a decorrente e equivocada aliança com o mais novo “patriarca” eclesiástico brasileiro, que por sua vez é muito mais uma associação comercial - fruto da sua veia empreendedora - do que propriamente eclesiástica, pois nunca na história desse país se viu duas pessoas tão diametralmente opostas, doutrinariamente falando, caminhando tão juntas. 

Não poucas pessoas tem se desviado em consequencia dessas associações. Oramos para que esses senhores finalmente se arrependam de suas equivocadas contaminações e retornem ao que deveria ser seu exclusivo ministério, pois seu mau exemplo está se espalhando de forma desastrosa sobre os jovens vocacionados, que já não mais desejam dar suas vidas pelo ministério pastoral, mas criar um eclesionegócio altamente lucrativo, a exemplo desses senhores.

Nada contra pastores empresários, muito pelo contrário: apoio esse proceder. O próprio Paulo se valia de uma confecção de tendas para manter o sustento da igreja primitiva. A propósito, em Atos 20:32-38 lemos:

“E agora eu os entrego aos cuidados de Deus e da palavra da sua graça. Pois ele pode ajudá-los a progredir espiritualmente e pode dar-lhes as bênçãos que guarda para todo o seu povo. Não cobicei nem a prata, nem o ouro, nem as roupas de ninguém. Pelo contrário, vocês sabem que eu trabalhei com as minhas próprias mãos e consegui tudo o que eu e os meus companheiros de trabalho precisávamos. Em tudo tenho mostrado a vocês que é trabalhando assim que podemos ajudar os necessitados. Lembrem das palavras do Senhor Jesus: "É mais feliz quem dá do que quem recebe." Quando Paulo acabou de falar, ajoelhou-se com os irmãos e orou. Então todos choraram muito e abraçaram e beijaram Paulo. Estavam tristes, especialmente porque ele lhes tinha dito que nunca mais iam vê-lo. Então eles o acompanharam até o navio.

No entanto, presenciamos uma mudança radical em líderes eclesiásticos que sempre se levantaram contra esses falsários do evangelho. Esse fato levanta algumas questões interessantes, que talvez alguém possa esclarecer, como por exemplo: 

1.      Se os falsários do evangelho eram antes (muito bem) combatidos à luz da Palavra, o que realmente motivou a mudança de postura daqueles que os combatiam? Terá sido a noção de que na Bíblia não temos profetas ricos e abastados, mas profetas que viveram apenas do suficiente provido por DEUS? 
2.      Podemos, a partir da mudança radical desses ex-combatentes valorosos, concluir que o seu ensino anterior era errado – enquanto se pronunciavam contra os mercadores da fé - e agora está certo, ou terão eles de fato sucumbido às tentações de Mamon? 
3.      Se assim for, tudo aquilo que os levou à anterior notoriedade pública diante do povo de DEUS está baseado em erro e portanto, sua notoriedade torna-se injustificada porque está baseada em engano?
4.      Ou trata-se apenas de um desvio de conduta, movido por interesses financeiros? 

O já citado patriarca tupiniquim prega a "pérola" que o profeta João Batista foi decapitado porque duvidou da origem messianica de Jesus Cristo, sendo portanto punido com a morte desonrosa, após uma curta temporada na prisão de um rei corrupto e lascivo.

Com base nesse disparate, a manifestação de João Batista, ao saltar no ventre de sua mãe Isabel ao encontrar-se com Maria grávida de Jesus passa a ser um engodo bíblico ou uma mera alegoria, por ordem desse herege moderno? Terá ocorrido amnésia pós-parto no profeta João? E quanto à sua atitude no batismo de Jesus às margens do Jordão? Terá sido então amnésia pós-batismo, um trauma causado pela inveja? A sua afirmação “Convém que eu diminua e Ele cresça” terá sido forjada pelo evangelista e plantada na boca de João Batista sem que o mesmo nunca a tenha pronunciado? Terá ele sido abandonado pelo Espírito Santo que o conduzia até então? O fato de Jesus ter anunciado que dentre os nascidos de mulher, nenhum homem houvera nem haveria maior que João Batista foi um rasgo de adulação por parte do Filho de DEUS, por determinação desse "ungido" do século XXI? 

Outro ponto fartamente pervertido e propagado por esse patriarca - e propalado por todos os pastores espiritualmente fracos e ameaçados de perderem seus soldos e ministérios por sua falta de fé no verdadeiro DEUS, que sustenta os seus amados - é essa questão falaciosa de "tocar no ungido do Senhor", com base nessa afirmação de Davi em I Samuel 24.6. 

"Tocar no ungido" refere-se literalmente a feri-lo com a espada, matá-lo, tirar-lhe a vida, algo proibido pela Lei Divina e bem conhecido por Davi. Não se refere, portanto, a advertir a autoridade sobre o seu erro - ou o profeta Nathan teria sido justamente fulminado por advertir esse mesmo Davi pelos seus pecados de assassinato e adultério, em II Samuel 12:7-15:

Então disse Natã a Davi: “Tu és este homem. Assim diz o SENHOR Deus de Israel: Eu te ungi rei sobre Israel, e eu te livrei das mãos de Saul; e te dei a casa de teu senhor, e as mulheres de teu senhor em teu seio, e também te dei a casa de Israel e de Judá, e, se isto é pouco, mais te acrescentaria tais e tais coisas. Porque, pois, desprezaste a palavra do SENHOR, fazendo o mal diante de seus olhos? A Urias, o heteu, feriste à espada, e a sua mulher tomaste por tua mulher; e a ele mataste com a espada dos filhos de Amom. Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste, e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para ser tua mulher. Assim diz o SENHOR: Eis que suscitarei da tua própria casa o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres perante os teus olhos, e as darei a teu próximo, o qual se deitará com tuas mulheres perante este sol. Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei este negócio perante todo o Israel e perante o sol.”
Então disse Davi a Natã: “Pequei contra o SENHOR.”
E disse Natã a Davi: “Também o SENHOR perdoou o teu pecado; não morrerás. Todavia, porquanto com este feito deste lugar sobremaneira a que os inimigos do SENHOR blasfemem, também o filho que te nasceu certamente morrerá.”
Então Natã foi para sua casa; e o SENHOR feriu a criança que a mulher de Urias dera a Davi, e adoeceu gravemente. 

Essa visão distorcida dos fatos é vital para que uma conquista inestimável dos filhos de DEUS seja pervertida e anulada: o acesso direto ao Pai através do Filho. 

Essa visão traz de volta o paradigma da infalibilidade papal, ou seja, o "patriarca" não pode ser questionado, pois dele procede a vontade e a expressão de DEUS - incluindo as batatadas teológicas. 

Essa visão torna o papa, ou patriarca, ou apóstolo, ou bispo, ou pastor, ou líder de grupo o seu novo intermediário com DEUS, como fazem os líderes católicos apostólicos em relação a Maria e aos santos. O patriarca deixa de ser tão homem, tão falível e tão pecador como nós, para se tornar um messias, na perfeita acepção da palavra. O que procede daquela boca espiritualmente infecta passa a ser o novo evangelho - segundo o neopatriarca - e tem força de lei espiritual.

No entanto afirmo: DEUS não pode desmentir-se, simplesmente porque não pode mentir. A mentira então fica com o homem que a pronunciou e a colocou como fardo pesado sobre o povo de DEUS. 

Para alguns cristãos torna-se obviamente mais fácil ter um homem fascinante a quem seguir, em vez de seguir diretamente a Jesus.

É tão mais fácil ter um interlocutor que tenha sobre si a responsabilidade de falar e ouvir de DEUS aquilo que eles mesmos deveriam falar e ouvir. O próprio povo de DEUS foi quem pediu por um rei humano que reinasse sobre eles em vez de DEUS após a morte de Samuel, como está em I Samuel 8:4-10:

Então todos os anciãos de Israel se congregaram, e vieram a Samuel, a Ramá, e disseram-lhe: “Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações. Porém esta palavra pareceu mal aos olhos de Samuel, quando disseram: Dá-nos um rei, para que nos julgue.”
E Samuel orou ao SENHOR.
E disse o SENHOR a Samuel: “Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não te têm rejeitado a ti, antes a mim me têm rejeitado, para eu não reinar sobre eles. Conforme a todas as obras que fizeram desde o dia em que os tirei do Egito até ao dia de hoje, a mim me deixaram, e a outros deuses serviram, assim também fazem a ti. Agora, pois, ouve à sua voz, porém protesta-lhes solenemente, e declara-lhes qual será o costume do rei que houver de reinar sobre eles.”
E falou Samuel todas as palavras do SENHOR ao povo, que lhe pedia um rei.

DEUS lhes deu justamente o que buscavam: um homem de bela figura para que reinasse sobre eles, até que se mostrou tão humano quanto eles - e pecou contra DEUS. Nem foi preciso que Samuel morresse - Saul pecou muito antes disso! Maldito o homem que põe sua confiança em outro homem.

Jesus Cristo não morreu na cruz para que buscássemos o Caminho, a Verdade e a Vida em outro homem, semelhante a nós, mas exclusivamente n'Ele.

Quem quiser que se omita e se cale, mas enquanto folego houver, falarei da Palavra de DEUS para que os homens se arrependam de suas monstruosidades e retornem ao Caminho enquanto há tempo.

Davi não matou Saul, mas cortou-lhe a orla do manto e mostrou-lhe que se assim quisesse o teria feito. Foi atrás de Saul para mostrar-lhe o fato. Em I Samuel 24.12, Davi fala a Saul:

 "Julgue o SENHOR entre mim e ti, e vingue-me o SENHOR de ti; porém a minha mão não será contra ti."

Portanto, Davi mais uma vez se expressou em relação ao que havia entre ele e Saul. E se expressou claramente CONTRA a atitude de Saul. 

O contexto da passagem mostra que ninguém é proibido de manifestar-se contra o MAL que alguém esteja provocando a quem quer que seja. Quem se furta a manifestar, tendo consciencia do erro alheio, passa a ter parte com o mal que é provocado por aquela pessoa. 

Mais além: Se alguém - independente de posto ou cargo - está em erro, por exemplo, malversando os recursos da igreja, segundo Paulo, deve ser confrontado primeiramente por aquele que detectou a fraude, para que se arrependa. Persistindo ele na fraude, ele deve ser confrontado por aquele que detectou a fraude e mais duas ou tres testemunhas, para que se arrependa. Prosseguindo ele com a fraude, deve ser confrontado com a assembléia. 

Em I Timóteo 5:17-22 lemos:

Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina; porque diz a Escritura: “Não ligarás a boca ao boi que debulha”. E: “Digno é o obreiro do seu salário”. Não aceites acusação contra o presbítero, senão com duas ou três testemunhas. Aos que pecarem, repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham temor.
Conjuro-te diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, e dos anjos eleitos, que sem prevenção guardes estas coisas, nada fazendo por parcialidade.
A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro.


Aos que são mais afeitos ao Antigo Testamento, podemos relembrar Deuteronomio 19.15:

Uma só testemunha contra alguém não se levantará por qualquer iniqüidade, ou por qualquer pecado, seja qual for o pecado que cometeu; pela boca de duas testemunhas, ou pela boca de três testemunhas, se estabelecerá o fato.

Calar-se, omitir-se, é alimentar a fraude e permitir que a abominação cresça. 

Lamento profundamente que esses líderes tenham decepado algumas passagens da Bíblia e mantenham seu povo na ignorancia, manipulando o seu conhecimento sobre a Palavra de DEUS, escolhendo o que o rebanho pode ou não pode saber, de forma a mante-lo passivo a todo tipo de falcatrua que intentem realizar. 

Lamento profundamente que muitos tenham escolhido para si a ignorancia, o tapar de ouvidos e o fechar de olhos, mesmo após terem recebido o conhecimento adequado, deixando-se levar por lobos em pele de cordeiro, que da gordura e da carne do rebanho se alimentam e da sua lã se cobrem.

De tanto enxergarem a abominação, a promiscuidade e a licenciosidade prosperando diante do altar, é que muitos jovens tem se "autovocacionado" para os seminários teológicos, já com o intuito de se tornarem iguais ou piores do que esses apústulas e putriarcas da perdição, fazendo carreira nesse abominável mercado financeiro que se tornou a igreja. 

Mas até mesmo isso já estava previsto. Quem quiser que se cale e arque com as consequencias do seu silencio.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A sincronidade humana

Quem é músico sabe como é terrível a sensação de estar sentado no banco, assistindo a uma banda, coral ou orquestra se apresentar e perceber os desencontros e rateadas.
O autor do artigo a seguir resolveu falar a respeito.
Bom proveito.

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A sincronidade humana

Philip Ball
  • “Há duas regras de ouro para uma orquestra”, teria dito o maestro Thomas Beecham. “Começar juntos e terminar juntos. O público não dá a mínima para o que acontece no meio.” Beecham era dado a declarações perspicazes e exageradas, mas sua afirmação se adequa à intuição de que nós somos altamente sensíveis às falhas de sincronização nas apresentações musicais. “Eles estavam todos desencontrados”, é a crítica comum aos músicos sem ritmo.

Mas tocar junto e no mesmo tempo está longe de ser um feito trivial. Até músicos de orquestra que observam um maestro precisam prever o ritmo para não perdê-lo, e os pequenos grupos não tem nenhum metrônomo humano para seguir. Fora isso, os grupos, assim como músicos solo, desaceleram e aceleram por motivos de expressão. Quem decide isso quando não há ninguém liderando?

Esta é uma questão que está sendo estudada pelos psicólogos Alan Wing e Satoshi Endo na Universidade de Birmingham, junto com o violoncelista Adrian Bradbury. No festival de Aldeburgh em junho passado, Wing descreveu seus experimentos com o Quarteto Signum, um grupo alemão que também tocou no festival. Signum concordou em ser a cobaia dos estudos de sincronização musical de Wing.

A sincronização a um pulso regular é um tema antigo: o cientista holandês Christiaan Hygens observou no século 17 que dois relógios de pêndulo entram em sincronia se forem colocados juntos, presos na mesma viga de madeira. A sincronia através do estímulo visual basta para que uma árvore inteira cheia de vagalumes entrem no mesmo ritmo. Fazemos isso inconscientemente quando andamos ao lado de outra pessoa – um fato que, ignorado pelos arquitetos, inicialmente deixou a ponte Millennium sobre o rio Tâmisa perigosamente suscetível a grandes ondulações porque as vibrações criavam sincronia entre os passos dos pedestres.

Mas a sincronia consciente das ações humanas pode ser difícil de sustentar: temos uma tendência a entrar e sair do ritmo alternadamente. Há alguns anos, Wing investigou como os remadores na raia de Cambridge remavam juntos, e ele sugere brincando que esses estudos podem ter ajudado nas vitórias anteriores de Oxford. Mas o ato de remar, em que todos os participantes se esforçam para sincronizar uma ação idêntica e bastante regular, pode ser facilmente comparado à música. Num quarteto de cordas, cada músico toca uma parte, e ainda assim todos têm de se mesclar e criar um único pulso rítmico, mas um que satisfaça as demandas elásticas da expressão musical. Quem segue quem?

Para descobrir, Wing acompanhou os movimentos dos músicos de Signum usando a captura de movimentos em vídeo, que reflete a luz infravermelha em refletores presos em seus arcos. Dispositivos eletrônicos nos instrumentos permitiam que ele acompanhasse a relação entre o movimento e o som para cada músico isoladamente e observar as correlações entre eles. Um trabalho anterior, principalmente com tecladistas, mostrou que os músicos não mantém um ritmo rígido, mas variam os intervalos entre as batidas em cerca poucos milissegundos. Algumas dessas variações são aleatórias, mas outras são intencionais e se repetem entre uma apresentação e outra. Essas variações não só transmitem a emoção, mas também, paradoxalmente, ajudam o ouvinte a discernir o pulso da música, exagerando os padrões rítmicos.

Nos quartetos de cordas, o músico que faz a melodia – normalmente o primeiro violino – costuma ser o líder. Mas será que as microscópicas variações de ritmo do violinista confirmam isso – será que os outros músicos, por exemplo, entram no ritmo um pouco atrás do primeiro violinista? É isso que sugere os resultados de Wing. Ao usar modelos matemáticas análogos aos usadas para estudar mudanças periódicas no clima e nas populações animais, ele analisou os ritmos de cada músico durante uma passagem de Haydn para descobrir se o ritmo de um músico dependia do ritmo de outro. Parece que o violoncelo e a viola formam uma “sessão rítmica” coesa, como o baixo e a bateria numa banda de rock, que respondem ao que o primeiro violino faz, mas que por sua vez não o afetam.

Ciente da citação de Beecham, Wing também se perguntou como os grupos começam ao mesmo tempo. O músico líder de um quarteto costuma fazer um movimento exagerado com o arco ou a cabeça para sinalizar o primeiro tempo, mas a que exatamente os outros músicos respondem? Wing criou um avatar virtual do primeiro violinista, no qual ele podia retirar a cabeça ou um braço para ver o quanto eles influenciavam os outros músicos enquanto eles observavam a tela. Como sugere a intuição, a cabeça e o braço direito (do arco) são essenciais, enquanto o braço esquerdo não importava muito. E o ritmo adotado pelos outros músicos parece ser adotado pela aceleração desses gestos iniciais.

De certa forma, este é um exemplo extremo do tipo de liderança velada que vem sendo estudado em comunidades de animais, por exemplo na questão de como apenas poucas abelhas com informações privilegiadas sobre a localização de um bom local para uma colmeia podem induzir o resto do enxame a segui-las. É possível, então, que as ramificações desses estudos se estendam para além da relação entre os músicos, para a relação entre dançarinos e acrobatas, e até para atividades sociais e coesivas em grupo presentes na agricultura e na indústria – nas quais alguns acreditam que a música teve sua origem.
(Philip Ball é autor de “The Music Instinct”.)
Tradução: Eloise De Vylder

terça-feira, 10 de agosto de 2010

De volta ao ERRO

Aos poucos, de forma aberta e contínua, a liderança de seitas como IURD, IIGD, IMPD, MIR e outras que tais estão arrastando o rebanho protestante de volta:
  1. À hierarquia de cargos eclesiásticos da Igreja Católica Apostólica Romana, com seus bispos, apóstolos e patriarcas. Já deve estar em curso algum projeto para futura evolução desses patriarcas ao posto de messias, pois sua ambição não tem limite.
  2. À idolatria desses notáveis eclesiásticos, que se tornam os intermediários entre o rebanho e DEUS, como os santos da Igreja Católica Apostólica Romana, com a diferença que o culto aos santos agora é em vida, sem precisar beatificar e canonizar um defunto. Com isso, os "santos" se beneficiam em vida com a veneração.
  3. À compra de indulgencias, sob a forma de ofertas arrancadas mediante manipulações psicológicas e piramides de dízimos.
  4. À ignorancia bíblica no rebanho, que não é educado, mas treinado, adestrado, condicionado a reagir aos gestos e palavras de ordem de seus líderes eclesiásticos.
  5. À carreirização do que antes era um ministério eclesiástico, produzindo pastores profissionais e não mais Ministros da Palavra, cuidadores de rebanho, mas empresários da lã, da carne e da gordura desse rebanho. Ah, sem esquecer os chifres (shofar).
  6. À pseudo-judaização da liturgia, com adoção de símbolos, alegorias e ritos que não condizem com o evangelho de Jesus Cristo.

Se em breve criarem o equivalente neopentecostal ao Vaticano aqui no Brasil, não ficarei surpreso.

Amados pastores: 
A igreja precisa retornar aos lares cristãos com toda urgencia, antes que nos tornemos ainda piores do que éramos, cinco séculos atrás.

O capítulo 18, versos de 1 a 11 do Livro de Revelações narra:
E depois destas coisas vi descer do céu outro anjo, que tinha grande poder, e a terra foi iluminada com a sua glória.
E clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a grande babilônia, e se tornou morada de demônios, e covil de todo espírito imundo, e esconderijo de toda ave imunda e odiável.
Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da terra se prostituíram com ela; e os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias.
E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas.
Porque já os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou das iniqüidades dela.
Tornai-lhe a dar como ela vos tem dado, e retribuí-lhe em dobro conforme as suas obras; no cálice em que vos deu de beber, dai-lhe a ela em dobro.
Quanto ela se glorificou, e em delícias esteve, foi-lhe outro tanto de tormento e pranto; porque diz em seu coração: Estou assentada como rainha, e não sou viúva, e não verei o pranto.
Portanto, num dia virão as suas pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e será queimada no fogo; porque é forte o Senhor Deus que a julga.
E os reis da terra, que se prostituíram com ela, e viveram em delícias, a chorarão, e sobre ela prantearão, quando virem a fumaça do seu incêndio;
Estando de longe pelo temor do seu tormento, dizendo: Ai! ai daquela grande babilônia, aquela forte cidade! pois numa hora veio o seu juízo.
E sobre ela choram e lamentam os mercadores da terra; porque ninguém mais compra as suas mercadorias:

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Igrejas evangélicas ameaçam hegemonia católica no Brasil e na América Central

Motivos para comemorar, temos sim, mas não muitos.
Penso na profusão de não-vocacionados que tem abraçado o pastoreio como tábua de salvação para o desemprego e o meu entusiasmo com essa estatística diminui.
Penso na profusão de vocacionados que tem se desviado para o cristianismo financeiro e suas piramides de dízimo e sofro pelos que se deixaram vender e comprar pela falsa religião.
Penso nos empreendedores oportunistas que tem criado eclesionegócios e os batizam de igrejas, vendendo salvação em fogueiras santas, trilhas de sal, arcos de aliança, colunas de óleo ungido, arcas miniaturizadas e temo pelos que tem vendido a própria alma para comprar a falsa salvação das mãos desses crápulas.
Penso naqueles que deixam tudo para se lançar em missões a lugares remotos, mergulhados numa miséria tão profunda que só a idolatria pode criar e se veem abandonados justamente por aqueles que os deviam sustentar, para que estes tenham o seu fausto e sua fama construídos sobre a privação daqueles.
Mas tudo isso nos foi previsto e é sinal de que está próxima a vinda do Senhor - oh, maranata! Ai daquele que for achado na margem errada naquele dia.

Em Cristo,
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Igrejas evangélicas se multiplicam no Brasil e na América Central e ameaçam a tradicional hegemonia católica

El País
Carlos G. Cano
Madri (Espanha)
  • Evangélicos durante evento
    Evangélicos durante evento

O protestantismo avança na América Latina. Não há estatísticas consolidadas, mas em El Salvador, segundo uma recente pesquisa do Iudop (instituto ligado à Universidade Centro-americana, jesuíta), os que se declaram protestantes hoje representam mais de 38% da população - em 1988 eram apenas 16%. E no resto do continente, com exceção do México, pelo menos uma em cada dez pessoas é protestante. Em alguns casos, como na Guatemala, se anuncia que o país será em breve majoritariamente evangélico.
Embora na América Central a tendência seja pronunciada, os dados também falam por si mesmos ao sul do Panamá. Até 1960, no Brasil os protestantes sempre haviam se mantido abaixo de 5%. Mas nos anos 90 a proporção passou de 9% para 15,4%. E hoje, com cerca de 30 milhões de evangélicos, os brasileiros disputam com Alemanha, África do Sul e Nigéria o terceiro lugar no ranking dos países com mais protestantes do mundo, liderado por EUA e Reino Unido.
O protestantismo histórico, o de Lutero, o de Calvino ou o anglicano, sempre foi muito minoritário na América colonial, e só começou a se enraizar no início do século 20, com o "revival" [renascimento] norte-americano e a expansão das Igrejas pentecostais. Mas a que se deve uma mudança tão considerável em um continente que durante séculos foi majoritariamente católico?
Samuel Rodríguez, diretor da maior organização hispano-evangélica dos EUA, a Conferência Nacional de Liderança Cristã Hispânica (NHCLC na sigla em inglês), apresenta três motivos: que para se converter "não é preciso mudar sua cultura porque o Evangelho pode entrar com qualquer sotaque; que a Igreja Evangélica propõe "uma relação pessoal com Deus, sem burocracia religiosa"; e que, diante das ditaduras, "a religião ofereceu a liberdade".
O antropólogo salvadorenho Carlos Lara afirma que em seu país a ascensão do protestantismo "tem a ver com a guerra" e, embora somente em parte, também com uma certa "reação apolítica à Teologia da Libertação". Mas para Lara o fundamental é a mudança sociocultural.
Outro baluarte evangélico é seu papel social: centros de reabilitação para drogados, apoio nas prisões, colégios... Mas não atuam só em grande escala. As Igrejas evangélicas "funcionam como microssociedades nas quais os níveis de ajuda mútua são muito fortes", explica Lara.
Há quem chegue a atribuir ao protestantismo um certo efeito de ascensão social. Mas o antropólogo americano David Stoll, autor em 1990 do premonitório ensaio "A América Latina Está se Tornando Protestante?", mostra-se cético: "Passar quatro noites na igreja, em vez de bêbado na rua, melhora a alimentação das crianças e promove relações familiares mais adequadas. Mas não se pode demonstrar que tornar-se evangélico melhore sua posição social".
Diante da perda de fiéis, Crisóforo Domínguez, da Conferência Episcopal Latino-Americana, opina que, mais que um erro, a Igreja Católica cometeu um "pecado de omissão". De fato, perguntados sobre a visita de Bento 16 ao Brasil em 2007 - interpretada na época como uma forma de conter as conversões evangélicas -, o veredicto dos acadêmicos consultados por "El País" foi unânime: de nada serviu.
Samuel Rodríguez não duvida de que até o final do século o continente será "majoritariamente evangélico". Mas nem todos veem isso tão claramente. O teólogo espanhol José Casanova, professor em Georgetown, indica que "as projeções não estão se realizando". E o sociólogo brasileiro Antonio Pierucci indica que "havia muitos católicos dispostos a abraçar uma religião mais exigente em termos de comportamento e dedicação. Inclusive no aspecto monetário. Mas nem todos", diz, e "isso definirá o teto".
Projeções estatísticas à parte, ninguém dá demasiada importância às consequências. Samuel Rodríguez acredita que "os valores [evangélicos e católicos] são os mesmos". Tanto que os compara com "uma Pepsi e uma Coca-Cola". Pierucci, por sua vez, descarta uma mudança cultural: "O grande problema é que os evangélicos proíbem o álcool, então depois de um casamento bebem água ou suco de frutas. Sabe quanto dura uma festa dessas?", pergunta com ironia.
O que parece evidente é que a óptica evangélica reserva para a mulher um papel social de maior destaque. "Esse é um aspecto muito importante", diz José Casanova. "E não tanto pelos pastores - que podem ser mulheres nas Igrejas protestantes -, como pela frequência feminina, que contrabalança o machismo."
Também há quem veja certa americanização cultural, mas Casanova aponta que, em todo caso, a influência será bidirecional. "Nos EUA, em longo prazo, haverá um deslocamento pró-democrata do voto evangélico hispânico." Rodríguez confirma que, até a chegada da lei de imigração "racista" do Arizona, "a população latina estava decidida a votar republicano".
Outro efeito da ascensão do protestantismo, segundo Casanova, é a "renovação" católica: "No Brasil os carismáticos - com práticas cerimoniais semelhantes às de alguns evangélicos - representam mais de 20%". Rodríguez aponta inclusive para a política: "Muitos líderes de sucesso falam de redenção e de Jesus". Até "a fraseologia de Hugo Chávez é evangélica", ele diz.
E o Twitter parece lhe dar razão. Depois de abrir a tumba de Bolívar, o presidente venezuelano "tuitou": "Meu Deus, Meu Deus. Meu Cristo, nosso Cristo! Enquanto rezava em silêncio vendo aqueles ossos, pensei no senhor".
Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

Britânica que passou por 4 transplantes vitais se gradua em medicina

A próxima vez que voce se sentir miserável por causa das dificuldades que a vida lhe tem imposto, leia novamente a notícia a seguir.

Em Cristo,
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Britânica que passou por 4 transplantes vitais se gradua em medicina

Allison John, 32, obteve dois diplomas universitários na área de saúde após receber novos fígado, pulmão, coração e rim.

Da BBC
Ao obter o tão sonhado diploma em medicina pela Universidade de Cardiff, no País de Gales, uma estudante britânica já contava com 30 anos de experiência no campo - só que como paciente.
Allison John, 32, pode ser a primeira mulher britânica a ter sido submetida a quatro transplantes de órgãos vitais: pulmão, coração, fígado e rim.
Durante uma das cirurgias, estava tão frágil que os médicos tiveram de realizar a operação aplicando anestesia peridural em vez de geral.
"Minha vida tem sido uma montanha-russa e foi necessário um longo período para chegar aqui, mas cheguei", disse a médica recém-formada.
Allison terminou duas universidades de saúde e faz trabalho voluntárioAllison terminou duas universidades de saúde e faz
trabalho voluntário (Foto: BBC Brasil)
Allison tinha apenas seis semanas quando foi diagnosticada com fibrose cística, uma doença que ataca principalmente os pulmões e dificulta a absorção de gorduras e outros nutrientes dos alimentos.
Sua condição foi piorando e, ainda na adolescência, precisou fazer seu primeiro transplante. Foram necessários 16 meses de espera na fila para receber um fígado.
Na mesa de cirurgia, os médicos respiraram aliviados ao descobrir que a adolescente só teria três dias de vida sem o transplante e que salvaram sua vida. A operação foi em 1995.
Dois anos depois, quando já havia começado seus estudos universitários, Allison passou a sofrer de deficiências no pulmão. Novamente, se viu na mesa de operações. Durante o transplante do órgão respiratório, seu coração também foi trocado e doado a outro paciente.
A estudante viveu um período saudável em que concluiu o curso de neurosciência e iniciou a faculdade de medicina. Entretanto, no meio do curso, recebeu outra notícia bombástica: a de que uma rejeição de seu corpo aos órgãos transplantados estava causando problemas nos rins.
Em dezembro de 2006, a jovem recebeu um rim do próprio pai, que revelou-se um doador compatível.
'Sorte'
Apesar das idas e vindas em seu estado de saúde e além dos dois diplomas que obteve, Allison também encontrou tempo para fazer trabalhos voluntários para a fundação para o fígado do País de Gales, incentivando a doação de órgãos.
Ela diz que "não estaria viva" se não fosse pela generosidade dos doadores. "Muita gente diz que eu tive muito azar na vida. Não acho. O número de órgãos doados é muito pequeno e eu me incluo entre os sortudos."
A doutora John contou que os problemas de saúde não apenas não a impediram de realizar conquistas na vida, como a inspiraram a buscar o diploma de medicina.
"Eu acredito fortemente que se você não puder desenvolver empatia com o paciente, então não será um bom médico", afirmou.
"Mas depois de tudo o que vivi, acho que posso usar essas experiências que tive com médicos bons e ruins para ajudar os outros."
A britânica se diz animada com sua nova fase da vida.
"Não sei quanto tempo meus órgãos transplantados permanecerão saudáveis. Mas eu me recuso a me preocupar com o futuro. O que é que importa, quando o presente é tão bom?"