segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Anunciando a Guerra dos Clones

Será que este mundo tem tentado fazer com que o pai e o útero materno se tornem obsoletos?

Nos anos 70, foi dado o primeiro passo para que o PAI se tornasse obsoleto no processo de multiplicação da raça humana, e por conseguinte na FAMÍLIA em si, quando foi desenvolvido o processo de fertilização artificial. Passou a ser cada vez mais comum que "famílias" de mães e filhos de pais desconhecidos proliferassem.

Ainda assim, precisavam do útero materno - a mãe ainda era indispensável. Mas a figura do PAI foi fragilizada e considerada dispensável. Nas nações mais desenvolvidas, atuais detentoras das riquezas do mundo, é comum encontrarmos famílias de mães e filhos de inseminação artificial, que não conhecem seus pais biológicos e não tem a figura paterna como parte de sua formação moral e espiritual. Vários deles já são adultos nos dias de hoje.

Nos anos 90, foi dado o primeiro passo para que até mesmo a MÃE se tornasse obsoleta no processo de multiplicação da raça humana, e por conseguinte a noção de FAMÍLIA deixasse de existir, quando anunciaram a clonagem de uma ovelha. Na verdade, a instituição atacada neste passo foi a união - CASAMENTO - de homem e mulher, macho e fêmea, para concepção de herdeiros. Coincidência ou não, clonaram um espécime fêmea de um CORDEIRO. Mas, por que não clonaram antes um ratinho branco, comum nos laboratórios, já que clonar um macaco traria um escândalo que talvez tornasse insustentável a continuidade do processo, pela sua proximidade com o gênero humano? Por que havia de ser uma ovelha (cordeiro)?

Apesar desse passo, ainda era necessária a figura da mãe biológica, da qual não se podia prescindir o útero que abrigaria os embriões clonados. Mas é inegável o sentimento - FALSO, entenda-se - de ETERNIDADE conferida às pessoas clonadas através de seus clones. Para nos calar a boca, prometeram curas maravilhosas através de um subproduto da clonagem - as células-tronco - que nada mais são que isso: um mero subproduto de um processo muito mais complexo e terrível que avançou mais uma etapa.

Hoje, vinte anos depois, até mesmo o ÚTERO MATERNO se torna dispensável, com o advento do útero artificial. A figura da MÃE se torna obsoleta, tal como a figura do PAI na fertilização artificial, tal como a união - CASAMENTO - no processo de clonagem.

Então prossigo meu raciocínio:

Homens e mulheres ainda são necessários para fornecer as matrizes para essas experiências, mas até quando? A resposta é simples: homens e mulheres originais, nascidos de uniões heterossexuais, serão necessários como provedores de sementes até o momento em que a população de clones gerados em úteros artificiais for suficientemente numerosa para torná-los dispensáveis com suas imperfeições e falhas incontroláveis.

As implicações vão mais além: Que força armada do mundo desenvolvido se furtaria a formar exércitos inteiros de seres clonados e gerados em úteros artificiais, sem vínculo emocional algum com qualquer etnia ou mesmo pessoa, para dominar outra etnia ou nação? Que indústria do mundo desenvolvido se furtaria a investir numa força de trabalho formada por clones gerados em úteros artificiais, sem direitos trabalhistas, sem aposentadoria, sem plano de saúde, sem salário-educação?

A literatura mais uma vez se revela profética: "Blade Runner - O Caçador de Andróides" cita o advento dos Replicantes, clones humanos com vida útil de 4 anos, inicialmente projetados para substituir o homem nos trabalhos mais perigosos. Estes seres inteligentes passam a se questionar o porquê de não terem família, o porquê de viverem apenas quatro anos apesar de serem física e intelectualmente mais capacitados que os seres humanos que os controlam. Enfim, se revoltam contra os seus criadores. Em paralelo, a sociedade retratada no filme é cada vez mais decadente, movida a reposições de órgãos clonados, em grande parte por vaidade e bel-prazer.

Conclusão:

Hitler pode ter morrido em 1945, mas os seus sonhos de desenvolver uma "raça pura" e o espírito que o movia estão em plena atividade neste século. Ontem, de forma dissimulada. Hoje, escancaradamente. Os líderes do mundo assim chamado desenvolvido, os senhores do poder bélico e econômico, investem furiosamente naquilo que consideram a salvação de suas economias inchadas e saturadas, que não têm mais para onde crescer, a não ser sobre as terras dos países não desenvolvidos.

A invasão do Iraque, imperfeita e falha, como os humanos que a lideraram, é só a semente do modelo que predominará até que os exércitos de clones estejam prontos para a próxima fase. Porque até então há o clamor de pais, esposas e filhos dos que derramam seu sangue naquelas areias, para que o mundo desenvolvido tenha sua ração diária de petróleo para a manutenção do seu poder. Esse clamor impede que maiores atrocidades sejam cometidas em nome da economia mundial, que prometeu menos trabalho e mais consumo e nos entregou menos empregos e mais violência.

Mas, e quando os novos soldados não tiverem pais, esposas e filhos que chorem suas mortes em campo de batalha? O que podem esperar os países não desenvolvidos que ainda detém reservas de água potável, terras agricultáveis e reservas energéticas? Uma invasão de exércitos clonados a mando de países militarmente poderosos?

Imagino - mas não consigo aceitar - um mundo onde uma reduzidíssima elite "humana" detenha tanto poder a ponto de promover essa profecia que acabo de descrever. Porque nada disso se dará com estrépito ou alarde, porque isso não é típico do espírito que os move para roubar, matar e destruir.
"Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça."

Que DEUS tenha piedade de nós. Amém.,

Um comentário:

  1. Este texto fez lembrar logo de relance o clássico STAR WARS - O Ataque dos Clones.

    Excelente texto!

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