quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Autoridade - inclusive a paterna - é para ser exercida!

Meu filho mais novo, Renan (8), hoje concluindo o 2º ano do Ensino Fundamental, volta e meia pergunta se no ano que vem ele estudará novamente na escolinha onde ele fez do pré-escolar até o Jardim de Infancia. Eu e Rose explicamos que a etapa de Jardim de Infancia já passou, que daqui para frente serão outras turmas, outros professores, outros ensinos. A saudade dos tempos em que ir para a escola era sinonimo de brincadeira é justificável, mas é minha missão, como pai, informar aos meus filhos e conscientiza-los que depois da fase 1, vem a fase 2, e a fase 3, e assim por diante.

Lembremo-nos que por milenios vivemos enclausurados em tribos, onde todos se conheciam desde a infancia e mantinham relacionamentos por décadas, com laços afetivos sólidos, que duravam a vida inteira. Como deslocar-se para muito longe da tribo não era algo decididamente fácil, o normal era que as pessoas se acomodassem e simplesmente deixassem de buscar novos caminhos.

Mas vinha o tempo em que a terra se esgotava e não dava mais o alimento necessário. Vinha o tempo em que o ribeirão deixava de correr e faltava água para beber e dar de beber ao rebanho. Vinha o tempo em que as tempestades derrubavam as casas da aldeia. Vinha o tempo em que a peste atacava e matava todo o rebanho. Quando vinha o tempo, não havia alternativa.

Então, a toda a tribo era forçada a se mover para um outro lugar. Era comum as tribos se dividirem, uns indo para uma direção, outros indo para uma direção diferente, em busca de melhor sorte diante do mundo desconhecido. Alguns escolhiam ficar e acabavam morrendo de fome e sede, por apego ao lugar que um dia os alimentou, mas já não os alimentava.

Que seria da humanidade se as crianças - e não seus pais - tivessem o poder de decidir sobre ficar na terra arrasada, mas conhecida, ou deslocar-se em busca de melhor oportunidade de sobrevivencia em outro lugar, desconhecido, onde teriam que reaprender a se relacionar com a terra, os ribeiros, a floresta, o deserto, os penhascos, as feras, os inimigos? Que seria se os filhos decidissem pelos pais entre sair da cabana em chamas ou voltar para resgatar seus brinquedos, que ficaram lá dentro do incendio?

Uma coisa é ouvir de um filho o choro por ter que comer o alimento que se põe à mesa. Outra coisa é ouvir de um filho o choro porque não há o que por na mesa. Serão nossos filhos a escolher o que é alimento saudável ou pernicioso para si? Afinal, quem está educando quem? Quem está cuidando do futuro de quem? Quem responderá pelo futuro de quem? 

Aquele que recebe autoridade, que a exerça, pois lhe será cobrado. Ouça agora o choro da criança que estranha o gosto da comida nova e dê graças a DEUS por esse choro, pois significa que realmente ocorreu mudança, para não chorar pelo filho doente, intoxicado por ingestão continuada de alimento impróprio. Ensina à criança que caminhava no campo a escalar a montanha, pois é do outro lado que está o seu futuro. Ensina a criança que brincava na areia da praia a tirar do mar o peixe que a alimentará - e a seus descendentes - amanhã.

Ensina ao moço o caminho em que deve andar e, mesmo depois de velho, dele não se desviará, é o que diz a Palavra. Ou então, deixe que ela mesma descubra o caminho certo, mas não chore amanhã, quando for desprezado pela autoridade não exercida e pela oportunidade perdida.

sábado, 13 de novembro de 2010

Qual é mesmo a denominação livre de crises?

Qual é mesmo a denominação cristã que pode dizer que vai bem hoje em dia?
 
A crise não é exclusividade da ala evangélica. O que aconteceu é que finalmente a ala evangélica foi atingida pelos mesmos vermes que vem corroendo as entranhas das demais denominações cristãs: 

  1. A institucionalização, que arrancou a igreja de seu local original, de dentro dos lares, onde os pais eram os sacerdotes e as tradições cristãs eram passadas de pai para filho várias vezes ao dia, todos os dias. Definitivamente ficou mais fácil ser cristão, indo à igrejas duas vezes aos domingos e uma vez às quartas-feiras. Compare: Se a família se reunia tres vezes por dia, sete dias na semana, para estudar a Palavra e louvar a DEUS, tínhamos 21 oportunidades de educar nossos filhos na sã doutrina, que na verdade não demanda bacharelado, mestrado e doutorado. Bacharéis, mestres e doutores são necessários sim, mas isso nunca quis dizer que em função dessa mega-proliferação de especialistas, teríamos que abandonar os procedimentos familiares tradicionais. Essa transfusão de responsabilidades não foi benéfica para as famílias, definitivamente. 
  2. A demanda pelo sustento da instituição evangélica, que tem sido progressivamente desviada para a construção de fortunas pessoais de 'apústulas' e 'patriorcas', tal e qual nas instituições que tanto combatemos desde a nossa origem. Como justificar que justamente esses urubus-reis tenham as maiores fortunas e sua maior fonte de recursos jorrando dos salários das comunidades mais carentes da sociedade? Como justificar que justamente essas comunidades mais pobres sejam as que menos estudam a Palavra de DEUS, que deveria ser ensinada pelos seus líderes religiosos, autodenominados 'cristãos autenticos'? 
  3. A apostasia e a ignorancia imposta pela liderança eclesiástica, de maneira cada vez mais progressiva e desviante, que traz de volta práticas pagãs abomináveis - que já levaram cidades inteiras a serem pulverizadas -, contaminando a adoração genuína ao Único DEUS, alimentando idolatrias pagãs: musicolatria, pastorlatria, bispolatria, apostolatria e patriarcolatria. 

Lamento que não poucos líderes consagrados não tenham alcance espiritual para transcender a fronteira entre a carne e o espírito, ou não teriam apostatado. Mas enquanto há vida, há chance de retorno - é o próprio DEUS que nos dá essa oportunidade. Que eles saibam aproveita-la a tempo. Ou não, conforme queiram. Nunca por força ou violencia, é o que está escrito. 

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

"Código da Bíblia", a mais nova fraude religiosa chega aos cinemas

Este livro é um dos vários casos de oportunismo literário-religioso que assolam o mundo nesses dias. 

Nem mesmo o autor acredita nessa balela que ele transformou em livro, com o exato e único objetivo de fazer dinheiro. Ele sabe que não descobriu segredo algum. Ele sabe que a estrutura do idioma hebraico permite 'brincar' com rearranjos das letras, pois é uma escrita sem vogais (que só foram inseridas séculos mais tarde, para facilitar o entendimento pelas futuras gerações de estudantes não-judeus). 

Nenhum outro idioma no mundo moderno permite esse tipo jogo, daí a reunir o hermetismo de um idioma antigo, cuja escrita só tem consoantes, associado ao texto sagrado e começar a fazer joguinhos de leitura diagonal com sete, dez e doze consoantes por vez é forçar demais uma fraude evidente, recheada de falsas profecias, na qual muita gente que ouve o galo cantar e não sabe onde - pseudo-estudantes da cabalah judaica - fica maravilhada e atonita diante de tanta enganação reunida. 

Bem... foi-se Nostradamus com as suas Centúrias quando o mundo não acabou na virada do século, foram-se as profecias do fundador dos Testemunhas de Jeová, que também ia pelo caminho do 'mestre' Nostradamus. Foram-se tantas outras escatologias delirantes de iluminados que mais eram 'ofuscados' pela luz delirante que eles mesmo acenderam nas suas mentes 'brilhantes'. 

Se juntarmos Michel de Nostradamus e Michael Drosnin, 'profeticamente' falando, podemos utilizar os mesmos métodos deles e chegar à conclusão que, de Michel para Michael, esse tipo de 'profetada' é 'coisa de Migué', como se dizia décadas atrás para qualificar atos tolos e imotivados praticados por alguém. 

Nada contra os 'Miguéis' do bem, fique bem claro.

Livro sobre código secreto da Bíblia chega ao cinema em 2012

Dan Brown fez escola. Sucesso mundial graças a “O Código Da Vinci”, que já virou filme dirigido por Ron Howard e estrelado por Tom Hanks, o autor popularizou de vez a ideia da existência de códigos secretos em obras de sucesso. Pois agora chegou a vez da Bíblia ser o foco central desta busca.
 Dan Brown fez escola. Sucesso mundial graças a “O Código Da Vinci”, que já virou filme dirigido por Ron Howard e estrelado por Tom Hanks, o autor popularizou de vez a ideia da existência de códigos secretos em obras de sucesso. Pois agora chegou a vez da Bíblia ser o foco central desta busca.

A série literária “Bible Code”, de autoria de Michael Drosnin, teve seus direitos de adaptação para o cinema adquiridos pela Relativity Media. A trama é focada em um código secreto de mais de três mil anos, encontrado na Bíblia, que prevê acontecimentos como os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, a eleição do presidente americano Barack Obama e o assassinato do primeiro ministro israelense Yitzhak Rabin.
A intenção da Relativity, que recentemente passou também a distribuir os filmes que produz, é que o primeiro longa seja lançado em 2012. Ainda não há informações sobre quem assumiria a direção ou integraria o elenco.
Até o momento, foram lançados três livros da série: “The Bible Code”, “Bible Code II: The Countdown” e “Bible Code III: Saving the World”.

Fonte:Diário Gospel

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Não consegue dar o dízimo? Então me de seus dados bancários!

Fato: Vivemos hoje um surto de Mamonismo (culto a Mamon), que já atingiu até mesmo as denominações mais tradicionais. A reportagem a seguir é o retrato da abominação que tem tomado conta da igreja. Se existe um retrato confiável do devorador, ele está explícito ali.

Que ninguém se engane: ao adotar essas práticas, a liderança afirma que, sem Mamon, DEUS não consegue agir - isso é mentira, isso é heresia e isso é diabólico ('diabolós', do grego 'caluniador', 'mentiroso').

A Palavra de DEUS, através de Paulo, afirma em II Coríntios 9.7: "Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria". Uma liderança cuja provisão de alimento espiritual ao rebanho é correta jamais precisará recorrer a esse tipo de expediente vergonhoso, pois DEUS não pode mentir e confirmará suas promessas.

Se a sua consciencia lhe tem dito para contribuir com ZERO, então definitivamente aquela não deve ser a sua congregação e está na hora de buscar outra congregação, onde a liderança lhe inspire confiança suficiente para que voce não seja um dos responsáveis pela carencia de recursos para a obra local.


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“Não consegue dar o dízimo? então me dê seus dados bancários” prega pastor americano

  • 9 / novembro / 2010 - 15:00
Não consegue dar o dízimo então me dê seus dados bancários prega pastor americano. 250x140 Não consegue dar o dízimo? então me dê seus dados bancários prega pastor americanoO pastor Ed Young Junior é filho de Ed Young Senior, o principal líder daSegunda Igreja Batista de Houston, no Texas, uma das cinco maiores igrejas dos EUA. Embora Junior pastoreie a Fellowship Church, em Grapevine, Texas, os dois estão ligados à Convenção Batista do Sul, talvez a mais conservadora das denominações americanas.
Recentemente, Junior envolveu-se em grandes controvérsias por causa de sua teologia fora do “padrão” batista. Ele tem dado grande ênfase à teologia da prosperidade, o que acabou dividindo sua congregação. Nos dois vídeos abaixo ele trata da questão do dízimo em um culto realizado em 10/10/10, que “profeticamente” enfatizam os 10 por cento. Algumas frases chamam a atenção:
Todo mundo pegue um desses envelopes azuis e levante-os. Temos câmeras escondidas filmando e vamos postar o vídeo  na internet. Aí, quem não estiver com um deles na mão ficará envergonhado.
- Você quer ser um lider espiritual? Então precisa ser dizimista. Caso contrário, estará perdendo seu tempo e desperdiçando o tempo de Deus.
- Isso é importante [...] O que eu faria se descobrisse que 80% de vocês estão fumando crack? Falaria sobre os perigos das drogas. Eu os alertaria. O que eu faria se descobrisse que 80% de vocês são ladrões? Falaria sobre dinheiro, sobre dedicação, sobre dízimo. Pois bem, em nossa igreja 80% Fellowship estão roubando a Deus, pois apenas 20% são dizimistas. É tudo a mesma coisa.
- Você quer ser dizimista mas diz que não consegue? Bem, o dízimo deve vir primeiro,  então me dê os dados da sua conta bancária.
Ou seja, se Deus quer dez por cento de toda a renda, é necessário saber quanto de fato as pessoas recebem e quando receberam, assim seria possível conferir se o dízimo está correto. Ele então pede para os membros darem todos os dados necessários para que a igreja faça a verificação na conta deles e possa sacar automaticamente o valor do dízimo.
Isso fica bem claro quando aparece no telão uma folha de cheque e os dados da conta que deveriam ser fornecidos estão destacados. Ou seja, a igreja entra na conta e faz o débito automático para garantir que o membro não cometa nenhum erro nesse sentido. O pedido é feito para os que estão presentes no culto no Texas e para os que assistem por vídeo conferência na igreja afiliada em Miami.
Em um dos momentos mais embaraçosos, ele resume bem seu ensino. “Sem dinheiro, não adianta vir ao culto, fazer missões, orar, você está perdendo seu tempo. Deus está dizendo: Mostre-me seu dinheiro”. Tudo se resume no dinheiro. Claro, depois disso vem as promessas de prosperidade e de bênçãos sem medida na vida de quem contribui.
No entanto, Ed Young se “esquece” de explicar qual a origem de todas as acusações sobre o mau uso de verbas, desvio de dinheiro e sonegação de impostos. Desde 2007 ele possui um jatinho Falcon, avaliado em 8.4 milhões de dólares, uma casa de 1.5 milhão de dólares no Texas e um apartamento em condomínio de luxo na Flórida além de um salário de um milhão de dólares anuais da igreja. Além disso, tem vários empreendimentos que comercializam seus sermões, livros, DVDs em livrarias, além de sites na internet que também vendem material, como o CreativePastors.com
Ole Anthony, da Fundação Trinity, que investiga ministérios acusados de mau uso de finanças e acompanha as denúncias contra Ed Young há três anos, declarou: “Esse jovem caiu na mesma armadilha de muitos outros televangelistas. Agora ele se entregou apenas à ganância em nome de Deus. Eles estão santificando a ganância, e isso é maligno”.
Como se vê, não são apenas os apóstolos e televangelistas tupiniquins que curtem um jatinho particular e usam programas de TV para santificar a ganância.

sábado, 6 de novembro de 2010

A Glória que Advém das Dificuldades

Davi cuidava das ovelhas do seu pai. Nas horas calmas tocava harpa. Fora educado a seguir o caminho de DEUS. No seu dia-a-dia chegou a ter que matar um leão e um urso para defender suas ovelhas. Era o filho mais novo, de forma que era o único dos filhos que não fora à guerra contra os filisteus.

Davi cuidava das ovelhas para que houvesse alimento e agasalho para os que ficaram em casa e para os que foram à guerra. Davi também levava mantimentos aos seus irmãos no campo de guerra. 



Quem diria que daquela vida simplória sairia o mais amado rei de Israel, ungido pelo profeta de DEUS, Samuel, antes mesmo da morte do rei Saul?

Dentre todos os soldados imersos no clima da guerra, Davi, que não era soldado, foi quem derrotou o gigante Golias com uma pedra no meio da testa, que o derrubou para que ele o decapitasse com a espada que o próprio gigante empunhava. Não portava a armadura do rei, tampouco sua espada. Um feito grandioso, que o levou ao palácio do rei Saul.

Feito tão grandioso despertou ciúmes no rei, que passou a tentar matá-lo. Davi teve que se esconder para não ser morto. Teve a chance de matar aquele buscava matá-lo, mas não o fez, pois a lei do seu DEUS o proibia. Foi apedrejado, passou fome e sede, alimentou uma nação, foi traído, traiu, foi castigado, castigou, foi um pai omisso diante das iniquidades de seus filhos, foi o resgatador da honra de Israel, trouxe de volta a Arca da Aliança. Ao longo de sua vida, realizou grandes feitos sem se afastar da fé que seu pai lhe ensinou.

A vida de Davi foi tudo, menos fácil. Sua vida teve glórias retumbantes e derrotas fragorosas. Essas derrotas se deram todas as vezes que ele escolhia ignorar os ensinamentos da fé que seu pai lhe ensinou. Suas grandes vitórias se deram todas as vezes que resolveu antes consultar a DEUS sobre o caminho a seguir. Por isso, mesmo imperfeito e falível - como cada um de nós - foi chamado de "homem segundo o coração de DEUS".

Muitos de nós buscamos o sucesso sem nos prepararmos para os momentos difíceis, que por certo surgirão, sem exceção. Se é verdade que o sol nasce para todos, também está escrito que a tempestade se abate sobre a tenda do justo e do ímpio. Fica de pé aquela que foi firmada na rocha, cai aquela que foi firmada na areia. Onde temos firmado nossa tenda, já que a tempestade certamente virá?

Buscamos a glória de Davi? Preparemo-nos para enfrentar as dificuldades que duram mais que uma noite, às vezes mais que anos, sem nos afastarmos da ancora que é a nossa fé em DEUS. Nem todos seremos reis, mas certamente não seremos derrotados quando formos abalados.