segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Fé Para Alcançar Milagres

Fé Para Alcançar Milagres

Robson Lelles

"E, entrando Jesus em Cafarnaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe, e dizendo: Senhor, o meu criado jaz em casa, paralítico, e violentamente atormentado. E Jesus lhe disse: Eu irei, e lhe darei saúde. E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar. Pois também eu sou homem sob autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu criado: Faze isto, e ele o faz. E maravilhou-se Jesus, ouvindo isto, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé. Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus; E os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes. Então disse Jesus ao centurião: Vai, e como creste te seja feito. E naquela mesma hora o seu criado sarou." (Mateus 8:5-13)

Por que eu preciso ter fé?

Muitas vezes, vivemos nossas vidas de uma forma tal que parece mesmo que nós não precisamos de mais ninguém. De fato, ter iniciativa nos ajuda a depender menos das pessoas. Porém, quando uma determinada tarefa exige um esforço maior do que a nossa própria capacidade, seja física ou mesmo de conhecimento, é comum pedirmos ajuda: para consertar um motor de carro, para "virar" a laje da casa que construímos, etc. Nessas horas, é comum pedirmos a ajuda de amigos mais chegados ou a ajuda de profissionais especializados para obtermos aquilo que precisamos. Mais que isso: eu preciso acreditar que aquele amigo ou aquele especialista são capazes de me ajudar a resolver o meu problema. Se eu não acredito na capacidade da pessoa a quem eu peço ajuda, no fundo eu não desejo resolver aquele problema. Desejo apenas exibir a minha dificuldade e testar a reação das pessoas diante da minha miséria - exibicionismo do pior tipo.

Mas... e quando a ajuda não pode vir dos homens?

Na vida de todos nós já aconteceu de estarmos sozinhos em situações de aperto, nas quais nós daríamos tudo por uma ajuda providencial, um olhar amigo, que fosse... Pode ser por alguma circunstância fora do nosso controle ou mesmo por alguma posição que tomamos na vida e acabou desagradando a alguém. Ser cristão demanda por vezes tomar decisões contrárias ao senso comum e isso desagrada até mesmo pessoas que nos são muito próximas, gerando mágoas e ressentimentos que podem durar muito, muito tempo. Quem já se viu sozinho diante de dilemas morais e éticos, quando todos apontam para o caminho fácil e sabemos que aquele não é o caminho pelo qual um legítimo cristão pode trafegar, certamente tem noção da profundidade do sentimento de solidão que invade a alma nessa horas. Nessas horas, nossos olhos percorrem o ambiente até onde a vista alcança e não vemos quem possa nos consolar em meio aos olhares acusadores dos homens.

De que adianta todo poder diante das impossibilidades humanas?

Alguns podem acreditar que ter autoridade sobre outras pessoas é a saída - basta ordenar e o que se ordenou será cumprido. Tamanha miopia espiritual já levou muitos à perdição. Vejamos o que nos diz o relato em Mateus 5: O centurião era um homem poderoso, mas não tinha poderes para curar aquela pessoa por quem ele tinha afeição. De que lhe adiantava tanto poder, se ele não tinha o poder necessário para atender àquela necessidade? Se por acaso ele ordenasse a um de seus comandados que curasse aquele seu criado, ele obteria de fato a cura?

Basta uma palavra

Eis aí a grande lição que o centurião romano nos ensina:

O centurião reconheceu em Jesus o PODER para curar seu criado: apesar de não ser judeu, ele viu em Jesus a autoridade e o poder sobre de fato todas as coisas. Ele viu em Jesus para ordenar e fazer cumprir a sua ordem sobre a saúde do seu criado e então curá-lo.

O centurião reconheceu que não precisava da presença FÍSICA de Jesus para que seu criado fosse curado: Além de reconhecer a autoridade e o poder de Jesus sobre todas as coisas, ele também concluiu que um ser tão poderoso não precisaria se fazer fisicamente presente em algum lugar para ali operar o sobrenatural. Bastar-lhe-ia uma palavra daquele ser poderoso e o que ordenara seria cumprido. Não era necessário um retrato de Jesus na parede de um cômodo da casa, ou mesmo uma estátua de Jesus sobre uma estante, mas simplesmente a fé de que a uma só palavra de Jesus, a cura aconteceria - e de fato aconteceu.

O centurião aceitou Jesus primeiro em seu coração e então obteve o milagre da cura do seu criado: Por que se pede a quem não se acredita ter poder para realizar? É sensato pedir algo a alguém que se sabe não ter poder para realizar o que se precisa? Certamente que não. O que se viu ali foi alguém com tamanha fé no poder do Filho de DEUS que sequer demandava a sua presença física no cômodo onde estava o doente a ser curado. A fé do centurião impressionou o próprio Jesus, a ponto de arrancar dele uma declaração de peso: não basta ser rotulado de cristão ou ter nascido num lar cristão para obter o sobrenatural de DEUS, é preciso realmente CRER com todo o coração para então termos o direito de obter de DEUS a graça do seu sobrenatural e mesmo a sua salvação!

Pois então que caiam por terra todos os rótulos e prevaleça a verdadeira santidade que leva DEUS a derramar do seu sobrenatural em nossas vidas.

Tenhamos verdadeira fé para termos verdadeira salvação! Amém.

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