sábado, 16 de junho de 2007

A inevitável missão de comunicar

"Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; e nsinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém. (Mateus 28:19-20).

Ainda que hoje em dia haja uma extensa variedade de programação auto-entitulada evangélica, permanece aceso o debate sobre a utilização dos meios de comunicação de massa pelas entidades religiosas. Muito se fala sobre a baixa qualidade da programação em geral, mas é fato que o mesmo meio que transmite exemplos de corrupção e desvios de conduta, também transmite mensagens diretas e claras em prol da elevação dos padrões morais da sociedade, através da Igreja e sua doutrina. A virtude dos meios de comunicação de massa está na possibilidade de se atingir mais rapidamente e em grande número ao público a que se destina a mensagem religiosa – seja ela para o bem ou para o mal.

É preciso que fique claro que o mal não reside no meio utilizado para transmitir a mensagem, mas na mensagem em si. É de opção e responsabilidade do autor incluir insinuações cada vez mais explícitas de que o adultério é algo - além de tolerável - desejável por homens e mulheres. Idem para os relacionamentos homossexuais, a gravidez extramatrimonial, a precocidade da sexualidade infantil, a rebeldia dos filhos em relação aos pais. É de opção e responsabilidade dos concessionários desses meios de comunicação de massa permitir que esse conteúdo seja veiculado diante dos olhos e ouvidos de nossos familiares e amigos, em troca de faturamento de cotas de patrocínio.

No entanto, somos hoje uma sociedade cristã apática e passiva diante dos gritantes exemplos de corrupção e desvio moral, injetados em doses cavalares no caráter de nossos filhos. Não me surpreenderia saber que os pais consultados a esse respeito optariam por não permitir que seus filhos assistissem a esse tipo de programação. O discurso é um, a prática, no entanto, é outra. A culpa não está no meio de comunicação de massa, mas em quem veicula informação abominável e em quem assiste e permitir assistir a esse tipo de programação corrosiva.

Preferimos dizer que a TV, o rádio, a internet e as revistas são coisas ruins, que devemos restringir o acesso de nossos filhos ao conteúdo que veiculam. Dizemos e não realizamos de fato, em nossa grande maioria. Pior que isso: abdicamos de ocupar esse espaço com programação saudável. Abdicamos de promover o evangelho através desses meios de comunicação e ainda temos a pachorra de murmurar pela igreja cada dia mais vazia, cada dia mais fria, cada dia mais ausente de jovens, salvo cada vez mais raras exceções.

Se há cerca de cinqüenta anos o evangelismo encontrava seus limites nas tiragens das publicações evangélicas e ao tempo diminuto dos programas nas rádios AM, hoje, com o advento da internet, do correio eletrônico, das rádios FM e dos canais de TV aberta e por assinatura amplamente disseminadas pelos lares, resta-nos a pergunta: O que nos falta para que ocupemos esse espaço com o entusiasmo que o evangelho merece? Por que insistimos na tendência de sempre estarmos um passo atrás das tecnologias que alargam os horizontes para a nossa inevitável missão de comunicar o evangelho a toda criatura?

Os meios de comunicação de massa têm sua virtude no binômio "quantidade-velocidade", ou seja, temos hoje a possibilidade de alcançarmos um número maior de pessoas a uma velocidade nunca antes imaginada. Se não o fazemos, é porque nos falta a visão para mudarmos nosso posicionamento. Hoje, sentamos em frente à TV e ao computador ligado na internet com um indisfarçável sentimento de culpa pelo que nos é oferecido por entretenimento, quando nós é que deveríamos produzir a programação da TV e o conteúdo majoritário da internet e demais meios de comunicação de massa, com o firme propósito de cumprirmos o "Ide!" de Jesus. Nossa ocupação desses meios hoje, ainda que mais expressiva que antes, é tímida, quando deveria ser intensiva, dada a natureza da nossa missão.

Face ao tempo que corre e aos desafios que hoje se apresentam, podemos afirmar que é vital não só a permanência, mas a expansão da presença da Igreja de Cristo na programação dos meios de comunicação de massa, como forma de alcançar cada vez mais pessoas, mais rapidamente, com a boa nova da Palavra de DEUS, atuando decisiva e positivamente no destino da humanidade.

Um comentário:

  1. Não, não fantasiei, verdadeiramente segui lendo sim, ninguém me pagou para fazê-lo, ou dizê-lo.

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