segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O Crente (i)

O Crente (i)

Robson Lelles

"Quando vindes para comparecer perante mim, quem requereu isto de vossas mãos, que viésseis a pisar os meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e as luas novas, e os sábados, e a convocação das assembléias; não posso suportar iniqüidade, nem mesmo a reunião solene. As vossas luas novas, e as vossas solenidades, a minha alma as odeia; já me são pesadas; já estou cansado de as sofrer. Por isso, quando estendeis as vossas mãos, escondo de vós os meus olhos; e ainda que multipliqueis as vossas orações, não as ouvirei, porque as vossas mãos estão cheias de sangue. Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer mal. Aprendei a fazer bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas." (Isaías 1:12-17)

Chega um dia que até mesmo DEUS se farta do comportamento daqueles que se arvoram a proprietários de seu culto; daqueles que, apesar de estarem sobre o altar, dão péssimo testemunho de reverência e adoração ao DEUS Altíssimo, comportando-se como se fossem soldados da fortuna, meramente contratados para executar uma parte específica do culto, ignorando e até mesmo atrapalhando os segmentos anteriores e posteriores à sua participação: não importa o que acontece antes e o que acontecerá depois da sua "performance" sobre o altar de DEUS.

Importa apenas que ele está ali para ser observado e admirado pelas suas qualidades inatas. A esse tipo de crente eu dei o nome de Crente [i]. Minúsculo mesmo, o [i] desse tipo de crente nos remete a situações que certamente já tivemos o desprazer de presenciar em algum momento menos afortunado de nossas vidas:

1. [i]nsensibilidade: o crente [i] não percebe que é observado. Acha que ninguém está assistindo ao seu proceder errado. Dá péssimo exemplo aos jovens e aos crentes recém-chegados. Se é obreiro, não busca ouvir às necessidades e solicitações dos membros da igreja, afinal ele já tem a perfeita noção do que é necessário fazer e ninguém precisa ensiná-lo.

Suas atitudes imprimem um padrão negativo no comportamento dos demais membros, mesmo aqueles que sabem que aquele comportamento é errado, afinal "se ele, que é antigo, faz, por que então eu não posso fazer também?".

2. [i]rresponsabilidade: o crente [i] não liga para o fato de que seu exemplo pode influenciar negativamente o desenvolvimento do culto e todas as demais instâncias da igreja. Chega mesmo ao cúmulo de se valer de desculpas tais como "faça o que eu digo e não faça o que eu faço", afinal, ele pode, os outros, não.

Se é obreiro, assume compromissos e não os cumpre, gasta recursos da igreja de forma desordenada, marca ensaios e não comparece, e quando aparece, é só no momento da apresentação, interferindo na concentração dos demais integrantes do grupo, em busca de detalhes que deveriam ter sido discutidos durante os ensaios. Ele mesmo acha as preparações e ensaios uma perda de tempo, afinal ele já sabe tudo o que tem que ser feito.

3. [i]nconstância: o crente [i] tem muita [i]niciativa. É um iniciador entusiasmado, mas raramente consegue concluir a contento aquilo que iniciou - e a culpa é sempre dos outros. Com o tempo, sua inconstância vai se tornando conhecida de todos e ele é cada vez menos solicitado, acabando por sentir-se preterido pela igreja. É certo que ele irá acusar a igreja por tê-lo segregado ao rol dos [i]núteis.

4. [i]rreverência: o crente [i] tem muito o que falar, por isso permanece conversando mesmo após iniciado o culto. O dirigente saúda a igreja, e o crente [i] prossegue interferindo na atenção do irmão ao lado, com o seu assunto [i]nadiável e [i]mportante.

Iniciam-se os louvores e o crente [i] tem sempre uma observação [i]nteressante e [i]nadiável a fazer ao irmão ao lado sobre o cântico em questão, quebrando a concentração de quem está à sua volta. Vem a pregação e o crente [i] tece comentários sobre a palavra pregada, como se fora uma pregação paralela à do culto.

Se é obreiro, passa a maior parte do culto do lado de fora do templo, cuidando de outros afazeres, e só permanece no templo o estritamente necessário para a sua participação - seja cantar, ler, ofertar, etc. O resto é conversa e distração.

Com o tempo, é comum que ele reúna em torno de si outros crentes, que se contaminarão e se tornarão crentes [i], passando a agir de forma semelhante, interferindo pesadamente no funcionamento do culto com a sua [i]rreverência coletiva.

Se você conhece um crente [i], ore por ele, para que ele acorde a tempo, pois ele se acha [i]mprescindível para a obra de DEUS e sequer percebe que tem desagradado tremendamente a DEUS com a sua [i]mpertinência.

Humildade Para Reconhecer a Ação de DEUS

Humildade Para Reconhecer a Ação de DEUS

Robson Lelles

"TODOS os mandamentos que hoje vos ordeno guardareis para os cumprir; para que vivais, e vos multipliqueis, e entreis, e possuais a terra que o SENHOR jurou a vossos pais. E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o SENHOR teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não. E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do SENHOR viverá o homem. Nunca se envelheceu a tua roupa sobre ti, nem se inchou o teu pé nestes quarenta anos. Sabes, pois, no teu coração que, como um homem castiga a seu filho, assim te castiga o SENHOR teu Deus. E guarda os mandamentos do SENHOR teu Deus, para andares nos seus caminhos e para o temeres." (Deuteronômio 8:1-6)

DEUS pode estar agindo de forma maravilhosa na sua vida nesse exato momento.
Para perceber essa intervenção divina sobre a sua vida, torna-se necessária uma dose de humildade que muitas vezes só pode ser conquistada através de uma provação. Sim, nem todos trazem em si a necessária humildade para reconhecer a intervenção divina em suas vidas.

Alguns, por absoluta falta de fé, consideram-se esquecidos por DEUS.
Passam por provações terríveis e são incapazes de reconhecer que, nos momentos mais críticos, a mão de DEUS se fez presente, livrando-os da vergonha ou da destruição iminente. Lembram-se eternamente da doença ou da tragédia. Contam-na em detalhes que muitas vezes nos fazem senti-la como se tivesse sido em nós mesmos. Esquecem-se de lembrar da cura: de como ela veio, por intermédio de quem, dos percalços superados muitas vezes sem uma explicação lógica. Quando esperam pelo sobrenatural de DEUS, imaginam-no com luzes feéricas e névoas místicas, tão improváveis que se tornam inalcançáveis. Não enxergam DEUS na simplicidade, como por exemplo, no médico que encontrou-os num corredor do hospital e tomou para si a responsabilidade de tratá-los, mesmo estando ele fora do seu turno de atendimento. Ou na copeira que sentiu no coração o desejo de lhe preparar uma refeição especial em função da terapia pela qual estão passando. Ou quem sabe ainda, por aquele remédio necessário que estava em falta, mas foi encontrado no fundo da gaveta, na última hora, na dose certa. O milagre lhes grita ao lado, mas permanecem indiferentes.

Outros, inoculados de soberba, consideram-se imunes a tudo.
Estão "cobertos" pelo sangue do Cordeiro, mesmo quando incorrem em pecado. Meu pai conta que, durante um exercício militar, dois marinheiros iniciaram uma discussão acalorada por um motivo fútil. Em dado momento, um deles ameaçou agredir fisicamente o outro, caso ele não se calasse. A resposta do seu oponente não poderia ser mais equivocada: "Ah, você vai bater em mim?" Ele então curva a cabeça, faz uma breve oração e então dispara: "Pode vir me bater! Eu estou coberto pelo sangue de Jesus!" Ao que o outro arremeteu-lhe um petardo de direita no nariz, fazendo o sangue espirrar. "Agora você está coberto com o seu próprio sangue!", disse-lhe o algoz. O marinheiro, ensangüentado e frustrado na sua falsa crença, ainda teve que compartilhar da mesma cela que o seu agressor. Certamente tiveram tempo suficiente para uma reconciliação durante sua detenção por mau comportamento e para refletir sobre não tentar a DEUS.

Nenhum dos dois extremos traz benefício à sua vida.
Quando leio essa passagem de Deuteronômio, lembro de um episódio difícil que um conhecido pôde superar graças à intervenção de DEUS na sua vida. Este episódio tem a ver com um período em que uma súbita onda de desemprego se alastrou pelo país. Em função da idade e de um alegado "excesso de qualificação" tornou-se muito difícil arranjar colocação. As entrevistas de emprego surgiam com certa freqüência e muitas vezes atingiam à última etapa, mas nunca se convertiam em contratação. O fato dele ter sido durante algum tempo diretor de uma multinacional parecia pesar na decisão dos seus potenciais contratantes - quem afinal desejaria contratar um potencial concorrente? As razões para o fracasso nesses processos não eram diversificadas: faixa etária e superqualificação. Ninguém parecia desejar contratar alguém com experiência internacional, poliglota, entre outros tantos atributos.

Durante intermináveis dias esse homem peregrinou atrás da retomada da sua carreira, aceitando aqui e ali um serviço temporário de que lhe garantisse o mínimo para a subsistência de sua família. Sentia-se mesmo como que atravessando um deserto, mas ele não se afastava do caminho de DEUS. Persistia em agir de forma ética, mesmo diante de apertos. De tanto perambular atrás de trabalho com o par de sapatos decentes que ainda lhe restara, ele temia ficar literalmente descalço de uma hora para outra. No entanto, aquele par de sapatos resistia impávido às caminhadas atrás de trabalho, sem se desgastar. Dia após dia, lá estavam eles, ao pé da cama, logo de manhã, prontos para mais uma jornada de lutas. Ele se admirava da resistência daquele calçado.

Um dia, DEUS disse: "Basta!" e esse homem ganhou uma oportunidade em uma importante empresa, que precisava de alguém experiente para conduzir um processo de mudança interna urgente. Durante uma semana ele acordou cedo, calçou aquele par de sapatos e foi trabalhar confiante, agradecendo a DEUS pela redenção, certo de que novos tempos surgiam no horizonte.

Ao final da primeira semana de trabalho, recebeu feliz o seu primeiro pagamento como homem empregado depois de muito tempo. Dirigiu-se feliz ao caixa para receber sua remuneração, quase não se contendo de emoção pelo momento. Recebeu o pagamento e já se dirigia de volta ao escritório, quando sentiu um súbito alívio nos pés. Os sapatos pareciam bem mais frouxos que o normal. Ele decidiu seguir em frente, mas algum tempo depois foi vencido pela curiosidade e resolveu parar para verificar o que havia com os sapatos. Foi quando verificou que ambas as solas estavam completamente rachadas de um lado a outro, de forma que o ar fresco lhe entrava pelas frestas! Antes de se lamentar pela situação, lembrou-se que aqueles sapatos o acompanharam durante toda a sua passagem pelo deserto das dificuldades... Viu ali que DEUS lhe anunciava que a travessia de fato terminara, que era hora de começar de novo.

Ainda emocionado, entrou numa loja próxima e comprou para si um novo par de sapatos, parecido com o que se perdera e então retornou ao trabalho. Naquela noite, ao chegar em casa, narrou o ocorrido à esposa. Juntos deram graças a DEUS pela sua imensa misericórdia e dormiram em paz. No dia seguinte, aquele velho par de sapatos foi mandado para conserto, com todo cuidado de quem se lembrou que DEUS nunca se esquecera de sustentar aqueles que o buscaram.

DEUS esteja nos sustentando em nossas travessias pelos desertos dessa vida. Amém.

Pode algo bom vir de Nazaré?

Pode algo bom vir de Nazaré?

Robson Lelles

"Filipe achou Nathanael, e disse-lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José. Disse-lhe Nathanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Disse-lhe Filipe: Vem, e vê. Jesus viu Nathanael vir ter com ele, e disse dele: Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo. Disse-lhe Nathanael: De onde me conheces tu? Jesus respondeu, e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse, te vi eu, estando tu debaixo da figueira. Nathanael respondeu, e disse-lhe: Rabi, tu és o Filho de Deus; tu és o Rei de Israel. Jesus respondeu, e disse-lhe: Porque te disse: Vi-te debaixo da figueira, crês? Coisas maiores do que estas verás. E disse-lhe: Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem." (João 1:45-51)
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Nazaré (hebraico natsrát, árabe: al-nassira) é uma cidade de Israel situada na região norte, nas montanhas da Galiléia. A população de Nazaré é principalmente árabe. De acordo com a tradição, esta é a cidade onde moravam Maria, José e Jesus. Hoje é um dos principais lugares de peregrinação em Israel.

A importância de Nazaré à época de Jesus

Nazaré era uma aldeia pequena e insignificante durante o período de Jesus. Enquanto o local foi colonizado durante o período 600-900 BCE, era muito pequeno para ser incluído na lista de assentamentos da tribo de Zebulon (Josué 19:10-16) que menciona doze cidades e seis aldeias. Nazaré não é incluída entre as 45 cidades da Galiléia que foram mencionadas por Flávio Josefo, e o nome dela não consta entre as 63 cidades da Galiléia mencionadas no Talmud. Parece que as palavras de Nathanael de Cana, "Pode qualquer coisa boa sair de Nazaré"? (João 1:47) caracterizou o local como parecendo insignificante. É desnecessário dizer que a maioria das pessoas da Judéia nunca tinham ouvido falar de Nazaré.

Para explicar onde Nazaré ficava situada, os Galileus tinham que explicar que a aldeia era perto de Gat-Hyefer. Escavações arqueológicas conduzidas em Nazaré por Bagati desde 1955 mostram que ela era uma aldeia agrícola pequena, habitada por algumas dúzias de famílias. De fato, ninguém em sã consciência imaginaria quão grandes eventos aconteceriam a partir daquela minúscula aldeia.


A verdadeira grandeza de uma pessoa não deriva do lugar de onde ela vem

Quem algum dia já se preocupou em ler sobre a biografia de pessoas importantes, rapidamente aprendeu que várias delas nasceram e foram criadas em lugares que simplesmente não constam nos mapas, de tão pequenos e insignificantes que são. Isso, contudo, não impediu que a grandeza dos seus sonhos fosse realizada. E isso não impede que o seu esforço, a sua persistência, e principalmente a sua FÉ levem a realizar seus sonhos.

Todos nós sonhamos. Alguns sonham todos os dias com dias melhores. Alguns já não desejam sonhar. Preferem acreditar que nunca, nada mudará em suas vidas. Fecham suas mentes e seus corações e passam a viver o dia-a-dia sem perspectiva alguma de conquistar algo que um dia sonhou. Mas ainda assim essas pessoas mantêm sonhos enterrados em algum lugar dos seus corações.

Todos nós precisamos sonhar. É da natureza humana o sonhar. O sonho é algo tão importante para o ser humano que ele pode chegar ao ponto de abrir mão de ítens vitais em troca de um sonho. O homem que não sonha morre - primeiro espiritualmente, depois fisicamente. Alguns chegam a trocar a própria dignidade, a própria moral, para conquistar algo que sonha. Creio que todos nós conhecemos pessoas que, em algum momento da vida, abriram mão de uma vida correta e decente para conquistar algo que desejavam muito na vida. Todo dia vemos na TV e nos jornais as conseqüências da ambição desmedida de pessoas, de todas as classes sociais, que cobrem seus rostos diante das câmeras, para não serem reconhecidas em seu momento de vergonha. Algumas delas, no entanto, sequer têm espaço para aparecer na TV e desaparecem sem deixar vestígio de sua passagem pelo mundo.

Nazaré era uma cidade sem importância alguma aos olhos dos homens. Sequer era contada como uma verdadeira cidade. Era considerada como uma aldeia, um ajuntamento de famílias pobres, sem importância alguma. Pessoas passavam pela estrada e sequer notavam Nazaré pelo caminho. No entanto, aquele lugar insignificante aos olhos dos homens foi escolhido por DEUS para abrigar o homem mais importante que este planeta inteiro já conheceu.

Vemos constantemente pessoas buscando ser importantes aos olhos de outras pessoas. Seja através do seu próprio trabalho ou através de caminhos menos nobres como a notoriedade fútil de programas populares de televisão. Recentemente li, num estudo teológico, que os pilares da desgraça humana se resumem em três: fama, prazer e bens (Myer Pearlman, 1898-1942). Toda pessoa que vive em função de atingir altos patamares de fama, prazer e bens abre brechas enormes, por onde as ações do inimigo penetram para trazer destruição à própria pessoa e também às pessoas que a rodeiam. Sim, porque toda pessoa poderosa ajunta gente em seu redor. Quando essa pessoa poderosa cai, leva junto quem está com ela, de uma forma mais ou menos intensa. Quem aqui não conhece ou mesmo não vivenciou situações parecidas com o que acabamos de falar?

É muito fácil olharmos em volta e concluirmos que não vivemos num lugar adequado aos nossos sonhos. Na verdade, aos olhos de DEUS, nenhum lugar neste planeta é adequado para aquilo que Ele planejou. Em Gênesis 3:17 podemos nos certificar disso: "E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida".

Então, o que nos resta diante de uma afirmação como essa? Resignarmo-nos com o nosso destino miserável e seguir em frente como se nada pudesse ser feito? Nem de longe! Mais à frente, no versículo 22, lemos: "Então disse o SENHOR Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal...". Será que DEUS mentiu quando afirmou a nossa semelhança com Ele? Sabedores que somos do que é o BEM e do que é o MAL, por que então tantos de nós escolhemos o que vem do MAL? Por fama, prazer e bens acima do razoável - é isto:

* Não satisfaz conquistar bens com trabalho honesto, mas conquistar muitos bens, acima do que as outras pessoas têm, mesmo que para isso alguém seja prejudicado.

* Não satisfaz buscar o prazer das coisas simples, mas levar os sentidos humanos a experimentar o limite, mesmo que isso lhe custe a própria saúde, até mesmo a vida.

* Não satisfaz ser elogiado pelo trabalho bem feito, mas ser conhecido por todo o mundo por um único trabalho que seja, muito provavelmente vindo de uma inspiração momentânea e nem sempre santa.

A história está cheia de artistas que venderam sua dignidade e sua alma para atingirem o sucesso e simplesmente sumiram pelo ralo do esquecimento algum tempo depois.

A verdadeira grandeza de uma pessoa deriva dos seus objetivos na vida

A mensagem é muito clara: quando objetivos pessoais se sobrepõem aos propósitos de DEUS na vida de uma pessoa, invariavelmente haverá frustração. Ainda que ela alcance aqueles objetivos pessoais, não haverá satisfação.


Em II Crônicas 9, temos a história de uma mulher poderosa, que possuía vasta fortuna e que se achava muito sábia. Certamente aquela mulher julgava ter atingido todos os seus objetivos na vida. No entanto, ela não se sentia completa, apesar de possuir tantos bens. Quando aquela mulher soube da existência de um servo do DEUS vivo, que tinha fama de ser muito sábio, ela rapidamente partiu para encontrar-se com ele e pô-lo à prova. Ela não sabia de onde provinha a sabedoria daquele homem. Nós sabemos: falamos de Salomão e a Rainha de Sabá. A sabedoria de Salomão provinha do próprio DEUS vivo. Quando aquela rainha ouviu de Salomão as respostas às suas perguntas, ficou tão admirada que imediatamente presenteou-o com riquezas imensas, nunca vistas em Judá até então.

Salomão buscou primeiro agradar a DEUS. Por isso, até mesmo a riqueza dos ímpios veio até ele, sem que ele fosse atrás deles. Há também outra lição importante em Salomão: a partir do momento em que ele se afastou dos caminhos de DEUS, seu reino e sua descendência também entraram em decadência. Que essa lição fique gravada a fogo em nossos corações para que não venhamos a repetir o mesmo erro de estar sob a graça de DEUS e abrir mão dela em função dos manjares do mundo, para que não terminemos da mesma forma.

Pode algo bom sair do seu bairro? Responda a si mesmo essa pergunta. O que te faz buscar as reuniões no templo? O que te faz buscar a Palavra de DEUS com tanta freqüência? Que efeito tem sobre a sua própria vida a Palavra de DEUS que você ouve e lê? Se há algum bom efeito, então VOCÊ é o que pode sair de bom do seu bairro e da sua cidade! E se VOCÊ é o que pode sair de bom do seu bairro ou da sua cidade, eis o que diz o Espírito de DEUS: Sê TU uma bênção! Porque toda vez que perguntarem: "Pode algo de bom sair daquele lugar?" Alguém certamente dirá: "Vem, e vê"!

Que DEUS os abençoe! Amém!

A Ciranda do Inimigo

A Ciranda do Inimigo

Robson Lelles

"Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo; mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos". (Lucas 22:30-31)

Cirandar, de acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (http://www.priberam.pt/dlpo), significa originalmente " passar pela ciranda; joeirar; peneirar ". Por sua vez, ciranda significa originalmente "crivo, peneira grossa, com que se joeiram grãos, areia, etc". Ou seja, quando Jesus diz a Pedro que o inimigo buscava cirandar com ele, a idéia do maligno passava bem longe de chamar Pedro para dançar um ritmo folclórico brasileiro, aliás inexistente à época.

Você consegue se imaginar passando por uma peneira grossa? Consegue se imaginar passando de um lado a outro lado da ciranda do inimigo? Pois bem, nesse exato momento, o inimigo está trabalhando para cirandar com você!

A ele não basta acabar com a sua vida: ele deseja pulverizá-lo, literalmente, eliminar qualquer vestígio do que você um dia foi. Não bastou a Pedro conviver com o Filho de DEUS, assim como não basta a ninguém constar da lista de membros de uma congregação para se livrar dessa peneira. Sem a intercessão de Jesus Cristo, o destino certo da humanidade seria a ciranda do inimigo.

O mais impressionante de todo esse processo talvez seja o fato que, na maioria das vezes, é a própria pessoa que caminha voluntariamente, pelos corredores do labirinto que é a sua vida, em busca da câmara onde se encontra o instrumento maligno que o despedaçará. A cada esquina que dobramos sem pensar, corremos o risco de dar de cara com a porta que leva à ciranda onde o inimigo aguarda pela oportunidade de nos moer.

Quem já teve a oportunidade de assistir à ciranda do trigo talvez tenha uma noção mais clara do que Jesus ilustrou a Pedro: pega-se uma braçada de pés de trigo ceifado e bate-se violentamente contra a peneira (ciranda), seguidas vezes. A cada novo golpe, alguns grãos atravessam a trama da peneira, caindo sobre um pano estendido, até que nas mãos do cirandeiro reste apenas a palha do trigo e sobre o pano, apenas grãos. A violência e a repetição do processo ilustram bem o desejo do inimigo sobre a vida de quem busca se santificar e permanecer no caminho de DEUS. Para ele, o proveito não está nem na palha que ficará em suas mãos, nem nos grãos que jazem sobre o pano, mas no prazer que ele extrai da violência do processo de desagregação do fruto que estava na planta.

No entanto, Pedro tinha a Jesus por interventor. Pedro sequer sabia do que se passava nas esferas espirituais a seu próprio respeito. Antes mesmo que viesse a saber, Jesus já havia providenciado a intervenção por seu discípulo. Quão triste é a situação daqueles que não podem contar com o mesmo recurso!

Certamente você conhece alguém assim. Talvez esse alguém lhe seja muito próximo e amado. Talvez você já esteja cansado de tanto tentar trazer essa pessoa para o caminho. Talvez você já sinta os joelhos doloridos pelo tempo que tem orado por essa pessoa. Mas eu pergunto:

Será que vale a pena desistir, sabendo o que acontecerá a essa pessoa? Será que vale a pena tentar conciliar o sono com a imagem do trigo sendo cirandado vezes seguidas até só ficar a palha? Será que você é exemplo vivo daquilo que você professa?

A cura para alguns males por vezes exige tempo, continuidade e persistência. Não podemos jogar todos os problemas na mesmo vala comum e achar que uma mesma terapia trará a tão necessária cura no mesmo tempo, sempre. Não desista, persista. Essa pessoa precisa desejar ter a Jesus Cristo como salvador para então tê-lo como interventor, antes que ela seja cirandada pelo inimigo.

Essa é a missão que temos, todos nós: falar do amor de DEUS por todos nós, a ponto de enviar seu filho unigênito para ser cirandado em nosso lugar. Falar do consolador que está conosco desde que Jesus retornou ao Pai. Falar que Jesus voltará para nos resgatar. Falar que mais ninguém ou coisa alguma pode tomar o lugar de Jesus Cristo nesse papel.

Que DEUS nos fortaleça integralmente. Amém.

Fé Para Alcançar Milagres

Fé Para Alcançar Milagres

Robson Lelles

"E, entrando Jesus em Cafarnaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe, e dizendo: Senhor, o meu criado jaz em casa, paralítico, e violentamente atormentado. E Jesus lhe disse: Eu irei, e lhe darei saúde. E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar. Pois também eu sou homem sob autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu criado: Faze isto, e ele o faz. E maravilhou-se Jesus, ouvindo isto, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé. Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus; E os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes. Então disse Jesus ao centurião: Vai, e como creste te seja feito. E naquela mesma hora o seu criado sarou." (Mateus 8:5-13)

Por que eu preciso ter fé?

Muitas vezes, vivemos nossas vidas de uma forma tal que parece mesmo que nós não precisamos de mais ninguém. De fato, ter iniciativa nos ajuda a depender menos das pessoas. Porém, quando uma determinada tarefa exige um esforço maior do que a nossa própria capacidade, seja física ou mesmo de conhecimento, é comum pedirmos ajuda: para consertar um motor de carro, para "virar" a laje da casa que construímos, etc. Nessas horas, é comum pedirmos a ajuda de amigos mais chegados ou a ajuda de profissionais especializados para obtermos aquilo que precisamos. Mais que isso: eu preciso acreditar que aquele amigo ou aquele especialista são capazes de me ajudar a resolver o meu problema. Se eu não acredito na capacidade da pessoa a quem eu peço ajuda, no fundo eu não desejo resolver aquele problema. Desejo apenas exibir a minha dificuldade e testar a reação das pessoas diante da minha miséria - exibicionismo do pior tipo.

Mas... e quando a ajuda não pode vir dos homens?

Na vida de todos nós já aconteceu de estarmos sozinhos em situações de aperto, nas quais nós daríamos tudo por uma ajuda providencial, um olhar amigo, que fosse... Pode ser por alguma circunstância fora do nosso controle ou mesmo por alguma posição que tomamos na vida e acabou desagradando a alguém. Ser cristão demanda por vezes tomar decisões contrárias ao senso comum e isso desagrada até mesmo pessoas que nos são muito próximas, gerando mágoas e ressentimentos que podem durar muito, muito tempo. Quem já se viu sozinho diante de dilemas morais e éticos, quando todos apontam para o caminho fácil e sabemos que aquele não é o caminho pelo qual um legítimo cristão pode trafegar, certamente tem noção da profundidade do sentimento de solidão que invade a alma nessa horas. Nessas horas, nossos olhos percorrem o ambiente até onde a vista alcança e não vemos quem possa nos consolar em meio aos olhares acusadores dos homens.

De que adianta todo poder diante das impossibilidades humanas?

Alguns podem acreditar que ter autoridade sobre outras pessoas é a saída - basta ordenar e o que se ordenou será cumprido. Tamanha miopia espiritual já levou muitos à perdição. Vejamos o que nos diz o relato em Mateus 5: O centurião era um homem poderoso, mas não tinha poderes para curar aquela pessoa por quem ele tinha afeição. De que lhe adiantava tanto poder, se ele não tinha o poder necessário para atender àquela necessidade? Se por acaso ele ordenasse a um de seus comandados que curasse aquele seu criado, ele obteria de fato a cura?

Basta uma palavra

Eis aí a grande lição que o centurião romano nos ensina:

O centurião reconheceu em Jesus o PODER para curar seu criado: apesar de não ser judeu, ele viu em Jesus a autoridade e o poder sobre de fato todas as coisas. Ele viu em Jesus para ordenar e fazer cumprir a sua ordem sobre a saúde do seu criado e então curá-lo.

O centurião reconheceu que não precisava da presença FÍSICA de Jesus para que seu criado fosse curado: Além de reconhecer a autoridade e o poder de Jesus sobre todas as coisas, ele também concluiu que um ser tão poderoso não precisaria se fazer fisicamente presente em algum lugar para ali operar o sobrenatural. Bastar-lhe-ia uma palavra daquele ser poderoso e o que ordenara seria cumprido. Não era necessário um retrato de Jesus na parede de um cômodo da casa, ou mesmo uma estátua de Jesus sobre uma estante, mas simplesmente a fé de que a uma só palavra de Jesus, a cura aconteceria - e de fato aconteceu.

O centurião aceitou Jesus primeiro em seu coração e então obteve o milagre da cura do seu criado: Por que se pede a quem não se acredita ter poder para realizar? É sensato pedir algo a alguém que se sabe não ter poder para realizar o que se precisa? Certamente que não. O que se viu ali foi alguém com tamanha fé no poder do Filho de DEUS que sequer demandava a sua presença física no cômodo onde estava o doente a ser curado. A fé do centurião impressionou o próprio Jesus, a ponto de arrancar dele uma declaração de peso: não basta ser rotulado de cristão ou ter nascido num lar cristão para obter o sobrenatural de DEUS, é preciso realmente CRER com todo o coração para então termos o direito de obter de DEUS a graça do seu sobrenatural e mesmo a sua salvação!

Pois então que caiam por terra todos os rótulos e prevaleça a verdadeira santidade que leva DEUS a derramar do seu sobrenatural em nossas vidas.

Tenhamos verdadeira fé para termos verdadeira salvação! Amém.

Como Está o Teu Arco?

Como Está o Teu Arco?

Robson Lelles

"Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre o seu galardão. Como flechas na mão de um homem poderoso, assim são os filhos da mocidade. Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, mas falarão com os seus inimigos à porta." (Salmo 127:3-5)

Eis que o Senhor te deu flechas. Mas, como está o teu arco?

Toda vez que leio este versículo do Salmo 127, não consigo dissociar a menção das flechas à existência de um bom arco. Se os filhos são flechas, então podemos afirmar que o arco representa a união do pai com a mãe - o matrimônio. Essa analogia é interessante a partir do ponto que se percebe que um arco é composto de dois elementos indispensáveis: a haste e a corda. O que antes era simplesmente uma vara de madeira (ou metal) e um pedaço de corda - dois objetos separados, com funções distintas e vários usos possíveis - tornam-se um, com a finalidade de lançar flechas ao alvo.

Analogamente, pai e mãe se unem em matrimônio para formar uma família, que tem por objetivo oferecer aos seus filhos o maior alcance possível em termos de horizonte e futuro. Quem já teve oportunidade de brincar de arqueiro quando criança sabe do que estou falando e concorda comigo: de nada adianta termos flechas de boa qualidade na aljava (a bolsa de flechas, geralmente colocada às costas ou na cintura do arqueiro), se o instrumento utilizado para lançá-las não estiver à altura. Também de nada adianta colocar essas flechas de boa qualidade nas mãos do melhor arqueiro se o instrumento utilizado para lançá-las não estiver à altura de quem as lançará.

Então volto à pergunta anterior, agora detalhando um pouco mais: DEUS tem te dado boas flechas? E o teu arco, como está? Falando claramente: Como está o teu casamento?

A Haste armazena a potência com que a Flecha será lançada.

Ao analisarmos a haste de um arco, percebemos que o material utilizado na sua fabricação tem a capacidade de, ao ser retesado, retornar ao desenho original ao cessar a tensão, tantas quantas forem as vezes que esse esforço se repetir. O material da haste do arco não empena, não amassa. Recebe a tensão da corda, se flexiona, mas retorna à posição original assim que a tensão acaba. Ao retesarmos corretamente a corda de um arco, transferimos de nossos músculos a energia suficiente para lançarmos uma flecha à distância máxima.

Imaginemos agora se a haste do arco fosse feita de um material dúctil, macio, como o estanho ou o chumbo. Ao aplicarmos nosso esforço para retesar a corda, o arco se amassaria e formaria algo parecido com a letra "C" e não retornaria à posição original. Ao soltarmos a corda, ela penderia, frouxa. Não conseguiria lançar a flecha na direção do alvo. Por isso as hastes dos arcos são feitas de material flexível - madeira ou bronze, conforme citado na Bíblia, ou ainda fibra de carbono, na moderna versão do esporte olímpico.

A flexibilidade do material de que é feita a haste do arco, bem como a sua resistência e o seu desenho, determinam o esforço que poderá ser aplicado sobre ele e, consequentemente, o tanto que a flecha poderá ser lançada longe. Arcos feitos com material frágil, mole ou quebradiço, acabam por não desempenhar bem a sua função de lançar as flechas o mais longe possível. Da mesma forma, um pai/marido rígido demais - ou liberal demais - não consegue desempenhar corretamente sua função de transferir o máximo de energia à flecha, ampliar os horizontes para os seus filhos e eles acabam caindo, sem força alguma, ou mesmo permanecendo na aljava, já que não há um arco em condições de lançá-los. Alguns arcos, mais sofisticados, chegam a ter uma mira, que orienta o arqueiro quanto à precisão da sua flechada.

A Corda transforma a potência armazenada no Arco em energia, para lançar a Flecha até o alvo.

A corda de um arco pode aparentar certa fragilidade, mas cabe a ela a tarefa de curvar a haste do arco e imprimir-lhe a tensão necessária para lançar a flecha sempre que o arqueiro puxar-lhe até o ponto certo e soltar-lhe no momento certo em que o alvo está na mira.

Ela não pode ser muito fina, para que a haste do arco não a rompa com a tensão que ela lhe imprime. Também não pode ser muito grossa, a ponto de comprometer a precisão do lançamento da flecha. Não pode ser muito comprida, pois não retesará a haste o tanto quanto ela deve ser retesada. Também não pode ser muito curta, ou tensionará demais a haste e acabará por quebrá-la.

Igualmente à haste, ela deve ser flexível e elástica, porém de um material mais sutil que a haste do arco: fibra vegetal, couro, fibra sintética. Não pode ceder diante da tensão que o arqueiro lhe impõe, pois de outra forma o conjunto perderia a força e as flechas não seriam lançadas tão longe. Assim como a corda de um arco são as mães/esposas: cordas muito ásperas acabam por ferir a mão do arqueiro, mas as cordas muito macias afrouxam e fazem o arco perder a força para lançar as flechas o mais longe possível.

Para que a Flecha atinja o alvo, os três elementos são necessários.

Uma haste flexível e leve, uma corda precisa, com a resistência, comprimento e precisão adequadas formam um arco capaz de lançar flechas com a força necessária para atingir o alvo. No entanto, é necessário que alguém segure firmemente o arco, encaixe a flecha na corda e a apoie no centro do arco, para então retesar a corda, mirar no alvo e finalmente lançar a flecha com a força e direção certas para atingir o centro do alvo.

Na mesma medida, pai e mãe ajustados e equilibrados, atuando em harmonia, como um arco preciso e potente, conseguem preparar filhos ajustados e equilibrados para cumprir sua missão na vida. No entanto, é necessário que DEUS se faça presente na família, através da fé de pais e filhos no propósito que DEUS tem para suas vidas. É preciso que os ensinamentos de JESUS CRISTO se façam presentes na prática do seu dia-a-dia, para que o arco não se rompa e a flecha não se perca. É preciso que a presença do ESPÍRITO SANTO de DEUS esteja presente nos corações de pais e filhos, a fim de que a missão se cumpra e as flechas acertem o alvo, cada uma a seu tempo.

É preciso que Arco, Corda e Flecha sejam corretamente guiados.

A presença de DEUS na vida familiar é o que garante que os pais levarão seus filhos a um futuro glorioso, dentro do propósito de DEUS, tal como o arqueiro hábil, que com as mãos guia a mira do arco na direção do alvo, aplica a tensão certa sobre a corda e então lança a flecha certeira. Quando o ESPÍRITO SANTO toma lugar no casamento, o fruto é certamente agradável, o alvo certamente será atingido.

Gálatas 5:22-23 nos ensina: "Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei."

Portanto, firmados na Palavra de DEUS, pai, mãe e filhos frutificarão em amor apesar do ódio que campeia no mundo. Frutificarão em gozo e paz a vitória que DEUS já lhes concedeu pelo amor de JESUS CRISTO. Frutificarão em longanimidade diante de frustrações que rondem em derredor. Frutificarão em benignidade e bondade mesmo que todos em volta se comportem de forma malévola. Frutificarão em fé diante de causas aparentemente impossíveis. Frutificarão em mansidão e temperança diante dos ataques do inimigo, pois DEUS tem caminhado à sua frente e lutado as suas lutas. Firmados na Palavra de DEUS, serão chamados filhos do Altíssimo e sim, acertarão o alvo, em nome de JESUS. Amém.

Projetando a Vida... dos Outros

Projetando a Vida... dos Outros

Robson Lelles

E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente.
(Gênesis 6.5)


Então Elias se chegou a todo o povo, e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu.( I Reis 18.21)

Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais.( Jeremias 29.11)


O que têm os pensamentos a ver com os sonhos?

Neste caso, sonhos são pensamentos que tomam forma mesmo quando não estamos conscientes. Quando pensamos ou sonhamos a nosso próprio respeito, cabe a nós mesmos trabalharmos para a realização do pensamento ou sonho. Todo bom trabalho realizado diante de DEUS encontrará justa recompensa. Mas quando sonhamos a respeito de terceiros – filhos, cônjuge, amigos, terceiros enfim –, corremos um sério risco de projetarmos naquela pessoa um desejo que é nosso, não dela. Projetar nosso desejo sobre a vida de terceiros é como semear frustrações. Dependendo de como essa semeadura ocorrer, a frustração pode estar do lado de quem projetou, do lado da pessoa que é o objeto dessa projeção, ou mesmo em ambos os lados.

O problema da humanidade não é decidir entre o bem e o mal

Essa noção nós temos desde o Éden. O problema da humanidade está em decidir entre o que é bom e o que é correto - e equilibrar essa medida, para que não sejamos nem tolos, nem perversos em relação a nós mesmos e em relação aos outros.


Nem sempre o que é bom aos olhos do homem é também correto.

Imaginemos um marido que dirige em alta velocidade para levar sua esposa grávida ao hospital, pois ela se encontra com hemorragia. Ele corre para salvar duas vidas, o que é bom; mas infringe a lei de trânsito, o que não é correto. Neste caso, é razoável que o bom prevaleça sobre o correto.

Da mesma forma, nem sempre o que é correto aos olhos do homem é também bom.

Se este mesmo carro da ilustração anterior for parado por um policial e este iniciar uma longa preleção sobre segurança no trânsito e aplicar uma multa ao motorista, ele estará agindo de forma correta, pois a lei dos homens assim o determina; mas o que ele faz não é bom, pois ao interromper por longo tempo o trajeto do veículo, põe em risco as vidas da mãe e do bebê, que estão sofrendo no carro.

Quando nos colocamos numa posição de sempre fazer o que é correto, corremos o sério risco de nos tornarmos fundamentalistas, sempre tomando a lei dos homens ao pé da letra. O agravante dessa atitude é que, geralmente, nós só esperamos esse grau de correção dos outros, ao passo que somos auto-indulgentes. Afinal, alguém diria, se ninguém é de ferro, muito menos eu - e ninguém melhor que eu para saber até onde eu consigo ser correto. Os fariseus à época de Jesus viviam essa realidade. Os talibãs do século XXI representam muito bem essa realidade nos dias de hoje.

Quando nos colocamos numa posição de fazer sempre o que é bom, corremos o sério risco de nos tornarmos hedonistas – ou seja, vivermos em função do nosso próprio prazer, só buscarmos aquilo que é bom para nós mesmos e não necessariamente bom para os outros. Certamente conhecemos pessoas assim, capazes até de compartilhar um momento bom, desde que seja bom para ela. Mas, via de regra, essas pessoas vivem para si mesmas.

Podemos ainda nos tornar passivos – ou seja, só buscarmos aquilo que é bom para os outros e não necessariamente bom para nós mesmos. Conhecemos pessoas assim: pais, mães, homens e mulheres que vivem em função de outras pessoas, sejam elas filhos, cônjuges ou namorados.

Quando uma pessoa hedonista encontra uma pessoa passiva, aí então é que a desgraça está completa e total é a perversão do sentido do que é verdadeiramente bom.

Imaginem um pai que tem em seu coração um sonho de que seu filho se torne um médico, como ele. Ele passa a viver em função de transformar aquela criança num médico e sequer utiliza seu conhecimento para verificar se aquela é a melhor opção para as aptidões do seu filho, que no fundo deseja ser músico e correr mundo a fora em turnês, apresentando sua música.

Por sua vez, seu filho tem um caráter passivo e engole todas as suas frustrações para cumprir um desejo que não é seu, mas do seu pai. Ele vive para agradar o seu pai e lança fora todos os seus sonhos. Essa maldição certamente há de persegui-lo por toda a sua futura carreira de médico e há de se refletir sobre seus filhos – netos do seu pai castrador - e assim por gerações a fio, até que alguém quebre essa maldição.

Nenhuma das duas posições traz equilíbrio à vida da própria pessoa e das pessoas que a cercam.

Estamos falando de sonhos que nunca irão se realizar. O pai nunca terá um médico realizado em seu filho. O filho nunca será um músico realizado em seu consultório ou em sua sala de cirurgia. Ah, mas resta o consolo de que o filho terá uma carreira sólida e não passará privações! Mas, o que é melhor? Um abastado frustrado ou uma pessoa realizada, ainda que sem muitos bens acumulados ao longo da vida? Pois eu digo que o abastado frustrado descarregará suas frustrações sobre pessoas que não tem culpa nenhuma sobre o que aconteceu em sua vida, lá atrás. Médicos omissos, advogados mercenários, policiais corruptos e outros tipos de fraudadores podem ser frutos de carreiras que foram asfixiadas em nome de uma suposta segurança financeira.

Nenhuma profissão é segura no mundo de hoje.

Chegamos num ponto da humanidade onde nenhum lugar é seguro no mundo, nenhum negócio está livre de passar por tempestades que vem do exterior – e ainda temos que viver com nossos próprios defeitos! Quem leu Apocalipse sabe que esses tempos estão previstos – e estão acontecendo agora.

Fincar pé tanto pode significar "teimosia" quanto "acomodação".

Quando fincamos pé em qualquer uma dessas posições – passivo ou fundamentalista – fugimos do propósito que DEUS tem para nossas vidas e nos afastamos da possibilidade de sermos ao menos um pouco felizes nessa vida.

Essa é a situação que o rabino Nilton Bonder (A Alma Imoral, 1995) classifica como a decisão entre ser "tolo" ou ser "perverso". Por incrível que pareça, essa é uma decisão que tomamos a todo tempo em nossas vidas, e tem a ver com a decisão entre fazer o que é bom e o que é correto.

Nós, os tolos.

Somos tolos quando nos anulamos, seja para fazer somente o que é bom para os outros, seja para fazer somente o que é correto aos olhos dos outros.

Um tolo não tem vida própria – ele vive a vida que os outros desenham para ele. O conceito de um tolo sobre si mesmo é o de que sua sobrevivência está garantida se ele fizer somente o que é bom para os outros e agir de acordo com o que é correto para os outros. Auto-estima, zero. Vontade própria, zero.

No entanto, não somos tolos quando anulamos nossos próprios desejos para fazer o que é bom e correto aos olhos de DEUS, porque DEUS tem a recompensa perfeita para o nosso agir. Aquele que se estriba em conceitos humanos para determinar seu comportamento na verdade corre o risco de se afastar da vontade de DEUS. As conseqüências, em geral, são trágicas.

Nós, os perversos.

Somos perversos quando ignoramos as necessidades alheias para obtermos algo que é bom para nós mesmos. Somos perversos quando exigimos o correto além do que é bom.

Um gerente age corretamente quando exige a presença do empregado durante o expediente, mas não faz o que é bom quando o impede de faltar ou sair mais cedo para socorrer um filho doente ou acidentado. Ainda assim ele continua agindo corretamente.

Um filho é perverso quando permite que seus pais passem por necessidade e ao mesmo tempo apresenta uma oferta generosa na igreja. Certamente DEUS abominará aquela oferta e saberá retornar seu desagrado àquele ofertante maldito, porque ele antes quebrou um mandamento divino para aparentar santidade falsa diante do altar, de onde os homens observam-no, maravilhados com a sua falsa generosidade.

Somos perversos quando fazemos o que é bom além do correto. É bom para um filho quando seus pais podem lhe pagar um curso de aperfeiçoamento. Mas quando esse filho, a título de ser um bom aluno e ter notas excelentes, exige que seus pais se sacrifiquem além do orçamento para lhe pagar uma viagem de treinamento no exterior, isso é perversão.

Quando DEUS ordenou à humanidade que se espalhasse pelo mundo e frutificasse, ela se rebelou e resolveu permanecer concentrada. Para isso construiu uma torre que lhe seria por fortaleza. Sabemos o que se desdobrou dessa atitude.

Conclusão:

Imaginem o que sentiu o pai de Abrão, quando este resolveu sair de sua terra para seguir o mandado de um deus que não era o seu deus, mas o DEUS sobre todos e sobre tudo. Era comum aos caldeus, povo de seu pai, sacrificar seus primogênitos em fogueiras aos seus deuses. Era comum aos caldeus considerarem irmãs como esposas e esposas como irmãs. DEUS queria que a descendência de Abrão/Abraão fosse livre dessas abominações.

Ruben era o primogênito biológico de Jacó com Lia. Mas José, seu primeiro filho com Raquel, era o primogênito de coração, pois nascera da mulher que era amada por Jacó. José, o sonhador, considerado arrogante e impertinente por seus irmãos mais velhos, foi jogado num poço por seus irmãos, vendido como escravo, tentado por sua própria senhora. Seguidamente traído, acabou lançado por anos numa prisão numa terra estrangeira. José foi o escolhido por DEUS para salvar a humanidade naquele tempo de fome. Alguém questionaria o critério de DEUS para essa escolha?

Imaginem o que sentiu Jessé, ao saber que o seu primogênito, o guerreiro Eliabe, não seria escolhido rei, mas o caçula Davi, o que tomava conta das ovelhas. Será que DEUS estava errado quando frustrou Jessé e Eliabe?

A árvore genealógica de Jesus Cristo aponta uma série de pecados em seus antecedentes: traições, prostituições, incestos, adultérios. No entanto, no momento certo, DEUS providenciou para que Jesus, o Cristo, nascesse sem pecado, inserindo um novo elemento, um elemento espiritual divino na genealogia de José, da mesma casa de Davi de onde tantos pecados se enfileiravam. O que pode um homem fazer para mudar o propósito de DEUS na sua vida?

Mais uma vez citando o rabino Nilton Bonder:

"Há um olhar que sabe discernir o certo do errado e o errado do certo. Há um olhar que enxerga quando a obediência significa desrespeito e quando a desobediência significa respeito. Há um olhar que sabe reconhecer os curtos caminhos longos e os longos caminhos curtos. Há um olhar que revela, que não hesita em afirmar que existem fidelidades perversas e traições de grande lealdade. Esse é o olhar da alma."bo

Ressuscitando uma Família Espiritualmente Morta

Ressuscitando uma Família Espiritualmente Morta

Robson Lelles

"Estava, porém, enfermo um certo Lázaro, de Betânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta. (...) Ora, Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro. (...) Assim falou; e depois disse-lhes: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono. (...) Eles, porém, cuidavam que falava do repouso do sono. Então Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está morto. (...) Ouvindo, pois, Marta que Jesus vinha, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou assentada em casa. (...) Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Mas também agora sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus te concederá. Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar. Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia. Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; (...) Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: SENHOR, já cheira mal, porque é já de quatro dias. Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus? Tiraram, pois, a pedra de onde o defunto jazia. E Jesus, levantando os olhos para cima, disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido. Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que tu me enviaste. E, tendo dito isto, clamou com grande voz: Lázaro, sai para fora. E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o, e deixai-o ir. Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo a Maria, e que tinham visto o que Jesus fizera, creram nele." (João 11)
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É sobre a ressurreição de famílias espiritualmente mortas que quero conversar hoje.

Uma família pode morrer espiritualmente, ainda que seus membros permaneçam materialmente vivos por anos e anos. Em João 11 vemos que a vida de Marta e Maria sofrera uma mudança em sua rotina diária, em função da doença de seu irmão Lázaro. Sua morte enfim provocou-lhes um trauma tão intenso que as atirou num estado depressivo.

Várias podem ser as causas da morte espiritual de uma família, dentre elas:

A perda traumática de um de seus membros:

Algumas famílias se deixam morrer espiritualmente pela perda do pai, da mãe ou de um dos filhos. Passam a viver por viver, sem um objetivo estabelecido ou então passam a viver obsessivamente em função daquela ausência durante longo tempo. Nada mais faz sentido para uma família vitimada pela perda abrupta de um membro querido. Recentemente vivenciamos o drama de uma família no Rio de Janeiro, cujo filho foi brutalmente assassinado por ladrões de carro. Esta família se viu arrancada do seu dia a dia e atirada num turbilhão de manifestações contra a violência e pela paz, enquanto chora a perda de seu filho.

A decepção causada por um de seus membros:

Ocorre quando um membro da família é descoberto em pecado, gerando traumas familiares, como por exemplo, a descoberta de relacionamentos fora do casamento ou o desvio de comportamento de um dos filhos.

O desgaste do relacionamento familiar:

As pessoas se suportam cada vez menos e passam a agir em benefício próprio em vez de agirem para o bem comum da família. A família só se reúne para assistir a um eventual programa de TV, quando muito, pois é bastante provável que cada quarto tenha o seu próprio aparelho de TV, para que cada um possa assistir aquele de sua preferência. É cada vez mais comum vermos vários aparelhos sintonizados no mesmo canal dentro de uma mesma casa - cada um em seu quarto! Mesmo as refeições diárias agora contam com um convidado tremendamente exclusivista - o aparelho de TV -, que mantém a todos de boca fechada mesmo quando não está cheia - e ai de quem ousar tecer um comentário fora do intervalo comercial! Estão todos ali reverenciando e adorando a programação exibida: adultérios, incestos, crimes, violência doméstica, violência urbana, tráfico de drogas, degradação familiar, homossexualismo, misticismo, bruxaria. O mais provável é que as mamães e as filhinhas conheçam mais sobre a vida e os escândalos dos atores e atrizes do que princípios e valores cristãos. O mais provável é que o papai e o filhinho conheçam a escalação de todos os grandes times do campeonato nacional e o perfil dos principais jogadores do que um conjunto básico das parábolas de Jesus. Família que não compartilha aspirações e sonhos, lutas e vitórias, tende a se degradar e se tornar um bando que vive sob o mesmo teto.

A falta de orientação espiritual de seus membros:

Quando nem pai, nem mãe realizam sua missão de educar espiritualmente a família segundo princípios e valores cristãos, e terminam como que caminhando em meio à escuridão total, é certo que acabarão tropeçando. Um pai não deve abrir mão do seu papel de sacerdote da família. Uma mãe não deve abrir mão de seu papel de educadora religiosa de seus filhos. Filhos devem honrar pai e mãe para que vivam longamente e prosperem. Essa morte espiritual geralmente não se dá de forma repentina, mas vai agravando o quadro do paciente-família até o ponto que ocorre a desagregação familiar. Lázaro não morreu de repente: já vinha carregando a doença há algum tempo. É preciso observar os primeiros sintomas e, principalmente, buscar a cura o quanto antes. Muitas vezes vemos o problema brotando e o deixamos crescer confortável e robusto, até o ponto em que ele aplica o golpe fatal. A soberba paterna sobre a qualidade do seu próprio modelo de criação para os filhos tem trazido surpresas amargas: onde estão nossos filhos nesse exato momento? Com quem? Fazendo o quê? Temos orado pela conversão de nossos filhos, pai ou mãe, antes que seja muito tarde?

Jesus sabia sobre a doença de Lázaro e se propôs a ir vê-lo. Ao descobrirmos um problema que pode matar a família espiritualmente, devemos atentar para a busca imediata da solução. Antes da hora AINDA não é hora; depois da hora, JÁ NÃO é mais hora.

Muitas vezes são necessários tempo e esforço para que se diagnostique o problema para então iniciar o tratamento para ressuscitar a família. Jesus caminhou uma longa distância até chegar à casa de Lázaro, mas chegando lá, agiu poderosamente sobre a vida daquele ente querido. Notem que, mesmo diante da dor da perda do amigo, Jesus teve clareza de pensamento sobre o que deveria ser feito: antes remover a pedra para que Lázaro pudesse sair. Murmurar diante das adversidades faz com que percamos tempo precioso na recuperação espiritual de uma pessoa que sofre.

Pessoas reagem diferentemente diante do mesmo tipo de perda. Marta tratou de ir ai encontro de Jesus, apesar de toda a situação apontar para que ela ficasse em casa, enlutada, ao passo que Maria ficou em casa, cercada de amigos que a consolavam. Consolo não é cura - e o objetivo a ser alcançado é a cura, não o consolo. Igualmente a Marta e Maria, hoje em dia é comum assistirmos a um abismo entre os comportamentos das pessoas envolvidas numa perda: uns rapidamente se recuperam e partem para consertar o que é preciso para poder seguir em frente; já outros, se deixam alquebrar pelas armadilhas psicológicas do inimigo, que tenta empurrá-las cada vez mais embaixo e simplesmente param.

Qual é a sua atitude hoje diante dos seus problemas familiares? Marta ou Maria? Ação ou conformação? Luta ou depressão? Paulo disse em Romanos 12.2: "E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus".

Se este é o seu caso, levante o quanto antes um clamor a DEUS pela renovação do seu entendimento. Peça a DEUS que abra os seus olhos para a solução desse problema que vem matando espiritualmente sua família e impedindo que você se alegre diante da presença de DEUS. Amém!

Anunciando a Guerra dos Clones

Será que este mundo tem tentado fazer com que o pai e o útero materno se tornem obsoletos?

Nos anos 70, foi dado o primeiro passo para que o PAI se tornasse obsoleto no processo de multiplicação da raça humana, e por conseguinte na FAMÍLIA em si, quando foi desenvolvido o processo de fertilização artificial. Passou a ser cada vez mais comum que "famílias" de mães e filhos de pais desconhecidos proliferassem.

Ainda assim, precisavam do útero materno - a mãe ainda era indispensável. Mas a figura do PAI foi fragilizada e considerada dispensável. Nas nações mais desenvolvidas, atuais detentoras das riquezas do mundo, é comum encontrarmos famílias de mães e filhos de inseminação artificial, que não conhecem seus pais biológicos e não tem a figura paterna como parte de sua formação moral e espiritual. Vários deles já são adultos nos dias de hoje.

Nos anos 90, foi dado o primeiro passo para que até mesmo a MÃE se tornasse obsoleta no processo de multiplicação da raça humana, e por conseguinte a noção de FAMÍLIA deixasse de existir, quando anunciaram a clonagem de uma ovelha. Na verdade, a instituição atacada neste passo foi a união - CASAMENTO - de homem e mulher, macho e fêmea, para concepção de herdeiros. Coincidência ou não, clonaram um espécime fêmea de um CORDEIRO. Mas, por que não clonaram antes um ratinho branco, comum nos laboratórios, já que clonar um macaco traria um escândalo que talvez tornasse insustentável a continuidade do processo, pela sua proximidade com o gênero humano? Por que havia de ser uma ovelha (cordeiro)?

Apesar desse passo, ainda era necessária a figura da mãe biológica, da qual não se podia prescindir o útero que abrigaria os embriões clonados. Mas é inegável o sentimento - FALSO, entenda-se - de ETERNIDADE conferida às pessoas clonadas através de seus clones. Para nos calar a boca, prometeram curas maravilhosas através de um subproduto da clonagem - as células-tronco - que nada mais são que isso: um mero subproduto de um processo muito mais complexo e terrível que avançou mais uma etapa.

Hoje, vinte anos depois, até mesmo o ÚTERO MATERNO se torna dispensável, com o advento do útero artificial. A figura da MÃE se torna obsoleta, tal como a figura do PAI na fertilização artificial, tal como a união - CASAMENTO - no processo de clonagem.

Então prossigo meu raciocínio:

Homens e mulheres ainda são necessários para fornecer as matrizes para essas experiências, mas até quando? A resposta é simples: homens e mulheres originais, nascidos de uniões heterossexuais, serão necessários como provedores de sementes até o momento em que a população de clones gerados em úteros artificiais for suficientemente numerosa para torná-los dispensáveis com suas imperfeições e falhas incontroláveis.

As implicações vão mais além: Que força armada do mundo desenvolvido se furtaria a formar exércitos inteiros de seres clonados e gerados em úteros artificiais, sem vínculo emocional algum com qualquer etnia ou mesmo pessoa, para dominar outra etnia ou nação? Que indústria do mundo desenvolvido se furtaria a investir numa força de trabalho formada por clones gerados em úteros artificiais, sem direitos trabalhistas, sem aposentadoria, sem plano de saúde, sem salário-educação?

A literatura mais uma vez se revela profética: "Blade Runner - O Caçador de Andróides" cita o advento dos Replicantes, clones humanos com vida útil de 4 anos, inicialmente projetados para substituir o homem nos trabalhos mais perigosos. Estes seres inteligentes passam a se questionar o porquê de não terem família, o porquê de viverem apenas quatro anos apesar de serem física e intelectualmente mais capacitados que os seres humanos que os controlam. Enfim, se revoltam contra os seus criadores. Em paralelo, a sociedade retratada no filme é cada vez mais decadente, movida a reposições de órgãos clonados, em grande parte por vaidade e bel-prazer.

Conclusão:

Hitler pode ter morrido em 1945, mas os seus sonhos de desenvolver uma "raça pura" e o espírito que o movia estão em plena atividade neste século. Ontem, de forma dissimulada. Hoje, escancaradamente. Os líderes do mundo assim chamado desenvolvido, os senhores do poder bélico e econômico, investem furiosamente naquilo que consideram a salvação de suas economias inchadas e saturadas, que não têm mais para onde crescer, a não ser sobre as terras dos países não desenvolvidos.

A invasão do Iraque, imperfeita e falha, como os humanos que a lideraram, é só a semente do modelo que predominará até que os exércitos de clones estejam prontos para a próxima fase. Porque até então há o clamor de pais, esposas e filhos dos que derramam seu sangue naquelas areias, para que o mundo desenvolvido tenha sua ração diária de petróleo para a manutenção do seu poder. Esse clamor impede que maiores atrocidades sejam cometidas em nome da economia mundial, que prometeu menos trabalho e mais consumo e nos entregou menos empregos e mais violência.

Mas, e quando os novos soldados não tiverem pais, esposas e filhos que chorem suas mortes em campo de batalha? O que podem esperar os países não desenvolvidos que ainda detém reservas de água potável, terras agricultáveis e reservas energéticas? Uma invasão de exércitos clonados a mando de países militarmente poderosos?

Imagino - mas não consigo aceitar - um mundo onde uma reduzidíssima elite "humana" detenha tanto poder a ponto de promover essa profecia que acabo de descrever. Porque nada disso se dará com estrépito ou alarde, porque isso não é típico do espírito que os move para roubar, matar e destruir.
"Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça."

Que DEUS tenha piedade de nós. Amém.,

Homem de Ferro x Homem de Aço

Homem de Ferro x Homem de Aço

Dois tipos de pessoas que convivem conosco e influenciam nossa existência

Robson Lelles

Como o ferro com ferro se aguça, assim o homem afia o rosto do seu amigo.(Provérbios 27.17)
Se estiver embotado o ferro, e não se afiar o corte, então se deve redobrar a força; mas a sabedoria é excelente para dirigir.(Eclesiastes 10.10)
Pode alguém quebrar o ferro, o ferro do norte, ou o aço?(Jeremias 15.12)


Não, não escrevo hoje sobre dois filmes que disputam bilheterias milionárias nos cinemas. Também não escrevo sobre títulos campeões de popularidade nas histórias em quadrinhos. Escrevo sobre dois tipos de pessoas que convivem conosco no dia-a-dia e que influenciam nossas existências a partir de seu testemunho.

Eu os chamo de "Homem de Ferro" e "Homem de Aço". Em essência, eles tem a mesma origem, mas algo aconteceu na trajetória do segundo, que o diferenciou do primeiro de tal forma que o tornou de certa forma mais poderoso. Não considero que um seja melhor que o outro. Aliás, ambos tem o seu lugar no mundo. Mas antes, creio serem necessárias algumas considerações:

Na Antiguidade, a conquista da metalurgia do bronze - uma liga metálica de cobre e estanho - significou um tremendo avanço tecnológico, só superado pela conquista da metalurgia do ferro.

Mais tarde, com a conquista da siderurgia - ferro transformado em aço -, o mundo experimentou um salto tecnológico nunca dantes experimentado.
Os utensílios de ferro tendem a ser mais rústicos e pesados que os de aço para poderem realizar as mesmas funções, porque o ferro é mais quebradiço, ao passo que o aço é mais flexível.

O ferro só consegue tomar forma se for submetido a altíssimas temperaturas, que o derretem (ponto de fusão) e permitem que ele seja despejado em forma líquida num molde de onde, depois de frio, é retirado para o acabamento e então encaminhado para o fim que se destina. Nesse ponto, retorna à rigidez original, podendo se quebrar se for submetido a um esforço extremo.

O aço consegue tomar forma sem precisar derreter (ponto de forja). Antes de se tornar líquido, podemos molda-lo e dar-lhe formas mais delicadas e leves, porém resistentes a esforços extremos e flexíveis, que não se quebram com facilidade. As molas dos automóveis são feitas de aço. Mesmo submetidas a esforços repetitivos sempre retornam à forma original. As lâminas mais cortantes são feitas de aço, do bisturi ao machado.

O ferro é magnetizável: se colocado sob a influência de um campo magnético, ele se torna um imã. Porém, uma vez desligado desse campo magnético, ele volta a ser o que era antes, como se nada tivesse acontecido.

O aço também é magnetizável: se colocado sob a influência de um campo magnético, ele também se torna um imã. Porém, mesmo depois de desligado desse campo magnético, ele ainda retém um pouco do magnetismo que lhe foi induzido.

O ferro oxida em contato com o ar e tende a se tornar mais quebradiço e frágil com o passar do tempo.

O aço pode mesmo ser inoxidável, mantendo o mesmo aspecto por muito tempo.

O que impressiona nessa comparação é que o aço é quase que totalmente constituído de... ferro! A diferença está no fato que ao minério de ferro foi adicionada uma pequena quantidade de carbono, que combinada ao minério, muda suas características, gerando o material que permitiu um enorme progresso à humanidade nos últimos séculos.

Assim também é a diferença entre o homem natural e o homem renascido do Espírito. O primeiro é como o ferro fundido: pesado, duro, inflexível, quebradiço, sujeito à corrosão, já quase sem aplicação útil nos dias de hoje. O segundo é como o aço forjado: leve, flexível, resistente, menos sujeito à corrosão, extremamente útil e necessário às obras grandiosas de que a humanidade tanto necessita.

O que torna o ferro em aço é o carbono. O mesmo minério vai para a fornalha. Um sai exatamente como entrou, porque não lhe foi adicionado carbono. O outro sai melhor do que quando entrou, porque lhe foi adicionada uma pequena quantidade de carbono.

O que torna o "Homem de Ferro" em "Homem de Aço" é a presença do Espírito de DEUS no seu coração. Quando submetido à fornalha, sairá dela melhor do que quando entrou: mais forte, mais resistente, mais leve, porque DEUS é com ele.

Em Lucas 17.6 lemos: "E disse o Senhor: Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta amoreira: Desarraiga-te daqui, e planta-te no mar; e ela vos obedeceria."

A diferença entre uma barra de ferro fundido e uma barra de aço forjado é uma quantidade pequena de carbono. A diferença entre o "Homem de Ferro" e o "Homem de Aço" é a fé, que não chaga ao tamanho de um grão de mostarda, mas que ainda assim faz toda a diferença neste e no outro mundo.

Talvez seja por isso que, nas histórias em quadrinhos, o Homem de Ferro sempre precisa trocar de bateria, enquanto o Homem de Aço simplesmente diz: "Para o Alto, e avante!".

Que o Espírito de DEUS transforme todos os Homens de Ferro em Homens de Aço, pois é Seu desejo que ninguém pereça, mas tenha a Vida Eterna. Amém.

Absolvidos pela graça do Pai

Absolvidos pela graça do Pai

Nenhuma carne será justificada diante dEle pelas obras da lei, porque pela lei conhecemos o pecado

Robson Lelles

Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz - aos que estão debaixo da lei -, o diz para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus. Por isso, nenhuma carne será justificada diante d’Ele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado. Mas agora se manifestou - sem a lei - a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas; isto é, a justiça de Deus, pela fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.” (Romanos 3:19-26)

Este texto mexe com a mente humana de uma forma brutal: Quer dizer então que eu posso estar limpo perante a lei e ainda assim condenado por DEUS? Sim. Os fariseus gabavam-se de serem estritos observadores da lei, mas Jesus sabia o que ia em seus corações e mentes. Numa analogia aos dias de hoje, basta lembrar de tantos crimes abomináveis aos olhos de DEUS que só foram descobertos pelo homem quando já não era possível punir os culpados. No entanto, DEUS a tudo vê e nada Lhe passa despercebido. A Ele cabe o julgamento, pois Ele é o justo juiz.

Há um outro lado, mais intrigante ainda: É possível que perante a lei você esteja em posição condenável e ainda assim seja inocentado por DEUS. Novamente citamos os fariseus, que agora criticam a Jesus por permitir que seus discípulos colhessem espigas para comer durante o shabat. Nos dias de hoje, pense, por exemplo, nos missionários enviados por nossas igrejas a países onde pregar o evangelho de Jesus Cristo é considerado crime passível de pena de morte. Apesar de condenados pela lei, são santos perante os olhos de DEUS.

Na tentativa de formar um sistema impenetrável aos indesejáveis, capaz de filtrar qualquer intenção perniciosa, contrária aos objetivos do estado, a lei dos homens costuma evoluir no tempo, a tal ponto que se torna um emaranhado de regras que ninguém em sã consciência consegue cumprir em sua totalidade. Essa era a realidade do povo judeu sob o domínio de Roma à época de Jesus. Todos acabavam de alguma forma transgredindo algum ponto da lei.

A situação acabava se agravando quando entrava em cena um dos mecanismos mais sutis de dominação de povos conquistados pelos romanos: o sincretismo religioso. Este mecanismo chegou a tal ponto de estar entranhado na cultura romana, que o estado utilizava como fator de dominação social algo que na verdade se constituía uma fraqueza espiritual da população romana, que após eras de convivência com os povos dominados, acabava trazendo para dentro de suas casas e seu dia-a-dia as práticas religiosas de seus escravos. Nessa corrente foram adotados:

-O culto aos antepassados: Vide o filme “Gladiador”, onde o personagem Maximus cultua imagens da esposa e do filho, mortos numa emboscada.
-A absorção da mitologia grega: Áries-Marte, Afrodite-Vênus, Netuno-Poseidon, Zeus-Júpiter, Dionísio-Baco, etc.
- A oficialização do cristianismo como religião do estado romano pelo imperador Constantino: muito mais um movimento sincrético religioso que uma questão de fé e conversão propriamente ditas. Uma fusão entre os princípios e valores romanos aos princípios e valores cristãos. O próprio Constantino só foi se converter quando jazia no seu leito de morte.
- A absorção da mitologia celta pela doutrina católica apostólica romana: o culto à deusa-mãe, que acabou derivando no culto à “Nossa Senhora”.

O teólogo Israel Belo de Azevedo, no seu excelente artigo “Por que não creio na reencarnação”, publicado na Enfoque Gospel (ed.85, ano 7, agosto de 2008, p.56-57) levanta aspectos importantes quanto à influência desse sincretismo romano sobre as igrejas cristãs de forma recorrente até os dias atuais. É impressionante como linhas de pensamento inconciliáveis – no caso específico, a Lei do Carma e a doutrina da Graça de DEUS - conseguem caminhar lado a lado, como se irmãs gêmeas fossem, graças a um cimento sincrético adicionado de doses generosas de ignorância imposta e conivência intelectual eternizada em séculos de sede de poder. Quero aqui destacar pelo menos três aspectos que comprovam quão inconciliáveis são essas duas mentalidades:

1. A Graça de DEUS nos absolve da Lei do Carma

“Carma” é um termo oriental que traduz em uma palavra expressões como “Aqui se faz, aqui se paga” e “Olho por olho, dente por dente”. Segundo o dicionário Houaiss, temos:

“No hinduísmo e no budismo, lei que afirma a sujeição humana à causalidade moral, de tal forma que toda ação (boa ou má) gera uma reação que retorna com a mesma qualidade e intensidade a quem a realizou, nesta ou em encarnação futura [A transformação pode dar-se em direção ao aperfeiçoamento (mocsa, o fim do ciclo das reencarnações) ou de forma regressiva (o renascimento como animal, vegetal ou mineral).]. Forma sutil de matéria que, segundo o jainismo, se desenvolve na alma, prejudicando-lhe a pureza e, com isso, prolongando seu ciclo de transmigrações e adiando a possibilidade de salvação final”.


Todas as grandes religiões do mundo moderno adotam a lei do Carma como princípio, ainda que através de diferentes redações ou até mesmo de forma dissimulada, com outros nomes. A lei do Carma prevalece no mundo natural de forma mais imediata e facilmente aplicável. Ela determina que todo pecado deve ser punido.

Essa é a lei que nos condena a todos: se acaso passássemos a contar nossas boas ações em comparação aos nossos pecados, é certo que terminaríamos todos os dias com saldo devedor. Caso a cada fim de dia recebêssemos punição somente por nosso saldo negativo, todos seríamos, pelo menos, um bando de mutilados.
Se, por outro lado, recebêssemos punição para o total dos pecados cometidos, é provável que morrêssemos já no primeiro dia.

A menos, é claro, que alguém recebesse a punição em nosso lugar. Alguém muito especial, já que teria de ser um homem perfeito, original como aquele pelo qual o pecado entrou no mundo. É aí que entra em cena a Graça de DEUS: essa é a lei que trouxe a necessidade do sacrifício de Jesus Cristo para que não fôssemos todos destruídos. Quem insiste em viver sob a lei do Carma, não conhece ou – pior - rejeita a Graça de DEUS.

2. A Graça de DEUS nos absolve de nossos próprios erros

Quando a humanidade se tornou imperfeita no Éden através de Adão, também se tornou incapaz de prover a compensação pelos seus pecados, pois Adão era perfeito até então e se tornara imperfeito. Portanto, nada que a humanidade ofereça é capaz de reequilibrar a balança e eliminar o pecado do mundo. Ascetas de todas as correntes religiosas do mundo tentam inutilmente saldar suas dívidas espirituais se automutilando, seja pendurados por ganchos atravessados na própria pele, atravessando suas próprias línguas com peças pontiagudas ou mesmo achando que imitam a Jesus Cristo, se permitindo serem crucificados na semana da Páscoa.

Fato é: nem que toda a humanidade se oferecesse voluntariamente em holocausto a DEUS, poderia saldar essa dívida, que conforme já disse, demanda sangue de um homem perfeito – o que definitivamente não é o nosso caso. O somatório de todo sangue imperfeito do mundo não equivale ao sangue de um único homem perfeito.
Romanos 5:19-20 nos ensina:

“Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um, muitos serão feitos justos. Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça”.

Foi para que a humanidade alcançasse a salvação que DEUS enviou Seu Filho na forma de homem perfeito – o segundo Adão –, para que Ele então sofresse em nosso lugar a punição devida.O que tivemos de fazer para alcançar essa bênção de DEUS? Nada. O que poderíamos ter feito? Nada. Esse é o princípio da Graça de DEUS, que nos absolve do Carma e de nossos próprios pecados.

3. A Graça de DEUS é um presente que VOCÊ tem que desembrulhar

Se bem é verdade que Jesus Cristo realizou em si mesmo o sacrifício de receber a punição que cabia à humanidade, então é verdade que aqueles que reivindicarem para si os efeitos dessa redenção não poderão mais ser acusados do pecado original.
Mas, e quanto aos pecados cometidos em função dessa imperfeição, herdada dos nossos ancestrais?

Esses pecados são perdoados através do arrependimento sincero, confessado a DEUS em oração, por aqueles que reivindicam para si a salvação através do sacrifício de Jesus Cristo. Não através de um intermediário “mais santo” que você: essa deve ser uma conversa pessoal, você e DEUS.

Diante da oração de arrependimento sincero dos pecados cometidos, DEUS apaga esses pecados, de forma que essa culpa também não possa ser lançada sobre os seus ombros. Se você tem andado por caminhos escuros, hoje pode ser o dia de se ver livre da opressão do pecado e do remorso.

A Graça de DEUS é assim mesmo: de graça, porque Ele é misericordioso e conhece cada recanto de nossas existências. Ele sabe que sem Ele, nada podemos fazer de bom a nós mesmos.Que tal desembrulhar o presente que DEUS nos enviou e tomar posse dele definitivamente?
Obrigado, Israel Belo de Azevedo!
Que DEUS nos abençoe. Amém.

Robson Lelles é executivo em inteligência de negócios e planejamento estratégico. Leciona Metodologia Científica e Monografia no STB-RJ. Pós-graduado em Marketing; graduado em Administração e Informática. Membro da PIB Inhaúma. Contato: (21)8858-5492 – robson.lelles@gmail.com